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Mostrando postagens de setembro, 2011

Os mutilados da guerra orçamentária

Por: Júlio César Anjos É impressionante como se dá pouco valor para mutilados de guerra, não importa a derrota ou a vitória na batalha, é sempre a mesma situação, mutilados de guerra são vistos como estorvo, embora haja exceção, na sociedade pacifica. A cultura dos Espartanos era de se envergonhar em ter um membro mutilado em guerra. Para eles, guerreiro com honra é lutador que morre no fronte de batalha, ou volta inteiro do combate. Voltar mutilado era desonra á família, vergonha, humilhação a todos os membros da sociedade, pois era considerado um inútil. Já os americanos até criam festas para os mutilados que voltam de guerra, criam datas comemorativas e até dão plaquinha por membro perdido. Se o soldado perde uma perna, então faz um evento, cria uma festa, e agracia o mutilado com uma plaquinha. Mas retribuir os serviços prestados à nação de forma financeira, ah, isso não acontece. O objetivo de uma guerra é corroborado pela busca de poder e dinheiro. Na guerra exi

O voto é a procuração que o eleitor fornece ao Político

Por: Júlio César Anjos     O cidadão, ao votar, cria uma espécie de procuração em branco para o candidato escolhido inserir as informações em tal documento factício, que foram previamente concordadas, em forma de propostas e orientações. Quando o candidato é eleito sob uma chancela de propostas, idéias e posicionamentos, o mínimo a esperar é que os pensamentos de outrora sejam iguais aos posteriores da eleição, porque a confiança foi avalizada pelo leitor que espera honra nos compromissos firmados. A traição que um candidato comete ao eleitor é de tamanha brutalidade que deveria ser caçada a procuração de confiança, ou seja, o voto, que tal setor da sociedade concedeu antes do poder auferido ao eleito. Mas os mecanismos da sociedade inibem e impedem que a destituição por quebra de honra seja imposta por aqueles que se sentiram traídos. Quem destitui é justamente o colega de profissão, o parlamentar eleito no momento, e, como um clube de cafajestes, cria um mecanismo de

A derrota para o inimigo

Por: Júlio César Anjos Se for para morrer, gostaria de deixar a vida pela lança do meu maior inimigo, porque morreria sabendo que o melhor guerreiro venceu-me, e não perderei a vida a um subalterno qualquer do lado oposto (do outro lado da força), que terminou o serviço com uma facilidade que não condiz com a minha grandeza de rei. Morrer pelas mãos do inimigo, no fronte de batalha, é o maior respeito que um lutador pode conseguir em vida, pois sai do plano terrestre em paz, sem mazelas e glorificado. As pessoas acham que o fracasso acontece quando o indivíduo perde para o pior inimigo, mas a verdade é que o fracasso vem quando qualquer um pode vencê-lo com facilidade, pois por algum modo não consegue empunhar nem mesmo a espada, quanto mais desferir golpes e defender-se, mostrando que a derrota virá de qualquer um, a qualquer momento. Morrer pelo inimigo mais forte significa que está com disposição, atitude, forças de um guerreiro, e a honra intacta, tão preservada quanto a h

Imaginação

Por: Júlio César Anjos Apago a luz do quarto, desligo a TV, e preparo-me para o descanso habitual. Porém, esqueço de interromper o funcionamento do computador que estava hibernando, emitindo pulsos luminosos pelo pisca-pisca do monitor, para lembrar-me de terminar de desligá-lo. Ao ir desligar de vez o computador, a imaginação se fertiliza, explodindo informações na mesma freqüência que a fagulha luminosa do monitor se agita, cristalizando pensamentos armazenados na memória ran do cérebro, a memória de curta duração. De forma apressada pego uma caneta e um caderno, abandono o cansaço e desenvolvo o conteúdo criativo em forma material, através de palavras carimbadas em uma folha de papel. Por enquanto só atenho a expelir as informações, sem objetivar crítica sobre o conteúdo criado. Só amanhã para saber o resultado. Após terminar de registrar a centelha da imaginação, preparo-me para gozar de um bom sono que descarregará a tensão do dia que foi conturbado e carregará a

O Pano e os 5 (cinco) Sentidos

Por: Júlio César Anjos     O pano é um tecido feito de algodão, de lã, de seda, de linho, de fibra artificial, etc. que é utilizado em várias funções, de trapinho de limpeza até traje chique. Mas o pano vai além da vestimenta, da roupa que é usada para não expor o corpo (por vários motivos como pudor, temperatura e estética), o pano é muito utilizado para satisfazer ou inibir os 5 sentidos que o ser humano aciona a todo instante, ativando as sensações que o cérebro interpreta como sendo bom ou ruim. O pano para a visão é algo inibidor, impossbilita uma visão ampla, limpa. Um pano pode ser confeccionado e virar um tapa-olho, ou uma faixa amarrada para uma criança brincar de “cobra cega”. O tecido com algum desenho, por exemplo, uma flâmula, faz os olhos ativarem o cérebro a entender que tal símbolo é uma bandeira de algum país, ou time de futebol, um símbolo facilmente compreendido por todos, ou etc. O pano está muito ligado a sensação visão. Para a sensação olfato tamb

