Por: Júlio César Anjos
Este
blog pode opinar sobre tudo que mesmo assim não faz duas coisas que todo mundo
faz: blefar e errar sobre uma análise política, seja conjuntural ou estrutural.
O
certo era o Bolsonaro “travar o jogo” para poder governar. No futebol há a cera
e a catimba, na fórmula 1 tem o “Safety Car” e no boxe tem o clinch [abraçar o
adversário para se livrar de ataques]. Todos esses fatores esfriam a competição
quando acionados. No quesito comprometido x envolvido, Bolsonaro está
comprometido no processo e deveria esfriar os ânimos para governar, enquanto
que a oposição tentaria, infrutiferamente, provocar desestabilização para
mitigar popularidade do governo.
No
meu texto com o título: Movimentos de Rua e/ou Bolsonaro, lá era dado que as
forças oposicionistas ao Bolsonaro deveriam provocar esse governo combalido
para que houvesse reação e, assim, o desgaste começaria a gerar a rejeição popular
maior ao Bolsonaro. Bolsonaro embora comprometido, não entende que a bagunça só
gera problema para o seu governo. Parece que não viu a Dilma cair justamente
por causa disso.
A
estética de provocação funcionou. O conjunto de fatores fez Bolsonaro ter que
reagir de forma apavorada de pânico quanto às críticas ao seu governo decrépito
[igual a Dilma e o PT reagiram].
Deste
modo, Bolsonaro agiu e age de forma virulenta e antidemocrática.
E
a reação será de aumento das esquerdas [que não podem mais se associar com Lula
e PT] nas ruas pela defesa da democracia.
Vem
pra Rua já está se carimbando como uma espécie de sindicato das Milícias ao
apoiar o Bolsonaro.
E
MBL terá que escolher se associar ao miliciano e sofrer críticas quanto a isso
[por virar sindicato de milícia] ou se ausentar e não ser considerado mais um
movimento direitista [isso poderá tirar o MBL do jogo político de vez].
Somado
a tudo isso, a “militância” bolsonarista agride a população, nas redes sociais,
o tempo todo e todo santo dia [assim como os MAV’s do PT faziam antigamente].
E, detalhe: só estou confessando isso agora porque é o momento certo [caso
contrário, deixaria os MAV’s tocando o horror].
Se
for para apostar em quem colocará mais gente na rua, nestes novos levantes de
março de 2020, acredito que a esquerda colocará mais gente porque a direita
está defendendo incompetência [e a classe média gosta de resultado].
E
lembre-se: brasileiro não tem inibição necessária para aceitar ditador [não tem
o mesmo comportamento de um russo, asiático ou até mesmo um árabe]. Brasileiro
até gosta do onírico de uma ditadura, mas nunca quer um ditador. Quer o
"mito", mas não quer a repressão.
E
o Sistema até Tentou criar mitos como Lula e Bolsonaro, mas o Sistema fracassou.
E
por causa disso Bolsonaro será jogado na lata de lixo da história assim como
Lula já foi.
E
eu estou tranquilão porque já tinha previsto tudo isso.
***
Demorou,
mas está dando certo o lance de estratégia da terceira via.
Tanto
Bolsonaro quanto Lula querem o chamado "dilema argentino".
Querem
que a eleição chegue polarizada para os dois lucrarem com isso.
O
problema é que o Brasil é mais complexo que a Argentina e por isso o brasileiro
está dando sinais de desprezo aos extremistas polarizadores.
Isso
vai se realizar nas manifestações agora de março/20 [que terá pouca adesão nos
dois lados (embora com a esquerda colocando mais gente na rua)].
Então,
caso o Bolsonaro faça um mandato ruim [o que acontecerá], a partir deste
momento há a possibilidade de um candidato de terceira via vencer a eleição de
2022.
O
brasileiro está de saco cheio dos políticos [TODOS!]. Principalmente dos
extremistas que enchem o saco e não resolvem nada.
Como
disse, não blefo nem erro em análise política.
Aqui
tem credibilidade.
Fonte texto: Movimentos de Rua e/ou Bolsonaro
https://efeitoorloff.blogspot.com/2020/02/movimento-de-rua-eou-bolsonaro.html
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