Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2011

A linha que liga os pontos entre a vida e a morte é a prolixidade da rotina

 Por: Júlio César Anjos A mãe ao dar a luz ao primogênito coloca em vida mais um ente que desenvolverá até morrer, sendo que no início os tutores apóiam a criança amoral até conseguir defender-se sozinho. A rotina da criança até a adolescência cumpre sequências feitas pelos pais. Após a fase de amoralidade, o indivíduo começa a criar a própria rotina, moldurando os lazeres e os compromissos que a vida cobra. Um jovem tem rotinas que não são iguais aos de um adulto independente, assim como não são parecidas ao de uma criança inocente. Todas as pessoas possuem rotinas, embora alguns textos falem “saia da rotina”, a verdade é que esses formadores de opinião querem que você mude de rotina que tal influenciador quer. Há, portanto, rotinas mais amenas e rotinas mais aventureiras, mas todas as ações são rotinas. A rotina não é ruim, mas a rotina que o sujeito escolhe em vida, que não gosta, significa algo pernicioso, nocivo ao cidadão que detesta tal prolixidade. A rotina é s

Escudo Paraná Clube

Por: Júlio César Anjos “O distintivo do Paraná Clube é um escudo, no formato de um pinhão estilizado , vermelho, contornado de branco, com o logotipo na sua parte superior (as palavras "Paraná" e "Brasil" escritas em azul e a palavra "Clube" escrita em branco). Na parte inferior contém o desenho de uma gralha azul e um pinheiro em branco.” O escudo do Paraná clube é um pinhão estilizado. Mas, afinal, o que é estilizado? Segundo o Wikipédia, desenho estilizado “trata-se de uma imitação por captação, acentuando as semelhanças. Desenho estilizado também é um desenho simplificado. Estes apresentam o contorno indefinido.” Mas, para tornar mais lúdica à explicação, eu criei uma imagem para explicar tal situação. Segue: Portanto, a sistemática utilizada para fortalecer as raízes em um desenho fez com que o clube mostrasse de maneira “subliminar” (não é subliminar, mas poucas pessoas enxergam que é um pinhão estilizado) que o escudo do Paraná nada mais é que

Shopping

Por: Júlio César Anjos   Um retângulo de concreto, com várias entradas e saídas, cheio de luzes por dentro e pouca área verde por fora, esse é o sistema arquitetônico de um shopping, nada atrativo se observar friamente, mas muito freqüentado por todas as pessoas. Já citava Jaime Lerner - não nestas mesmas palavras - no livro Acupuntura Urbana sobre o shopping, que se vendarem os olhos de uma pessoa e colocá-la dentro de um shopping, em qualquer cidade do Brasil, o cidadão não saberia em que cidade estaria, pois todos os shoppings são iguais por dentro. A mais pura verdade. O shopping tenta primar pelo conforto. Mas, apesar de toda a instrumentação que o shopping possui por dentro, mesmo assim um shopping não consegue ser confortável. Há poluição sonora, já que são muitas pessoas circulando em um mesmo ambiente e emitindo muito som, o que faz o local ser desapropriado para relaxar. Outro problema é a poluição visual, já que, mesmo o local sendo espaçoso, as disposições das lojas tor

O amor

Por: Júlio César Anjos Se existe um assunto específico em que não sei absolutamente nada é o tema que corresponde ao amor Amor, terreno nunca explorado, mar nunca antes navegado, objeto nunca antes conhecido, projeto nunca pesquisado. Algo desconhecido, embora todas as pessoas ao meu redor tenham esclarecimento sobre tal sentimento, eu sou um completo ignorante sobre a questão do amor. O amor na minha concepção é gostar de uma pessoa sem nunca antes ter sentido o gosto do beijo, a textura da pele ou o cheiro do corpo. É amar os defeitos, aceitar as críticas da amada, fazer sexo sem vontade somente para satisfazer o parceiro, é se doar, se sacrificar, deixando de lado alguns egoísmos tolos, tornando-se altruísta nas ações, pois vale a pena investir na paixão. O amor deve ser mais importante que o sexo, embora a química entre dois corpos seja um fator preponderante em uma relação conjugal, não pode ser premissa e nem superar em comparação os laços de entendimentos de vida entre o cas

