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Mostrando postagens de maio, 2017

Cracolândia – O Fracasso dos Liberais

Por: Júlio César Anjos Assim como o ornitorrinco é considerado o fracasso de Darwin, já que o evolucionismo cataloga os bichos em padrões – e nesse animal em específico há a dificuldade de ser padronizado por causa de sua gama de diferenciações biológicas -, uma espécie de bug na ciência oficial, a mesma coisa acontece com a Cracolândia e os liberais, pois essa mazela social é a kryptonita dos libertários. Porque, infelizmente, nesta sociedade alternativa das drogas não existem indivíduos, só há o coletivo de zumbis, no campo de concentração chamada Cracolândia. Os liberais clássicos, ditos mais da centro-direita, acreditam que o mercado deva ser livre. Já os libertários, extremistas, além de serem liberais econômicos, são favoráveis à liberdade do indivíduo como um todo. Como diz a expressão: “Meu corpo, minhas regras”, embora uma frase de efeito da esquerda, tal conceito é aceito – em partes – pelos anarquistas. E é nesses dilemas ideológicos que se vê que essas duas vertent

Crítica ao Conservadorismo na Música: Sunday Morning – The Bolshoi

Por: Júlio César Anjos A música Sunday Morning, da banda inglesa The Bolshoi (acima), aborda no seu enredo a crítica ao conservadorismo, em toda a sua contemplação, diante os hábitos familiares dos anos 80 - e décadas anteriores - nos países ocidentais cristãos. Embora muita gente saiba que esta canção seja uma critica religiosa, o fato é que também faz ressalva quanto ao comportamento familiar como um todo, em que os domingos de manhã são muito chatos por serem obsoletos. Primeiro, que o cantor narra a história dele jovem (adolescente), em que tem uma recordação das rotinas de domingos de manhã em família, por isso que hoje não quer mais fazer isso, já que continuar com tal hábito deixa o narrador “doente” [I remember when I was young / Feeling sick on Sunday morning / I don't wanna do it anymore]. Já na segunda estrofe, o cantor/narrador diz que lá dentro da igreja (está implícito isso) ele tinha que aguardar na fila para se confessar para limpar a mente que esta

Lei dos Migrantes – A Aprovação

Por: Júlio César Anjos Agora que a lei dos migrantes foi sancionada pelo Presidente Temer, que se faça, então, o esmiuçamento das ocorrências de toda a tramitação desde o seu início, ao passar pelo regime bicameral nas casas da câmara e do senado, passando pelo momento de escrutínio, até ao ponto do sua ratificação como documento legal. Essa lei teve como objetivo mexer com a questão pragmática, psicológica e dialética, além do objetivo-fim que é realmente a questão essencial humanitária. Apareceu ontem no diário oficial a lei de migração. Cadê o maior deslocamento humano do mundo em tempos de paz? Cadê o tal “escancarar as fronteiras” do país? Cadê o tal do perder a “soberania nacional”? Pois é, a lei foi sancionada e tudo continuou como dantes no quartel de Abrantes. Porque migrar não é algo assim tão simples. Ainda mais para um país inóspito e violento como o Brasil. Os refugiados não sairiam de um país em guerra para entrar em outra nação em conflito, como o que está acon

Eleições: “Diretas” ou Indiretas?

Por: Júlio César Anjos Com o cenário de incerteza diante um agravo de difícil resolução, a decisão política se faz por determinação de escrutínio por eleição, ao dar novo folego a outros atores que tentem desempenhar melhor a função daquilo que está sendo exercido no executivo nacional. Doravante os fatos de o governo estar implicado em investigação, paira no ar a seguinte duvida na mudança de cadeira, na seguinte possível conclusão: Eleições Diretas ou Indiretas? Para dar um norte ao Brasil, eleição agora não é racionalmente viável. “Fica Temer” deveria ser a solução. Mas Temer irá renunciar. Complicou. Primeiro, sobre as eleições indiretas. Nesta situação em específico, de presidente e vice destituídos do cargo da presidência da republica, o que prevê a constituição é a eleição indireta. Na CNTP (Condição Normal de Temperatura e Pressão), faz-se a eleição e tudo bem, pois tal mudança não traz impacto geral. O problema é que existe a tal da lava-jato e a maioria destes políti

