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Mostrando postagens de março, 2024

Milícias: Ontem

Por: Júlio César Anjos   Muitos livros conceituados sobre o tema trazem a informação de que os policiais ruins começam a se juntar para virar organização criminosa nos anos 90. Nada mais falso. As milícias nada mais são do que o poder do guarda da esquina na época da ditadura militar, reminiscências da Tigrada do Fleury do DOPS. Em 13 de dezembro de 1968, Pedro Aleixo, o suplente do ditador Costa e Silva, discordou dos termos do Ato Institucional 5 (AI-5), que impunha regras do regime de exceção. E foi nesse momento em que ele solta a celebre frase: “ o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país. O problema é o guarda da esquina”. Deste modo, começou a aparecer na ditadura militar os policiais estaduais que, pelo regime de exceção, tinham o poder de Estado. Arvorados por esse poder, faziam a regra do “O estado sou eu”, o que fez até mesmo a ditadura perder o controle mesmo sendo um regime que deveria ser de controle total. É nesta situaç

A Criatura do Feiticeiro Golbery

  Por: Júlio César Anjos   No box Ditadura, do escritor Elio Gaspari, o terceiro livro traz à tona o período histórico sobre o Geisel, alcunhado pelo autor como Sacerdote, e o seu conselheiro Golbery, apelidado como Feiticeiro. Era considerado o Feiticeiro diante a sua capacidade de influenciar as pessoas devido a sua inteligência. E foi nessa época em que Golbery fez a sua criatura que até hoje assombra a todos os brasileiros. Essa criatura chama-se: Luís Inácio da Silva. O ano era 1975 e o Brasil não conseguiu chegar à final da copa de 74, cujo o futebol era o ópio do povo na época, restando somente os escombros de uma ditadura desgasta após ter sido implantada 10 anos atrás. A ditadura ao invés de criar riqueza para gerar prosperidade a todo o povo brasileiro, esgotou-se diante o fato de que as restrições também faziam o Brasil ficar isolado mundialmente. Deste modo, Geisel assume a ditadura no Brasil. Porém, o general conhecido como Alemão pelas pessoas próximas, queria q

Marielle Franco: Inquérito Finalizado e as Familícias

    Por: Júlio César Anjos   Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos no dia 14 de março de 2018, na cidade do Rio de Janeiro. Mas para saber sobre a execução, é preciso rebobinar a fita dois anos antes, quando houve mudança estrutural na política nacional. Segue: O até então vice-presidente Temer, em 2016, articulou o impeachment da presidente Dilma, com PSDB aderindo com má vontade. O empossado presidente Michel Temer cria a intervenção no Rio de Janeiro em 2017. Para a intervenção, nomeia o General Braga Netto interventor.   Braga Netto aceita o conselho do secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, o General Richard Nunes, cujo nomeia Rivaldo Barbosa como chefe de polícia do Rio. Rivaldo Barbosa dá ampla cobertura para a família Brazão - Chiquinho, vereador, e Domingos, Conselheiro do Tribunal de Contas – a fazer seus crimes, pois a milícia está interessada em grilagem de terras para manter o poder na região. A Família Brazão contrata Ronn

Sobre o Mecanismo da Reeleição: Considerações

  Por: Júlio César Anjos     Deu no G1 [22.03.24]: Abram-se aspas. Datafolha: 58% acreditam que governantes devem ter direito à reeleição. [...] Atualmente, líderes do Senado estão discutindo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode acabar com a reeleição para funções do Poder Executivo, como a de prefeitos, governadores e presidente da República. [...] A discussão do assunto é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deseja avançar com uma espécie de "megarreforma eleitoral". Fecham-se aspas Por motivos totalmente errados, a reeleição está sendo defendida por causa do populismo. Como essa lei pode beneficiar tanto Lula quanto Bolsonaro no futuro, porque deslumbram horizonte de poder, o brasileiro que possui politico corrupto de estimação defende a continuidade deste mecanismo. Antes de se aprofundar sobre o assunto, é preciso revisitar o passado para entender como a lei da reeleição foi aprovada. Ao contrário do que prega

Pesquisa Eleitoral para a Prefeitura de Curitiba Mar/24: Considerações

  Por: Júlio César Anjos   Deu no Poder 360 [21.03.24]: Abram-se aspas. Levantamento divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta 5ª feira (21.mar.2024) mostra novo empate técnico entre 5 nomes na disputa pela Prefeitura de Curitiba. As eleições municipais serão realizadas em outubro. Eis abaixo os pré-candidatos citados e o percentual de intenção de voto: Eduardo Pimentel (PSD) – vice-prefeito de Curitiba, apoiado pelo prefeito Rafael Greca (PSD) e pelo governador do Estado, Ratinho Jr (PSD): 17,4% das intenções de voto; Luciano Ducci (PSB) – ex-prefeito curitibano, apoiado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann: 15,9% dos votos;  Beto Richa (PSDB) – deputado federal e ex-governador: 14,5% dos votos; Ney Leprevost (União Brasil) – deputado estadual: 13,1% dos votos; Deltan Dallagnol (Novo) – ex-procurador da operação Lava Jato e ex-deputado federal: 11% dos votos. Fecham-se aspas.   A pesquisa está repetindo os cenários de outras pesquisas anteriores. Eduardo Pimentel l