Retribuição

Por: Júlio César Anjos Eu Estava esses dias regando as plantas de casa e observei que no mesmo momento as folhas da vegetação agraciaram a atitude responsável que executei, tornando o ambiente mais harmonioso, bonito, florescendo e explodindo cores no canto da sala. É engraçado, mas somente água e um sorriso e as plantas “deram o ar da graça”. Essa atitude de graça fez-me lembrar, também, certa vez que dei restos de comida a um cachorro na rua e o agradecimento foi tão profundo que parecia mesmo que o cachorro sussurrava querendo dizer obrigado, os olhos tristes olhando aos meus escancaravam a retribuição que tinha pelo gesto tão simples, sutil, porém grandioso, O ser humano está perdendo o gesto de boa ação porque o indivíduo hoje não retribui, pelo menos é um dos fatores que indicam a falta de humanidade, cidadania, amor ao próximo. Não há mais a retribuição. Hoje retribuição está mais direcionado a um pagamento, um honorário, ou uma recompensa financeira do que a qu

Karl Marx - Produção e Salários

Por: Júlio César Anjos Marx entendia a relação patrão empregado pelo prisma simplista do empregado e nada constava a favor dos empregadores. Fez um estudo muito bom através do livro o Capital, embora mais chorasse como uma carpideira do sistema feudal, que ruía, do que de fato entendia o processo do fato novo que emergia. Marx em nenhum momento cita e explica os problemas de ser patrão, como a falência, a responsabilidade, o controle, o planejamento e a organização da empresa que também estava em sistema embrionário, junto com o capitalismo, portanto em processo de mutação. Segundo Marx (1868):: “se o lucro fosse igual a 6 e os salários a 2, estes poderiam aumentar até 6 e o lucro baixar a 2, que o número resultante não deixaria por isso de ser 8. Na base da suposição, sem nenhum estudo científico comprovado sobre a relação produção e salário, Marx apenas exemplifica que “se” a produção total é de 8, então o lucro é 6 e o salário é 2.  Mas o lucro, como sabemos,

O Boi de Piranha Petralha

Por: Júlio César Anjos     O título do tópico é esclarecedor e, por si só, já explica todo o contexto. Já dizia um pensador qualquer que: “para bom entendedor, meia palavra basta”. Por analogia, para bom leitor, o título já esclarece.  Os petralhas estão sofrendo com os escândalos recorrentes de corrupção. A pergunta certa a fazer não é sobre os resultados nocivos que tal mazela pode agravar politicamente a situação, mas a indagação correta a fazer é quem está denunciando a corrupção e porque acontece neste momento.  Os inocentes apontam a imprensa “pegueinoflagra”, tradução do “midiês” para o português: “grande instituição que desvenda corrupção”, como o objeto que denuncia corruptos. O fato é que a mídia não desvendou nada, o que aconteceu foi que a imprensa teve ajuda para obter informações. Quem, afinal, ajudaria a imprensa divulgar a corrupção? A oposição? Não. A oposição está enfraquecida, diluída e não possui lobby suficiente para dar esse golpe na situação. Os

Pesadelo

Por: Júlio César Anjos  A movimentação de elétrons, ao ligar a luz, castiga os meus olhos, clareando de repente todo o espaço ao redor do meu quarto e, porque não dizer, dos meus pensamentos longínquos, que rechaçam os problemas recorrentes de uma mente perturbada, mas consciente. Acordo de mau humor, no meio da madrugada, e sôfrego reluto à idéia de buscar um copo de água na cozinha, devido à resistência às contingências motivacionais da troca do conforto do leito macio e quentinho pela tarefa árdua em pisar em um piso gelado, para satisfazer necessidades fisiológicas (urinar e matar a sede). Idéias cotidianas me perturbam de um modo mais agressivo que o pior pesadelo que já tive, a visualização da realidade é mais idílica e hostil que o pesadelo de uma ilusão mental. Volto para a cama e continuo a pensar sobre o futuro. Só com milagre para salvar a sociedade atual brasileira.   Falando em milagre, que bom seria se existisse um mercado para

Alívio

Por: Júlio César Anjos Alívio significa diminuição de peso ou carga, redução da dor, descanso e folga. Mas ninguém liga o fato que o alívio pode vir a ser prazeroso, um sentimento de explosão de sensação de deleite que premia alguma coisa que atormentava e, por algum motivo, terminou, acabou. Um amigo meu, esses dias, falou que a sensação mais prazerosa do mundo é aquela em que o indivíduo se encontra com vontade de fazer necessidades fisiológicas, por exemplo, corre para um vaso e extrai toda a impureza do corpo de uma só vez. Ele lembra que muitas pessoas por motivos de doença não podem fazer isso, ou seja, cagar é um alívio prazeroso. Há vários outros prazeres através do alívio, veremos os exemplos nos próximos parágrafos. Um projeto de longo prazo, avançando o território das metas aos poucos, com precisão de planejamento para chegar a um fim em um prazo realizável e, após o tempo ter passado, o resultado é objetivado satisfatoriamente. Alívio