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Mostrando postagens de 2012

Em recesso

Olá O blog Efeito Orloff ficará em recesso a partir da sexta-feira, dia 14 de Dezembro de 2012. A atividade do blog normalizar-se-á no dia 07 de Janeiro de 2013. Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

O Vicio do Saber

Por: Júlio César Anjos O ler entorpece e o escrever faz delirar. Sem leitura não há viagem - por falta de estímulo -, por isso que só redige bem quem lê bastante. Assim como a droga age quimicamente ao corpo, que provoca reações ilusórias, a interpretação de texto leva ao relaxamento espiritual. Porém, o excesso do lobrigar provoca dependência de entendimento, a pessoa começa a pensar somente pelos outros, esquece-se de ser autocrítico apraz. Assim como a droga possui os passos (tabaco, etílico, cannabis... Crack), a leitura também deriva de pesos mensuráveis de pensamento. Do ilustrado ao científico, todo texto tem a profundidade adequada ao usuário do conhecimento.  Bitolar somente em um trago, ao gerar dependência, traz junto insuficiência de discernimento. Há a necessidade de experimento para chegar a um resultado satisfatório da experiência, por isso que replicar somente o que gosta, a todo o momento, é pura falta de inteligência e de imaginação.    ...

Casa no campo?

Por: Júlio César Anjos Ao passear em um parque de cidade grande, o conforto faz lumiar os pensamentos da natureza, explodem as sensações do meio ambiente, aspirações de quem flerta com o eco sistema padrão. E nesse cenário, uma pessoa qualquer começa a cantarolar: - “Eu quero uma casa no campo/Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé/Onde eu possa plantar meus amigos/Meus discos e livros e nada mais”. Não vale a pena entrar no detalhe que a Elis quer plantar os amigos – a plantinha inocente e a maconha -, o que importa no contexto é a humilde residência. A cantarola de parque quer uma casa no campo. Será? Primeiro, que casa no campo, sítio, chácara e afins possuem restrições ambientais, pois, assim como o cidadão proprietário gosta da natureza, outras pessoas tratam de resguardar o que sobra, já que o verde tem por obrigação predominar o meio. IBAMA, ONGs, pessoas eco chatas não deixam o dono da terra nem mesmo fazer modificações estéticas em determinadas situações, o que frustr...

Humilde arrogância

Por: Júlio César Anjos A humildade e a arrogância possuem características, diferenças físicas – materiais-, e comportamentais. O cidadão, como um ator no cenário social, atua como um artista que representa o texto escrito pelo próprio personagem, autor do próprio roteiro da vida. E no aspecto material, o envólucro determina desde posição social até figurino de bastidor de comunidade qualquer, de vários antagonismos imagináveis. A plumagem dos comportamentos exibe diferenças entre as formas de se vestir. Os elementos fundamentais das ações derivam em uma simetria entre o bem e o mau, entre o fraco e o forte, o humilde e o arrogante. Ser bondoso é elegante e possuir maldade é démodé. A diferença requer um traje a rigor, por isso que os extremos possuem padrões, a finesse clama pela vestimenta de fino trato e o diferente flerta ao acachapante estilo grunge. Todavia, quem decide e veste a roupa que prefere é você. Cada indivíduo é o conteúdo materializado em uniforme, o maltrapi...

Ensinamento

Por: Júlio César Anjos Um monge fornece apenas um lápis e uma folha em branco para o seguidor escrever uma sintaxe qualquer. Diz-se ser uma atividade de reflexão, pois manuscrever é pairar o tempo, dominar a mente e materializar a alma. A tarefa é árdua para o menino de pouca experiência, só traz na consciência as insuficiências de jovem de pouca idade, por isso redigir é temeridade. O Seguidor, ao antecipar a trama, com a malandragem de iniciante, pede uma borracha, por que, ao escrever, poderá cometer erros; ao passo de que com todos os materiais em mãos, o jovem passaria a trabalhar tranqüilo. Todavia, o monge não confere ao bom moço uma borracha. E vai além à negação, explica que o aprendiz deve transcorrer lentamente, sem solavancos e nem percalços, a escritura que deverá ser devagar e contínua, a fim do escritor jovial concentrar-se ao sabor da criação de um bom texto, confeccionará, por fim, uma obra-prima. Após a afobação da proatividade, o mestre explica que as ...