Impressões Sobre o Lulia

Por: Júlio César Anjos Temer cometeu sim vários erros no campo político, mas não muito graves ao ponto de destituí-lo do poder. Os erros foram: comportamento de interino; vacilo em tomada de decisão; dialética feita de forma errada; Desrespeito a seus apoiadores; além de má comunicação do planalto com o povo. Com esse mix de desastre, além de impopularidade, Michel só se sustenta no poder porque seu maior algoz, o PT, hoje é desprezível. É escolha do menos horroroso. Só que se o Lulia continuar errando, ainda dá tempo para derrubá-lo do poder. O que se espera é que o susto estanque a burrice. Todavia, por hora, “felizmente”, Temer manter-se-á na presidência da república. O primeiro erro do Temer foi o comportamento de interino. Em todo esse tempo no qual Temer esteve no poder – contanto a partir do afastamento da Dilma -, ele sempre se comportou pelo aspecto de regime de exceção, ao vestir-se provisório, como se fingir estar alheio aos problemas pudesse acabar com a crise, em

A Doutrina de Monroe dos Dias Atuais

Por: Júlio César Anjos Com o movimento integralista em voga no imaginário e na “vontade popular” inoculada por fatores diversos, o fato é que o isolacionismo virou tara de grupos que acreditam que uma cerca seja diretamente proporcional à prosperidade, como se o galinheiro fizesse o carijó rico, diante o embuste do nacionalismo exacerbado que fede a “nacional-socialismo”. O adepto a tal iluminismo quer, deste modo, a doutrina de Monroe dos dias atuais. Com a observação histórica de que os EUA fez guerra de independência para se livrar do império britânico, Bolívar fazendo guerras para salvar a América do Sul e o Brasil tornando-se independente, Monroe viu tudo isso e criou a celebre frase: “A América para os americanos”. É o esplendor da revolução que criou essas vastas nações que hoje estão a fechar as fronteiras, seja por negar lei de migração, seja por impedir entrada de “intruso” alheio aos interesses da região.    Mas a ironia é que por anos o brasileiro com complexo

Nota de Posicionamento

Por: Júlio César Anjos Pelos problemas ocorridos durante todo esse processo de reestruturação equivocado do país, pós-impeachment da Dilma, eu, Júlio César Anjos, decidi não mais apoiar o atual governo, que sempre foi interino por não se mostrar firme, do ex-presidente Temer. Por ser player, acredito que a minha voz ecoa. E, por isso, quero iluminar os tucanos pelo posicionamento do partido no aspecto de deixar a pasta governista, abandonar as reformas, que hoje só trazem impopularidade mesmo não sendo aprovadas, além do compromisso de manter a imagem do partido de forma limpa, ao deixar de apoiar o Aécio Neves, bem como também o Temer. Além disso, diante rumores de eleições diretas ou indiretas, quero salientar a minha vontade de que o partido se projete como oposição, a partir de agora, para que a legenda tenha a recuperação mais rápida diante da popularidade política. O momento é de profunda reflexão e é preciso recolher-se, neste momento, para que haja oxigenação dos p

Os Dias são/estão Assim

Por: Júlio César Anjos Com a nova supersérie da Rede Globo que remonta os acontecimentos na época da ditadura de regime militar, o que consta é uma dúvida na discussão politica: “Os dias eram assim” ou “os dias não eram assim”? Algumas situações da história nem o revisionismo são capazes de mudar. Mas o mais interessante neste entrevero todo é que as digressões do debate estão a desnudar as ferramentas que a extrema-direita está utilizando, no “info wars” (guerra de informação), como o uso da engenharia reversa , para criar uma “ falsa memória ”, com o intuito de estabelecer a pós-verdade sobre os acontecimentos na ditadura militar. Porque, na era da comunicação de massa, os dias são/estão assim. Primeiro, a engenharia reversa. A engenharia reversa é o ato de desmontar um mecanismo e remontá-lo sem o uso de instruções de montagem. Tal técnica serve para ver o funcionamento do objeto de maneira intuitiva. Então, faz-se a sua desconstrução para depois reconstruí-lo. Lembrando q