Por: Júlio César Anjos
Alívio significa diminuição
de peso ou carga, redução da dor, descanso e folga. Mas ninguém liga o fato que
o alívio pode vir a ser prazeroso, um sentimento de explosão de sensação de
deleite que premia alguma coisa que atormentava e, por algum motivo, terminou,
acabou.
Um amigo meu, esses dias,
falou que a sensação mais prazerosa do mundo é aquela em que o indivíduo se
encontra com vontade de fazer necessidades fisiológicas, por exemplo, corre
para um vaso e extrai toda a impureza do corpo de uma só vez. Ele lembra que
muitas pessoas por motivos de doença não podem fazer isso, ou seja, cagar é um
alívio prazeroso. Há vários outros prazeres através do alívio, veremos os
exemplos nos próximos parágrafos.
Um projeto de longo
prazo, avançando o território das metas aos poucos, com precisão de
planejamento para chegar a um fim em um prazo realizável e, após o tempo ter
passado, o resultado é objetivado satisfatoriamente. Alívio em saber que tudo não
foi de graça e teve mérito, êxito. Esse alívio é considerado de satisfação de
conquista, já que chegou ao alvo através de planos.
Uma pessoa que guarda
todos os sentimentos, não extravasa, tenta manter a calmaria de vida no limite,
mesmo que tenha que refutar, às vezes, da própria alegria para manter a paz, a
harmonia. Porém pessoas têm limites, condições que chegam ao fim quando a
acumulação de problemas refutados ficam guardados na alma, sendo soltos de uma
só vez através da raiva de momento. Esse é um tipo de alívio de redução de
carga, do fardo que tentava esconder até o tempo em que chegou ao limite.
A fome, o frio, o sono,
são necessidades fisiológicas que fazem o indivíduo até morrer se por um longo
período não satisfazerem tais necessidades. Já dizia a minha vó que o melhor
tempero que existe é a fome, já que com fome nuances de sabores ficam em
segundo plano porque saciar a fome vem a priori. O alívio em atender as
necessidades básicas da vida é o prazer em continuar vivo.
Uma pessoa doente traz o
alívio ao ficar saudável, ou ao partir dessa para a melhor. Esse alívio é
causado pelo fim do fardo que a doença trás a todos os envolvidos em tal
problema, tanto o enfermo quanto os familiares ficam aliviados quando chega o
fim, independente se foi bom ou não o resultado esperado.
Após soltar a adrenalina,
a sensação prazerosa de alívio satisfaz o corpo todo com uma áurea positiva que
condiciona o alívio em ter acabado o martírio e quebra o paradigma do problema
pela solução, clareando a vida através de boas vibrações pelo novo, aquilo que
afligia acabou.
Dizem que o maior medo é do desconhecido. No meu caso não, pois quando
busco desesperadamente um médico é para evitar uma doença que cause uma dor. É a
dor que já senti e reconheço e não dá morte que não provei, e por isso, desconheço
que me faz ter medo de morrer. Se algumas mortes não tivessem a dor, os homens
seriam mais loucos do que são. Por isso que todos buscam o alívio.
Agora, se a vida é prazerosa de viver, então há dois medos de morrer, o
primeiro já citado, por causa da dor física, e o segundo por perder o
brilhantismo da vida. Perder o prazer da vida cria o maior medo de morrer.
O alívio é a maior sensação existente da vida.
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