Possibilidades

Por: Júlio César Anjos No oceano das possibilidades joga-se a tarrafa da oportunidade, com a fieirinha da realidade na mão. Traz a reboque poucas decepções, algumas frustrações, mas a maioria do recolhido é, na verdade, as soluções que se exibem na rede como soluços, repetidos e retrospectivos ao arfar. Deve-se somente manter a manutenção da rede intacta, para que não a fure e, com isso, não perca os mantimentos da vastidão. Às vezes pode haver abundancia no mar, mas nada adiantará se a ferramenta estiver danificada, perder-se-ia toda a ocasião favorável por não haver função. A aptidão do pescador de oportunidades é o entusiasmo, trabalho árduo, contínuo, sem fim. Vão-se os pescadores e ficam as conveniências, caem como prova as idades milenares da vida que não deixa mentir. O tempo precipita, uma chuva causou cancelamento de viagens, tarrafas dobradas e guardadas no fundo do baú. Sem ação, a impossibilidade amarra o positivismo, pois não se pode ser otimista ao meio de ...

Dúvida

Júlio César Anjos As minhas decisões são como uma moeda jogada ao ar. Só quero manter-me vivo enquanto o metal não sofre queda ao chão e define-me entre cara ou coroa. O girar da redondinha, a apreensão em esperar, especulações sobre acontecimentos, muita coisa acontece até o baquear do níquel, até mesmo pensamentos longínquos em um curto espaço de tempo. A solução fica por conta somente em aguardar, mentaliza a conclusão a chegar e termina com o resultado esperado: um lado ficou para cima e o outro para baixo. A face para cima é vencedora, cara ou coroa, não importa, se der para ver o desenho do gravame cunhado a probabilidade se concretiza, apareceu o ganhador. Enquanto a moeda perfaz a balística, um filminho aparece nos pensamentos, são outras probabilidades além da moedinha, sobre amor, sexo, trabalho, religião, cotidiano em geral. A teoria da relatividade paralisa o tempo, o documentário da vida, como biografia própria, anuncia visualizações de tudo o que consta nos an...

Arrecadação e Público total da série B 2012

Por: Júlio César Anjos A gráfico 1 mostra as maiores arrecadações totais de 6 (seis) clubes brasileiros da série B 2012. A escolha de 6 clubes se deu através de serem justamente os clubes que romperam a marca de mais de 1 milhão de reais em bilheteria, mostrando serem os clubes que mais tiveram incremento de receita por venda de ingresso. Figura1: O detalhe curioso é que dos 6 clubes que arrecadaram mais, 3 clubes (Paraná, Ceará e Joinville) não conseguiram subir á primeira divisão, caindo por terra o fator de bilheteria como aspecto fundamental pelo acesso, já que o Atlético, com arrecadação baixa, conseguiu o acesso, deixando os clubes de boa vendagem mantidos na segunda divisão do campeonato brasileiro, no ano que vem. Já o gráfico 2 mostra os 5 clubes que mais tiveram torcedores nos estádios, são os maiores públicos totais da série B 2012. Novamente, o Atlético não aparece na lista dos 5 maiores públicos, mostrando que mesmo não obtendo arrecadação e...

O alento do cata-vento

  Por: Júlio César Anjos Cata-vento, um instrumento que aparece desde cidades que precisam da turbina de energia até crianças de colo que o fazem de brinquedinhos de passatempo. Alguns são belos, outros são funcionais, mas o fato é que o cata-vento é muito utilizado desde a antiguidade até hoje. O vetor é o motor de mudanças de paradigmas, gira em sentidos diferentes, se mexe ao compasso da força do ar, por isso que cata-vento parado é sinal de vento que não brisa. O sopro é fraquinho, energia que não se vinga, o que faz as articulações ficarem inertes por falta de oxigenação. Inanição de movimento, o alento é somente ver que o grande catalisador de energia está inativo, virou somente obelisco descuidado, largado e deixado à revelia, ao tempo, em uma cidade qualquer, ou deixou de ser atraente como brinquedo da criança que não gostou do aparelho. O bom é ver cata-vento ativo, a ventania tomou conta do trabalho, que produziu energia, força viva e determinante para con...

A causa da guerra sem causa

Por: Júlio César Anjos Recentemente palestinos e israelenses estão guerreando por vários motivos, muitas divergências que, salvo casos raros, em muitas situações não possuem “nexo algum”. Tão sem sentido que as pessoas de fora apontam as banalidades como: Religião, espaçamento geográfico (mapa político), e animosidade oriunda de tradição. A única situação que faz sentido lutar é manter os usos e costumes de um povo, mas já são tantas as mudanças de outrora para os dias atuais que também torna irrelevante digladiarem-se por causa de cultura. As mortes estatisticamente aumentam. A região que até então era pacífica passa a ser idílica, com turbulências em cada momento, a todo instante, o que pode eclodir uma luta qualquer. Diante disso, a fronteira sofre tensão por parte dos vizinhos de limítrofe, cada cidadão é considerado suspeito, inimigo, contrário ao futuro que cada lado assim almeja.  O levante causa terrorismo, os cidadãos não conseguem mais dormir, trabalhar, comer...

