Por: Júlio César Anjos
Imagine
um homem que seja dono de banco e queira fazer parte de um projeto
internacional de poder. Esse homem controla todos os setores ativistas da
sociedade nacional, além de instituições de governo e de Estado. Esse homem com
sua influência consegue fazer presidentes, não paga impostos e dita como a
sociedade tem que viver. Esse homem é dono de uma quantidade exorbitante de
imóveis comerciais, também possui grandes corporações rentáveis, um verdadeiro
magnata capitalista. Esse homem tem tanta força no Brasil que parece um Deus. Deste
modo, diante tais alegações, pergunta-se: quem é ele?
Ele
exerce influência, direta ou indireta, na tripartição
de Poder:
Ele
controla o poder judiciário. Ao
articular lobby para que o TSE rejeite a tese de abuso de poder religioso,
sendo que os pastores são figuras públicas influenciadoras e que conseguem
eleger políticos por causa do mecanismo da fé, este homem mantém o poder de
controle no judiciário ao conseguir, indiretamente, essa vitória no tribunal
eleitoral.
Ele
controla o poder legislativo. Ao
dominar parte da bancada da bíblia, embora tendo mais influência do que outras
congregações no meio político, ao fazer o congresso perdoar 1 bilhão em dívidas
tributárias de igrejas, este homem mostra o poderio que tem no legislativo, ao
fazer lobby e articulação aos próprios interesses corporativistas no mercado da
fé.
Ele
controla o poder executivo. Com a
sua influência, ele fez vários presidentes no Brasil. Desde Lula, passando por
Dilma e agora Bolsonaro, todos pedem penico para que este homem apoie-os nas
candidaturas porque a sua força determina o sucesso eleitoral. O lobby da fé é
enorme no Brasil. E como uma mão lava a outra, esse presidente faz benesses às
congregações religiosas no Brasil, seja por isenção de tributos ou perdão da
dívida. Beneficia-se indiretamente por ter influência política.
Ele
exerce influência, direta ou indireta, nas Instituições:
Ele
controla a instituição Religião. Ele
tem uma igreja internacionalmente ramificada, com sucursais em vários países, o
que mostra que a sua congregação é transnacional. Embora a sua igreja tenha
caído em escândalos mundo afora, como nos casa de lavagem de dinheiro, a
capacidade de manipulação da massa mostra que essa igreja é muito forte não só
no Brasil bem como no mundo. O nome da sua igreja é Universal do Reino de Deus.
Ele
controla a instituição justiça. Se
no campo de o poder judiciário ele consegue ter vitórias em decisões judiciais
federais, ele tendo a justiça como instituição também faz com que consiga
exercer essa influencia nos mecanismos operadores da lei. Bolsonaro terá que
indicar, para o STF, um ministro “terrivelmente evangélico” para satisfazer o
poder protestante no meio político. Além disso, membros dos operadores da
justiça, como Bretas e Dallagnol, articulam sempre no fato de fazer com que
políticos adversários de evangélicos tenham problemas nas eleições. É só ver,
por exemplo, que o Eduardo Paes está sendo acossado na eleição municipal do rio
de janeiro de 2020 para que o Crivela não tenha incomodo para se reeleger.
Ele
controla a instituição mídia. Ao ter
a Rede Record Internacional em suas mãos, emissora de TV que tem ramificação no
Mundo todo, como, por exemplo, em Moçambique, ele consegue manipular a
informação ao seu gosto porque mídia é fonte de poder. A Rede Record, no
Brasil, é a rede que mais cresce, sendo que o dono desta empresa chega ao ponto
de comprar espaço em emissora concorrente, como a CNT, para pregar as palavras
de Deus em mais de uma emissora no Brasil.
Ele
controla a instituição forças Armadas.
Não as forças armadas formais do Estado [ainda], mas um grupo paramilitar de
milícia de Deus chamado de “Gladiadores do Altar”. Este grupo, composto por
maioria de pessoas jovens, faz lembrar a juventude Hitlerista ou o atual Nashi
do Putin. A depender da brutalidade do poder, não há de duvidar que se comece a
matar em nome de Deus porque a sociedade assim aceitou. Não está muito longe
isso acontecer.
Ele
controla a instituição grupos de pressão.
Ao ver a Rede Globo ser perseguida por apenas exercer o seu trabalho, ao exibir
as mazelas na cidade do Rio de Janeiro, cujo local tem o Crivela como prefeito,
a Marionete do d'Ele conseguiu gerar um grupo de pressão chamado de:
“Guardiões do Crivela’”. Não chega ser um exército, mas sequazes que enchem o
saco contra outro grupo do mesmo ramo de atividade em questão.
Ele
exerce poder em outros setores da
sociedade:
Ele
controla um banco. Dono do Digimais,
este é um dos bancos que mais crescem virtualmente no Brasil. Já há mais de 100
mil clientes. Isso que praticamente parece nem existir. Por ora, para não chamar tanta atenção, ele
mantém o controle financeiro deste banco voando abaixo do radar por estratégia.
Mas é um dos bancos que mais crescem no Brasil.
Ele
controla um Partido Político. Todo mundo sabe que o partido chamado de
“Republicanos” é a legenda ligada a Ele. A maioria dos políticos que estão
neste partido foram eleitos por influência religiosa ou diretamente por
interferência da igreja dele.
Ele
controla um poder de empresário capitalista. Por ter milhares de imóveis que
abrigam os seus grandiosos e luxuosos templos espalhados no Brasil, a
localização destes empreendimentos, somado com a vantagem de não precisar pagar
tributos, faz com que ele seja um magnata do ramo imobiliário, com um
patrimônio invejável.
Ele
controla marionetes políticos. Este ano ele está insaciável. Se no passado,
ele queria somente alguns políticos de legislativo, agora quer capitais do país, Crivela e Russomano, e governadores do Estado. Sendo assim, pergunta-se: Ele irá querer ser o futuro
presidente do Brasil? A resposta é que não precisa. Ele está a virar uma
espécie de monarca absolutista.
Ele
é Edir Macedo.
A
sua força por ser considerado um homem de Deus faz com que, junto com outros
homens da fé, Edir Macedo consiga ter influência, direta ou indiretamente, em
todos os pontos citados neste texto. Ele tanto se beneficia indiretamente
quando os evangélicos conquistam benefícios pelo lobby, quanto ele mesmo exerce
diretamente o poder quando ele pode fazer isso.
Você,
leitor, não quer acreditar, mas o Edir Macedo deixa o George Soros no chinelo.
Muito mais influente, poderoso, e perigoso, do que o magnata húngaro.
Ele: O Homem mais Perigoso do Brasil de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em https://efeitoorloff.blogspot.com.
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