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Mostrando postagens de 2018

Bolsonaro e Guedes, Observações de Questão: Econômica; Política; Social

Por: Júlio César Anjos Questão Econômica: Reduzir ou talvez zerar a alíquota de Imposto de Importação e de Produtos Industrializados Paulo Guedes acerta porque é o óbvio a fazer. A maioria dos impostos somente pode ser modificada no congresso. As exceções são o II [Imposto de Importação] e o IPI [Imposto de Produto Industrializado]. Estes dois tributos são de prerrogativa do executivo nacional [o II tem que ser cumprido já na data de publicação do Diário Oficial, enquanto que o IPI só 90 dias após publicação, para adaptação, pelo princípio da Noventena]. Então II [imposto de Importação] e IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] são de prerrogativa do executivo nacional, ou seja, da canetada do Bolsonaro. Esta é uma ferramenta para o Estado defender a indústria nacional.     Sabendo disso, com o dólar na paridade em que está composta, de 4:1 [de quatro para um], esta cotação já faz barreira de defesa ao natural pelo câmbio. E um Imposto de Importação eleva

Você!

  Por: Júlio César Anjos Você! Um sujeito que não pode ser Que não escolhe onde estar Locomove-se para exercitar Come, corre, dorme Apaga a luz e acaba a rotina Acende a luz e vai trabalhar Apenas mais um incel Que toma vacina E lazer é só observar O destino é envelhecer O arbítrio é definhar Numa morte realizar Bichinho de laboratório   Cobaia de estimação ... Apenas você *** *** Uma singela homenagem ao livro: ‘Apocalipse?’, um Anuário de 2018/2019 que se propõe de imediato, como explica a jovem editora: ‘Todavia’, “manter a cultura e o pensamento da sua época”. É um livro ousado, que provoca a sociedade com aspectos pontuais diversos. Diversidade esta traduzida como progressismo. Eu recomendo o: “Anuário Todavia 2018/2019: Apocalipse?”. Você! de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional . Baseado no trabalho disponí

Análise Música: Disparada – Geraldo Vandré & Jair Rodrigues

Por: Júlio César Anjos Um verdadeiro artista nunca explica a sua própria obra. Seja pintor ou letrista, a comunicação tem que ser feita de tal forma que o assistente compreenda o que foi estipulado em criação. Isso deriva da compreensão de que se a obra tem que ser explicada, então teve problema de interlocução. Ou, como proferia o grande Mário Quintana: “Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro”.   Portanto, explicar a própria arte é broxante e perde todo o ar da graça e a sua concepção. Uma boa arte parece incompreensível a um primeiro momento. Mas ao diagnosticar e analisar tal criação, o analista consegue desvendar o mistério contido na informação artística. É como se a representação fosse intuitiva, como acontece com a sigilação - da magia do caos -, em que símbolos inseridos no conteúdo são pistas para elucidar a explicação da obra produzida, fazendo a soma das partes serem complemento para gerar um todo. Das grandes produ

Caixa2 Onyx Lorenzoni: Considerações

Por: Júlio César Anjos Caixa2 sem contrapartida (e sem propina): Dá cá o meu Que o meu garoto já cresceu Manda mais cem Que tu não negas pra ninguém Mais uma vez há de explicar para o povo que caixa2, por si só, não é crime. O caixa2 é dinheiro não contabilizado. Ele tem a premissa de algo imoral porque pode ser prenúncio de corrupção. Ele pode implicar em vários fatores, que vão desde problema com receita [sonegação de imposto] até questão eleitoral [não foi transparente]. Mas para a questão penal, o caixa2 deve ter contrapartida de propina. Portanto, que cada instituição faça a sua parte e tudo estará resolvido. O problema é quando misturam o caixa2 de alguma situação extraordinária com a prática de caixa2 como ferramenta de corrupção sistêmica [para perpetuação de poder]. O fato de o político fazer ato de caixa2 só para ocultar o investidor – para que aquele, por exemplo, não sofra represália do opositor, caso ganhe a eleição -, não pode ter o mesmo peso d

Resenha: 17 Contradições e o Fim do Capitalismo - David Harvey

Por: Júlio César Anjos Contradição 1 – Valor de uso e valor de troca É a questão do imóvel. Imóvel é feito para morar [valor de uso] e não para negociar [valor de troca].  Contradição 2 – O valor social do trabalho e sua representação pelo dinheiro Dinheiro é mecanismo de troca. É a régua de mensuração de todas as mercadorias. O que gera valor é a criação social que só o trabalho pode ofertar. Contradição 3 – Propriedade privada e Estado capitalista Apropriação é diferente de propriedade privada. Apropriação – relação exclusiva [de exclusão] entre o usuário e o que está sendo usado. Exemplo: Aluguel de um apartamento. Propriedade privada – direito de posse exclusivo de uma coisa ou um processo, que seja usado ativamente, ou não. Exemplo: Dono de um imóvel. Estado capitalista – o individuo tem direito à propriedade privada. Mas o Estado se arroga de direito, dependendo da situação extraordinária, até mesmo de tomar esse imóvel coercitivamen