A Cereja

Por: Júlio César Anjos     Certa vez, o dono de uma confeitaria, com problemas de mercado, resolveu inovar, dispondo da ferramenta marketing, a fim de impulsionar as vendas. Começa a implantar um sistema qualquer já estudado previamente,  utilizando mecanismos para chamar a atenção sobre o varejo, ao atribuir diferenciais perante os concorrentes imediatos. Mas Felipe não imaginava a tamanha repercussão que causaria por causa do novo método que constituíra, deixando todo o mundo perplexo. Felipe acorda cedo, abre a loja, e mostra à primeira freguesa o novo bolo que acabara de ser feito. O doce custa R$ 16,00 (Dezesseis reais), R$ 15,00 (Quinze reais) a Cereja e R$ 1,00 (Um Real) o bolo. A cliente fica curiosa por verificar tal situação e pergunta ao confeiteiro se realmente seriam esses os valores, e o dono do estabelecimento diz que é exatamente o que está aparecendo, a cereja custa muito mais do que o bolo. A cliente pergunta se pode ser feita a venda soment...

Sociedade dos Urubus livres

Por: Júlio César Anjos Um Urubu voa meio ao horizonte sem fim, viaja pela brisa que refresca, tateia o ar em direção ao desconhecido, movimenta-se ao planador, observa os acontecimentos ao redor, investiga possibilidades, caça oportunidades, vive sem limites. A solidão conforta o grande pássaro negro, animal que não é muito chegado à multidão, gosta de divagar sozinho sobre as peculiaridades de sobrevivência, como a segurança perante os predadores à noite, a alimentação padrão e a mudança do ambiente. As coisas mudam. O ambiente que outrora era recheado de terreno descampado, agora faz inversão causada pela degradação, o grande pássaro negro se abriga em prédios abandonados. É lá em cima, na caixa d’água, que o Urubu da cidade espreita a alimentação (geralmente ratazanas mortas), o cardápio unificado, padrão. O requinte da ave é um cardápio de raras possibilidades, dejetos em decomposição e nada mais. O Urubu sente a falta de um aperitivo mais refinado, com gosto extravagan...

Honestar

Por: Júlio César Anjos Honestidade é uma palavra muito bonita, sempre é proferida para bradar a qualidade do sujeito, como se fosse algo estupendo, uma atitude magnânima auferida por alguém. Na língua vernácula, a palavra honestidade significa a qualidade do sujeito, do pronome, mas ser honesto poderia ser uma ação, poderia ser um verbo, por que não? A Palavra honestar deveria ser conjugada pelas pessoas, pois, por exemplo, as pessoas amam porque agem, e são bonitas porque a natureza assim as determinou. Se levar a cabo que o adjetivo honestidade é igual à qualidade que se dá às coisas, então poderíamos dizer que é da natureza ser daquele modo, e, assim sendo, não seria pecado deixar de agir, a honestidade então é pouco determinante na sociedade, já que não é uma atitude, é apenas algo que molda credenciais.  Um indivíduo nasce bonito ou feio, é do existir, não é uma atitude, uma ação que faz a pessoa ficar bonita do nada, é algo estático, que é definido pelas pessoas do...

Da inatividade até a ida

Por: Júlio César Anjos Nenhum movimento, nem som, e muito menos essência. O conceito está inativo, sem ação ou reação, não se propaga nada, apenas não se tem existência. Tudo muda quando o status quo é quebrado, o paradigma deixa de ser regra, inexplicavelmente muda, pois alguma coisa o empurrou, tornando inatividade em natividade. Nasce então à concepção, germinar a terra (parábola da religião), ou empurrar o carro (parábola da física), não importa, o que fica claro é a ação. Gestão vem da gestação, é preciso gerenciar uma empresa assim como um feto que está para nascer, deve haver a praxe: do zelo, do carinho, do esforço de conhecimento e suor, para estabelecer um procedimento. O embrião assim surge, inicia-se o processo de um novo, que progredirá pelo avanço de algo que de repente surgiu.  E após o surgimento de algo pela natividade, eclode então a atividade.  Estar ativo é ter combustível para queimar, é estar lá, praticar alguma coisa, uma atividade que pass...