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Mostrando postagens de 2014

Negociação de Malandro

Por: Júlio César Anjos Para entender o que está acontecendo com a votação da revogação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), nada melhor que trazer um exemplo lúdico sobre a negociação entre dois lados interessados.  Segue: Em Curitiba existia um lugar que se chamava Pedra , em que havia várias negociações, a saber, sobre todos os tipos de mercadorias. Os produtos eram de qualidade duvidosa e a maioria da negociação girava via escambo. Sempre acontecia de um comprador de carro sair com o veículo empurrado, pois nem mesmo funcionava o automotor. Parecia Roma antiga. Trocava-se violão por armário, roupa por bugiganga e assim por diante. Mas, certa vez, uma coisa engraçada ocorreu, uma negociação não foi efetivada. Um lado tinha um aparelho micro-ondas (estragado, talvez) e o outro possuía galinhas (umas 10, talvez) para trocar. Mas nenhum dos dois tinha o produto em mãos e queriam receber o produto antes. Resultado: o negócio não se concretizou. O pessoal já sabia que não aco

Revogação da LRF

Por: Júlio César Anjos Muitas informações estão sendo bombardeadas na mídia e redes sóciais, com as pessoas sendo prós, contras, ou sem opiniões formadas, embora estejam antenados sobre os desdobramentos ocasionados pela votação da LRF (Lei de Responsabilidade fiscal) . O governo defende o fim da LRF porque diz que se o governo não gastar, haverá desemprego. E a oposição diz que revogar tal norma gerará calote. Governo e base aliada querem gastar mais; Oposição defende regra do jogo. É por causa da importância do futuro do país que está em jogo, que a barulheira, por enquanto, não terá fim. Esse embate já tem pelo menos uma lição ensinada: Não importa se a lei será mantida ou não, só o fato do governo querer revogar uma regra do jogo mostra que o Brasil afundou. Se tudo estivesse bem, não haveria o porquê de revogar uma lei simples, de dona de casa (só se gasta o que arrecada). Querer acabar com a LRF é confissão de fracasso, por si só. Um bom gestor se adapta às leis e não ao

Invenção Militar

Por: Júlio César Anjos A Intervenção é golpe e o golpe é intervenção. Porque todo golpe faz alguém ter que intervir (tomar parte) para conquistar o que deseja. Ao passo que a partir do momento que se intervém, só se faz mediante coerção (física ou não). Portanto, quem pede que os militares reajam sobre aspectos políticos, nada mais faz do que intentar pela invenção militar. As pessoas estão desesperadas por causa da sanha dos larápios que se impregnaram no poder. Ao passo de não poder tirá-los de lá via convencimento (democraticamente), tais cidadãos de bem clamam até mesmo para uma restauração dos pilares republicanos, em que clamam até mesmo ofensiva hostil, pela miríade militar. É a angustia em tentar achar um herói ao meio o caos. Desta maneira, o conterrâneo quer derrubar o poder que está constituído, em vigor, sem ao menos verificar o que poderá ser instituído e subirá emanado pela comoção popular. Pela falta de opção, há aquele risco a correr entre tirar um governo

Chega logo, 2015!

Por: Júlio César Anjos Este ano, certamente, foi de muito aprendizado para mim. Foi o período de maior provação que tive em vida. Foram tantas situações extraordinárias que deixaram profundas marcas, além de experiências traumatizantes. Ensinamentos que, com certeza, não devem ser passados como lição, pois ninguém gostaria de aprender a como sofrer. Do fim do ano passado até o começo deste ano (2014), meu pai foi diagnosticado com câncer maligno. Eu perdi o chão. Não sabia o que fazer. Era uma situação que nunca tivera experimentado, com incertezas sob todos os aspectos. Fiz tudo o que estava ao meu alcance e deixei nas mãos de Deus. Embora o meu pai tenha se curado (graças a Deus!), o trauma ficou estabelecido e nunca será esquecido, apesar de aliviado. Como desgraça nem sempre vem sozinha, de forma isolada, estava no começo do ano desempregado (sem emprego formal). Pelo menos isso fez com que eu pudesse concentrar as forças em acompanhar o meu pai enfermo, sendo que o la