Sobre a Saidinha de Presos

  Por: Júlio César Anjos   Está em debate no congresso nacional a questão de algumas garantias e direitos dos presos chamada de saidinha. Segundo o Copilot [Inteligência Artificial do Windows]: Abram-se aspas. A saidinha de presos é um direito concedido aos presos que têm bom comportamento atestado pelo seu histórico junto ao diretor do presídio e aprovado pelo Ministério Público. Os detentos com direito às saidinhas são aqueles com bom comportamento e que tenham cumprido 1/6 da pena no caso de réu primário e 1/4 no caso de reincidente. Geralmente são cinco saídas temporárias previstas ao ano por um período de sete dias. A saída temporária é concedida pela Justiça como forma de ressocialização dos presos e manutenção de vínculo deles com o mundo fora do sistema prisional. Abram-se aspas. A lei da saidinha de presos deve ter somente uma mudança na regra: perda do direito caso o indivíduo cometa ou seja cumplice do cometimento de crime hediondo. Só isso já basta para acabar

Pesquisa Eleitoral para a Prefeitura de Curitiba 03/24: Considerações

  Por: Júlio César Anjos   Antes de tudo, é impossível falar sobre essa pesquisa e o episódio do PL ter convidado o Richa para a legenda e ser vaiado por extremistas que apoiam o Partido do ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto. O Beto Richa ser vaiado por meia-dúzia de pessoas que não tem o que fazer na frente da sede do Partido Liberal não muda em nada sobre a corrida eleitoral em Curitiba. Para critério de exemplo, antes da eleição do primeiro turno em 2022, Jair Bolsonaro convidou o Ratinho Junior para discursar em cima de um caminhão de som. O governador paranaense candidato à reeleição foi amplamente vaiado no ato. Após a apuração da eleição, Ratinho Junior teve 72% dos votos válidos e Bolsonaro, 55%. Tudo bem que Requião não é o Lula; mas, também, os extremistas do Bolsonaro que vaiaram o governador não mudaram em nada o desempenho do Ratinho na eleição. Ser vaiado, até mesmo pelos supostos pares, não significa rejeição ou derrota eleitoral. [no meu mundo, ser vaiado por

Bolsonarismo é Doença

  Por: Júlio César Anjos   Nos últimos dois dias os bolsonaristas convidaram o Beto Richa para se filiar ao PL, eles mesmos brigaram entre si e, por fim, rejeitaram o tucano no partido. Eles criam devaneios de surtos psicóticos que nenhum psiquiatra é capaz de explicar. E ainda acham que saíram vencedores de uma luta que nem existe e de uma demanda sem sentido nenhum. Os bolsonaristas vivem em uma espécie de comunidade de sectarismo. É movimento de seita. E por isso eles acreditam piamente que a manifestação contra o Beto Richa tenha sido algo de relevância nacional. Embora bolsonaristas de todo Brasil tenham relinchado nas redes sociais, o fato é que a situação deriva de uma questão pontual de uma prefeitura apenas: a de Curitiba. As pessoas que vivem em seita acreditam que o que está acontecendo na comunidade também está ocorrendo no mundo todo. Como exemplo, se na comunidade de seita as pessoas acreditam que um alienígena entrará em contato com os humanos e isso é muito impo

Sobre a Possível ida do Beto Richa para o PL: Considerações

  Por: Júlio César Anjos   Aqui está a análise conjuntural sobre a possível ida do Beto Richa para o PL. Questão de Potencial de Voto para a Prefeitura de Curitiba: Richa se apega nas pesquisas eleitorais que o mostram com dois dígitos [mais de 10%] para se cacifar como um candidato competitivo no pleito municipal de 2024. Porém, todas as pesquisas mostram que 70% do eleitorado curitibano não decidiu em quem votar ainda. O universo dá pesquisa traz somente 30% do eleitorado com decisão tomada dentro da pesquisa estimulada [os que apareciam como opção para o entrevistado]. Porque na espontânea, o que importa de verdade, Richa tem só 1%. Richa também tem a maior rejeição de todos os candidatos em Curitiba. Dependendo da pesquisa, vai de 53% a 65% de rejeição. Mas não é uma rejeição de não votar porque ainda não o conhece; é uma rejeição baseada em lava-jato, sendo que Curitiba é a capital da operação. É uma rejeição que beira o impossível a reverter. Mas ainda daria para reve

Sobre o TikTok Ser banido dos EUA: Considerações

  Por: Júlio César Anjos   Deu na CNN [13.03.24]: Abram-se aspas. O projeto de lei proibiria o TikTok das lojas de aplicativos dos EUA, a menos que a plataforma de mídia social – usada por cerca de 170 milhões de americanos – seja desmembrada de sua empresa-mãe ligada à China, a ByteDance. Os parlamentares que apoiam o projeto argumentaram que o TikTok representa uma ameaça à segurança nacional porque o governo chinês pode usar suas leis de inteligência contra o ByteDance, forçando-o a entregar os dados dos usuários de aplicativos dos EUA. Fecham-se aspas. Você que vive num mundo da fantasia em que acha que os EUA é o país da liberdade incondicional e plena não consegue argumentar sobre o banimento do TikTok no território estadunidense. Os EUA estão indo além de regulamentação de big techs. Porque uma regulamentação trabalha com a lógica de que basta as empresas se adequarem aos conjuntos de regras para continuarem com as suas atividades normalmente. Que é o que o Bras