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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Manifestações de Março 2020: Sem Blefe e Sem Erro

Por: Júlio César Anjos   Este blog pode opinar sobre tudo que mesmo assim não faz duas coisas que todo mundo faz: blefar e errar sobre uma análise política, seja conjuntural ou estrutural. O certo era o Bolsonaro “travar o jogo” para poder governar. No futebol há a cera e a catimba, na fórmula 1 tem o “Safety Car” e no boxe tem o clinch [abraçar o adversário para se livrar de ataques]. Todos esses fatores esfriam a competição quando acionados. No quesito comprometido x envolvido, Bolsonaro está comprometido no processo e deveria esfriar os ânimos para governar, enquanto que a oposição tentaria, infrutiferamente, provocar desestabilização para mitigar popularidade do governo. No meu texto com o título: Movimentos de Rua e/ou Bolsonaro , lá era dado que as forças oposicionistas ao Bolsonaro deveriam provocar esse governo combalido para que houvesse reação e, assim, o desgaste começaria a gerar a rejeição popular maior ao Bolsonaro. Bolsonaro embora comprometido, não enten

Prisão em 2ª Instância: Outra Perspectiva

Por: Júlio César Anjos A Professora Margarida, de pele branca, encosta a sua palma da mão na palma da mão da sua aluna Beatriz, de pele negra, e pergunta para outro aluno, o Carlos, de pele miscigenada, sobre o que ele estaria vendo. Eis que Carlos responde: “A sua mão, professora, é maior que a da Beatriz”. A resposta poderia ser que a mão da professora é branca e da aluna é negra que também estaria correta a elucidação. Mas as crianças dão outras abordagens de respostas por não ter vícios, o que faz a inocência gerar uma solução mais sensata do que as premissas dos adultos. E é isso que esse texto propõe: dar uma resposta sem vício sobre a questão de segunda instância, pois, este que vos escreve não entende nada de área jurídica. Mas entende de política e as nuances do poder. Primeiro, os fascistas tentaram convencer a população de que se deveria aumentar o número de cadeiras do judiciário. Mas logo o povo entendeu que isso era um golpe estilo Hugo Chaves e rejeitou a ideia.

Autoplágio: O Verdadeiro Mecanismo: Milícia x PCC

Por: Júlio César Anjos Atenção: Esse texto foi publicado no dia: 10 de Junho de 2019. Eu já sabia que a milícia podia virar fenômeno nacional. *** O tráfico de drogas no mundo está longe de acabar. Porque este comércio é impulsionado pela demanda, não pela oferta, o usuário puxa o mercado [negro] de consumo deste produto em questão.  Se não há como acabar com o comércio de drogas, o que resta então é saber como a sociedade [você] e o Estado abordam esta conceituação. Há, com certeza, países que não possuem o menor pudor e fazem das drogas item até de exportação. Mas a ampla maioria dos países do globo, ao menos, possui o pudor de fingir que o comércio de tráfico de drogas nas suas limítrofes não existe. E um dos países que omitem esta realidade é o Brasil, óbvio. Quanto à sociedade [você], a menos que o individuo seja adepto a minoria extremista da direita ANCAP [Anarcocapitalista], a maioria da população é contra a liberação, por exemplo, de pedra de crack em gôn

Celebridades Temporárias

Por: Júlio César Anjos É engraçado como a nova tecnologia recebe peculiaridades de outras mídias obsoletas. A rádio que nos primórdios possuía o ouvinte famoso deu lugar para o individuo que tinha os seus “15 minutos de fama” na TV. E a personagem que tinha “15 minutos de fama” na TV deu lugar para a “publicação viral”, aquela que o anônimo fica famoso na internet por ter expandido em popularidade em uma publicação somente. Ou seja, pela lógica social de comunicação, a mídia velha exporta para a nova esse cacoete de popularidade em personagem desconhecida, o que é realmente curioso de se constatar. “Bom dia seu João, bom dia dona Maria”, era assim que a rádio começava a programação matinal ao se comunicar com os seus ouvintes. E para aumentar a humanização, o áudio sempre tinha, todas as manhãs, uma ouvinte ilustre que estava lá batendo ponto ao conservar uma boa conversa com o locutor-âncora ao promover o episódio do dia. Um simples anônimo tornava-se famoso, mesmo todo mundo

Milícia: da Criação à Ascensão

Por: Júlio César Anjos Antes de perguntar: “quem matou Adriano da Nóbrega?”, é preciso responder sobre quem criou o miliciano fugitivo morto na Bahia. Porque quando se faz a pergunta errada, é óbvio que a resposta não trará satisfação. E não trazendo nem mesmo explicação, não elucidará o que está em curso, fazendo com que aqueles que mataram o Adriano saiam impunes porque tais agentes souberam enganar toda a sociedade em geral, toda a nação, ao criar um produto de milícia padrão. Qual é a condição para fazer um Adriano da Nóbrega? São vários os fatores que moldam a existência de um bandido fardado que tem como alcunha: miliciano. As principais características são o dinheiro e o status. A sociedade, ao votar por longo tempo no PT, infelizmente criou a pressão necessária para a geração de milicianos. Com a incapacidade de fornecer o mínimo de estrutura nacional de segurança, fazendo com que os Estados tivessem que agir de forma desconectada no estilo: “cada um cuida do própr

Tipo: Exportação

Por: Júlio César Anjos Paulo Guedes, recentemente, ironizou sobre o fato de até doméstica num passado não muito distante passar as férias na Disney, o que é uma falácia [pobre não sai do seu raio social], para dizer que a moeda Real seguirá desvalorizada para que o país volte exportar. Essa linha de raciocínio econômico não é fato novo e por isso não causa estranheza para ninguém que é da área em questão e que compreende sobre essa lógica de decisão. Na época da ditadura militar este era o modus operandi econômico como “sucesso” a trilhar: desvalorizar o câmbio para poder exportar. Mas, afinal, esse modelo é bom? Não é. É um fracasso por si só. É a desgraça chamada “Tipo: Exportação”. A década de oitenta fora a época do fracasso da ditadura militar somada a uma transição pelo governo PMDB – partido biônico da ditadura. Um período péssimo em todos os sentidos. O maior ano de crise da Dilma foi fichinha perto dos anos 80, economicamente falando. Quanto a isso, não há nem compar

COPApp: Contribuição Patronal em Aplicativos

Por: Júlio César Anjos O cenário político brasileiro clama por um equilíbrio de forças. As esquerdas ainda não conseguiram voltar a ter apelo após o impeachment da Dilma Rousseff e a prisão de Lula. E das derrotas sofridas, a mais impactante se deu realmente no fim do chamado jocosamente “imposto sindical”, que na verdade se chama “contribuição sindical”, mecanismo financeiro que fazia a motorização pela pecúnia a ativação de uma militância aguerrida e organizada pelas esquerdas. Certamente não dá para voltar com o imposto sindical porque tudo na vida muda e tende a se modernizar. Por isso que há de se criar uma alternativa a essa contribuição. Deste modo, chega-se à solução COPApp: Contribuição Patronal em Aplicativos. Com a milícia avançando no Estado sem parar, diante a sua capacidade de matar quem quiser sem sofrer consequências, há a necessidade de fazer um equilíbrio de forças e trazer a esquerda a ter alguma proeminência no cenário político nacional. Nenhuma democracia