Inversão de Valores na Corrupção

Por: Júlio César Anjos O povo está sendo bombardeado pela imprensa sobre petrolão e lava-jato. Pelo mote de mensagem, parece que são dois desvios distintos, que se cruzaram pela coincidência de serem deflagrados no mesmo tempo. Esse pensamento é errado, já que esses falsos caminhos corruptivos são a mesma coisa. Um caso se refere ao congresso e o outro às instituições, sendo juntado pelo mesmo esquema de roubo e fraude. A operação lava-jato é uma atividade da polícia federal, para prender corruptos que assaltaram a coisa publica, através de conluio, cartel, superfaturamento, tudo para ganhar dinheiro fácil, quebrando a regra do jogo licitatório. Começou a partir das delações premiadas do doleiro Youssef. Já o petrolão é o termo utilizado para divulgar o crime que os políticos fizeram ao erário público, por dar brechas para que os empreiteiros, que hoje estão sendo presos pela operação lava-jato, se corrompendo através de aceite de um percentual que iria para o bolso do pol

Questão de Foco

Por: Júlio César Anjos Havia um filme de comédia, nos anos 90, que, para mostrar o racismo preexistente na sociedade americana, mostrava um negro entrando em uma loja de conveniência, ao passo que o balconista direcionava os olhos somente ao afrodescendente, enquanto um branco limpava as prateleiras do mercadinho, porque ninguém o enxergava praticando crime. Enquanto o negro compra uma mercadoria, com os olhos preconceituosos voltados a ele, o branco rouba o varejista sem ser visto por ninguém. A mesma coisa acontece, hoje, com o povo focando mais no PSDB do que no PT. O PSDB deixou o executivo nacional, sob o comando de Fernando Henrique Cardoso, em 2002. Desde então, qualquer eleição o PT traz FHC nos debates, induzindo, pelo mote de campanha, que o PT é oposição do país, pois o que mais se vê é a inversão de valores. Diante disso, o povo cobra explicações e mais explicações dos tucanos, enquanto o PT fica tranquilo perpetuando-se ao poder. Portanto, saiba que enquanto o PSD

A Imbecilidade da Autossabotagem

Por: Júlio César Anjos No filme Matrix, para combaterem os robôs, os homens bombardearam o céu, pois o sol era energia que alimentavam as máquinas para preservá-las em funcionamento. Os autômatos se adaptaram e fizeram do homem o combustível da máquina, que, ao ser cultivado como safra, fez das pessoas meras pilhas dos robôs. A mesma coisa acontece com a autossabotagem a um país, para tentar retirar um governante nefasto. Pode não dar certo tal estratégia de ação, mudando o curso outrora desejado, com o feitiço virando contra o feiticeiro. As pessoas querem sabotar o país, para tirar o PT do poder. A analogia é simples: O Brasil fica mal em um curto período de tempo, o PT perde a força, com a destruição criativa social executando outras formas de pensar, através de outros players políticos. Diante disso, é um fim que justifica o meio, pois a sabotagem seria para uma boa causa. Mas, fica a pergunta: E se o resultado não fosse esse caminho retilíneo, com o curso se invertendo, a

