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Mostrando postagens de setembro, 2020

Viva, Águahú!

  Por: Júlio César Anjos   Atenção: se você não é de Curitiba, você talvez não irá entender algumas referências.   Viva, Aguahú! A verdadeira Curitiba, aquela que começa no bairro Água Verde e termina no Ahú. A única região vista pelo Greca com mais carinho. O resto é periferia. E periferia não cabe no Aguahú. A periferia só serve pra pagar imposto e votar. Para o curitiboca, Aguahú é o “rosto da cidade amada”; o Caximba é o c*.   Águahú, localizada na regional matriz, é o berço do curitiboca, do lava-jatismo golpista e da elite mimada paneleira que se indigna contra corrupção e, enrolada, acaba elegendo o fanfarrão do Bolsonaro. O morador do Águahú ainda diz ser moralizado, sábio e que faz voto de opinião. E como é bipolar, elege o Rafael Greca que não se posiciona em nada, marionete roliça do Sistema salutar.   Aliás, o MP [Ministério Público] junto com o prefeito de Curitiba criaram o programa: “ minha caliça, minha vida” . Enquanto que o “minha casa, minha vida” tem

O Culto

  Por: Júlio César Anjos   Astolfo estava desempregado. Com o seguro desemprego em dia, ele resolveu ir, ao domingo, a um culto na igreja evangélica mais próxima da sua residência. Como ele é um cidadão que desde a nascença vive no bairro, então já sabia que iria encontrar muita gente conhecida naquele lugar. Ele só não esperava que os frequentadores tivessem os tipos mais variados de viver.   Com calça de moletom, chinelo e camisa de algodão, Astolfo entra na igreja ainda sonâmbulo porque não tinha como costume acordar cedo no domingo para ir a um culto. Foi motivado por incentivo de vizinhos que disseram que se ele pedisse a Deus com coração, o espirito santo conseguiria arranjar um emprego. Então foi se encontrar com Ele na casa d’Ele.   Astolfo gosta de frequentar mais o boteco da esquina. E se alguém acha que dona de casa é fofoqueira, é porque não notou como as conversas no bar são desenroladas, que, em muitos casos, os bebuns tomam demais e também falam demais o que

Comparativo: A Política e o Futebol

  Por: Júlio César Anjos   Diante do limbo causado pelo “maravilhoso” calendário eleitoral brasileiro, dando 10 dias de estagnação eleitoral somente para atender a burocracia do dirigismo moroso do tribunal [tempo destinado para homologação das candidaturas], só o que resta é fazer devaneios em contos e textos diversos para causar abstrações para preencher o tempo de paralisação política nacional.   Então, só o que resta é brincar de blogar, ao fazer comparativo entre política e futebol.   ***   A estrutura organizacional do futebol, com as suas disputas e tudo mais, assemelha-se muito com a estrutura organizacional na política.       Política = futebol: Neste texto o leitor irá descobrir que a estrutura, a organização e as hierarquias tanto do futebol quanto da política são semelhantes.   Clube = Partido Um clube de futebol com os seus símbolos, valores e escola parece muito com partido que também tem símbolo, valores e doutrina.   Pelo emblema do esc

Convívio

  Por: Júlio César Anjos     Curitiba, 10 de Dezembro de 1989   Convívio, convivĭum do latim, palavra que significa convite a jantar; assim como se é convidado a comer ao festar em uma data querida para banquetear. E o dia do aniversário chegou.   O menino que estava a completar 7 anos acordou cedo e com a adrenalina a mil. Ansiedade de quem já tivera um dia antes ajudado a decorar a casa para o próprio aniversário, com vários enfeites espalhados em toda a parte. Embora a residência fosse acanhada, ao menos o teto era o abrigo de uma família humilde e honesta, que tentava, diante os desfavores da vida, tentar sobreviver naquele lugar.   A residência palco da festa ficava na parte baixa do fim da rua. Por dentro, o conhecido lar de pobre: parede e assoalho feito de madeira com o teto de Eternit; além do mato prontamente aparado, para a festa, no terreno da casa. Na parte de fora, a calçada dava lugar a uma vala de esgoto a céu aberto. Portanto, para ligar a casa até a

Ele: O Homem mais Perigoso do Brasil

Por: Júlio César Anjos   Imagine um homem que seja dono de banco e queira fazer parte de um projeto internacional de poder. Esse homem controla todos os setores ativistas da sociedade nacional, além de instituições de governo e de Estado. Esse homem com sua influência consegue fazer presidentes, não paga impostos e dita como a sociedade tem que viver. Esse homem é dono de uma quantidade exorbitante de imóveis comerciais, também possui grandes corporações rentáveis, um verdadeiro magnata capitalista. Esse homem tem tanta força no Brasil que parece um Deus. Deste modo, diante tais alegações, pergunta-se: quem é ele?   Ele exerce influência, direta ou indireta, na tripartição de Poder:   Ele controla o poder judiciário . Ao articular lobby para que o TSE rejeite a tese de abuso de poder religioso, sendo que os pastores são figuras públicas influenciadoras e que conseguem eleger políticos por causa do mecanismo da fé, este homem mantém o poder de controle no judiciário ao conseguir, indire

50

Por: Júlio César Anjos   *** Lisarb, 05 de Outubro de 2188       Tudo começou após a circulação do vírus Sars-Cov-3.   A pandemia, igualmente ao seu parente do passado Sars-Cov-2, matou muito mais velho do que outas faixas etárias da sociedade. Somado com a mudança de tecnologia da revolução industrial 4.0, havia como demanda social o pedido de mais bem estar. Afinal, o tempo clamava pelo fim da era laboral.   Estava na cabeça de todo mundo, mas ninguém confessava.   A crise provocada pela pandemia fez com que muitas pessoas aderissem a ideia de que velhos deviam morrer para que a economia não parasse de funcionar.   Além disso, ninguém queria ficar aprisionado em casa.   Com esse sentimento latente, não demorou muito para a elite oligárquica bolar um plano de controle e redução populacional com a regra chamada: Proposta 50 .   Esse estratagema de controle social não veio de cima pra baixo de forma violenta, veio por meio de plebiscito.   O plebisc