É impossível moldar as pessoas

Por: Júlio César Anjos Por melhor que você seja, nunca conseguirá mudar uma pessoa. As transformações, modificações estruturais em objetos e até mesmo as pessoas. Nos objetos é mais fácil modelar do jeito que queira, com pessoas é difícil conseguir o que quer.  As manufaturas, as indústrias e outros gêneros que empregam esforços para modificar uma matéria prima ou insumo convertendo-o em um produto acabado, formatado do jeito que mais queira, seja para fins de uso doméstico ou comprometido ao capital, são processos mais fáceis de transformação. A natureza faz normalmente muitas mutações, mudam conforme a adaptação do ambiente para sobrevivência de espécies. A natureza muda conforme a ambiente muda, mostrando que está em sintonia com o mundo, com o habitat, a natureza. Metamorfose é corriqueiro na natureza. O homem se modifica em dois ramos: física e psicologicamente. Fisicamente o corpo humano está em processo de avanço, tornando o indivíduo mais sadio, mais belo, mais alto e até

Jornal Nacional

Por: Júlio César Anjos O maior centro jornalístico e informativo do Brasil – talvez maior da América latina – mudou a pauta diária de sua redação tradicional. A empresa das organizações Globo iniciou o ano de 2011 com mudanças. Tudo na vida muda, a transformação aparece junto à evolução que ocorre nos mais diferenciados setores da sociedade. A variação é importante neste mundo complexo, em que as tendências são rapidamente modificadas, tornando tudo mais dinâmico no meio em que todos os indivíduos vivem. A maior parte da população brasileira tem o habito de assistir jornal; dessa parcela significativa do povo, a maioria absoluta tem preferência pela TV Globo; e os que preferem jornal da TV Globo, gostam do Jornal Nacional. O Jornal Nacional é o principal informante dos acontecimentos do Brasil para o mundo todo. Já dizia o velho Alborguetti: “tragédia dá audiência, por isso que o Jornal Nacional dispõe de 20 minutos diários para divulgar tal acontecimento”. Sim, a violência dá audi

A defesa do indefensável

Por: Júlio César Anjos As pessoas cobram hoje muito mais os direitos do que deveres. Os direitos são sempre colocados à frente quando o assunto é sobre reclamação ou justiça, mas para criar um ambiente pacifico, em que todos contribuem um pouco, ninguém quer saber de dever algum. E para defender os direitos o sujeito cria análises rasas e clama, como bons, minorias em uma amostra grande (universo estatístico grande) para provar tal crença sem ao menos verificar se o que realmente acredita condiz com a verdade, tornando favorável e verídico o objeto defendido. Existem vários exemplos, como, defesa dos direitos aos gays, negros, mulheres... Minorias que são ou estão ficando maiorias, na verdade. E para defender o indefensável vale tudo. Os defensores fogem da pauta de discussão - desvirtuando debates -, criam exemplos bizarros dos mais variados tipos, que não refletem a verdade, inserem instituições que nem ao mesmo possuem um posicionamento sobre o assunto (como exemplo, colocar a re

O arranco da morte

Por: Junqueira Freire     Pesa-me a vida já. Força de bronze Os desmaiados braços me pendura. Ah! já não pode o espírito cansado Sustentar a matéria. Eu morro, eu morro. A matutina brisa Já não me arranca um riso. A rósea tarde Já não me doura as descoradas faces Que gélidas se encovam. O noturno crepúsculo caindo Só não me lembra o escurecido bosque, Onde me espera, a meditar prazeres, A bela que eu amava. A meia-noite já não traz-me em sonhos As formas dela - desejosa e lânguida - Ao pé do leito, recostada em cheio Sobre meus braços ávidos. A cada instante o coração vencido Diminui um palpite; o sangue, o sangue, Que nas artérias férvido corria, Arroxa-se e congela. Ah! é chegada a minha hora extrema! Vai meu corpo dissolver-se em cinza; Já não podia sustentar mais tempo O espírito tão puro. É uma cena inteiramente nova. Como será? - Como um prazer tão belo, Estranho e peregrino, e raro e doce, Vem assaltar-me todo! E pelos imos ossos me refoge Não sei que fio elétrico. Eis! s

O futuro

Por: Júlio César Anjos O ano é de 3250, estou terminando de ler o livro de física quântica e feliz por mais um dia ter passado tranquilamente, não chove faz uma semana, o sistema de irrigação da cidade já foi acionado 3 vezes, mas há previsão de chuvas para a semana que vem. O sistema educacional e a educação social são rígidos. As pessoas ficam 10 horas estudando, sendo que aprendem de física quântica – por isso estou lendo o livro – até bons modos e comportamentos sociais. Os robôs identificam palavrões e multam as pessoas que se comportarem mal, seja de qualquer forma, não dá para burlar a inteligência artificial dos robôs. O último homem deixou de ser operário nesta semana, saiu em todos os jornais a grata surpresa, em uma década de antecipação os seres humanos conseguiram tornar 100% (cem por cento) robotizadas as empresas. Agora é tudo mecanizado, as pessoas possuem títulos das empresas e recebem uma debênture mensal que se tornou o único fator de renda da popula