Lula, O Herói de Canudo

Por: Júlio César Anjos Lula é o ex-presidente com a “cara do povo", sabe se relacionar com a multidão, causa até comoção entre jovens, tudo porque é um símbolo mágico, que atende a todo tipo de necessidade, menos mudar a condição do pobre. Lula gosta tanto de pobre que faz questão de tornar perpetua a condição da pobreza. Pobre é commodity, e, por isso, precisa ser gerado aos montes, mesmo institutos, como IBGE e IPEA, criando riqueza pela caneta, pois faz tudo parte de algo maior, mais amplo. Por isso que o apedeuta é herói. Heróis são criados. 1) criado, no sentido de ser inventado; 2) Criado, no sentido de ser escravo subserviente. Na primeira situação, o intelectual faz o Lula personalidade “pai dos pobres”, para, no segundo caso, o dono do PT atender as necessidades da elite da “nomenklatura”. É o útil ao agradável, satisfazendo vários players encostados na máquina estatal. Melhor que isso, só se existisse a monarquia dos “Inácios da Silva”, tornando eterna, pela lin

Resenha Tuma Júnior – Assassinato de Reputações

Por: Júlio César Anjos O livro é bom, vale a pena comprá-lo, embora não tenha a profundidade que se esperava.  O trabalho dedica-se mais a congratular o Tuma pai, gerar uma espécie de fator “CSI Taboão da Serra” e virar peça de defesa do autor da encadernação.  Faz autodefesa como Secretário Nacional de Justiça, sendo que muito pouco oferta a interceder pelas vítimas que tiveram o mesmo desdobramento tenebroso deste Estado Policial. Divulgou situações ínfimas a respeito dos acontecimentos, que saíram na mídia. Mas o mais interessante foram as incorridas observações conjunturais e estruturais de poder.   Uma das situações mais importantes se dá através da declaração que o Lula (pseudônimo Barba) era informante do DOPS e ainda tinha regalias que nem presos de hoje sonham ter. Abram-se parênteses: a harmonia que a polícia naquela época tinha com Lula dava a impressão até mesmo que os milicos de estados construíram a esquerda. Mas divaga-se.  Lula não estuprou e nem quis estuprar

A Esquerda e o Empirismo Bolivariano

Por: Júlio César Anjos Sabe quando as pessoas apontam a Venezuela para evidenciar o futuro da Argentina e os “Hermanos” para mostrar o Efeito Orloff do Brasil? Pois então, na esquerda pelo mundo, os socialistas cultos, da esquerda verdadeiramente democrática – e civilizada, ao se deparar pelo extremismo ideológico tupiniquim, mostra a América Latina como exemplo a não seguir, como sendo uma experiência científica social fracassada, o bolivarianismo e seus desdobramentos cruéis. O comunismo latino, assim como outros ensaios de “socialismo real” verificados na história (Stalin, Mao Tsé Tung, Pol Pot, entre outros) não deram certo, o chavismo também é agora um fardo para a esquerda democrática pelo mundo, pois mostra a faceta de que, ao ser socialista, poderá virar bolivariano. A ala Social Democrata mundo afora sempre chamou os marxistas de Neandertais, e que tal concepção não subiria ao poder pela democracia. O empirismo no Brasil – e no bolivarianismo - mostrou que é possível

Sincronicidade Junguiana nas Elétricas

Por: Júlio César Anjos A verdade é o seguinte: Ou os 27 Estados da Federação erraram com um sincronismo junguiano, ou o Governo Federal fez lambança no setor energético. Sincronia de Jung é o estudo que se dá através de coincidência, de significado e tempo, através de um inconsciente coletivo preexistente. Exemplo básico é verificar que, em algumas situações extraordinárias, todo mundo tem a mesma ideia em dado momento. Essa explosão de coincidência é sincronicidade.  É esse fenômeno que o PT quer convencer o povo, a respeito do setor elétrico: que todos os Governadores dos Estados erraram com coincidência impressionante. Mas, se um terceiro interfere para acontecer tal situação, aí não é sincronicidade, é evento, pois a sincronicidade depende de acausalidade. Todos os Estados da Federação, abduzidos e condicionados a errar em um mesmo ponto, gerando caos em um mesmo dado espaço/tempo, redimindo o Governo Federal de culpa, pois tal fenômeno aconteceu com similaridade incrí