Por: Júlio César Anjos
Este
ano, certamente, foi de muito aprendizado para mim. Foi o período de maior
provação que tive em vida. Foram tantas situações extraordinárias que deixaram
profundas marcas, além de experiências traumatizantes. Ensinamentos que, com
certeza, não devem ser passados como lição, pois ninguém gostaria de aprender a
como sofrer.
Do
fim do ano passado até o começo deste ano (2014), meu pai foi diagnosticado com
câncer maligno. Eu perdi o chão. Não sabia o que fazer. Era uma situação que
nunca tivera experimentado, com incertezas sob todos os aspectos. Fiz tudo o
que estava ao meu alcance e deixei nas mãos de Deus. Embora o meu pai tenha se
curado (graças a Deus!), o trauma ficou estabelecido e nunca será esquecido,
apesar de aliviado.
Como
desgraça nem sempre vem sozinha, de forma isolada, estava no começo do ano
desempregado (sem emprego formal). Pelo menos isso fez com que eu pudesse
concentrar as forças em acompanhar o meu pai enfermo, sendo que o lado negativo
era ter que conviver, sem distrações que um emprego provoca, sendo torturado
por “não ter o que fazer”. Nem afeto de enamorado tinha para ser amparado.
E,
para piorar, com uma depressão (doença que eu tenho faz tempo) melancólica,
fazia com que eu travasse as ações ao meio o caos. Pra ter uma ideia, o meu
cabelo está todo grisalho, mesmo não tendo idade para tanto. A morbidez
provocada pela enfermidade deixou-me tácito e contemplativo, sobre os
acontecimentos em geral. A fé ficou estremecida,
abalável.
Se
isso é considerado uma provação, é certo dizer que passei pelo crivo da vida
ferido, contudo fortalecido, pela experiência empreendida. Apesar dos pesares,
o ano termina relativamente bem, pois meu pai está vivo e saudável.
Quanto
ao blog, diante destas idas e vindas consegui achar tempo para colaborar nesta
eleição. Apesar de não ter obtido êxito no executivo nacional, o resultado das
produções de convencimento foram bem embasadas e só tenho orgulho, mesmo
perdendo o pleito, de ter feito o melhor, lastreando os artigos pela boa argumentação e
pela verdade.
Não
corri para falar para o mundo que estava sofrendo e também não sei fingir
sentimento para conquistar algum naco político, financeiro e/ou social. Até
porque todo mundo passará por coisas boas e coisas ruins na vida, sendo que a
doença e a morte não há como fugir desta situação, tendo que ser encarada porque
é só o que resta a fazer. A vida testará você e, no final, não haverá premiação
nem honra ao mérito.
Mesmo
com todas essas situações, eu não tenho o direito de jogar a culpa em alguém e
nem me revoltar por que a vida traz essas tragédias, pois o individuo tenderá a
ser bom mesmo que tudo em volta faça com que a pessoa se revolte; ao passo que
o individuo tenderá a ser ruim mesmo que nada lhe falte. Se for para ser uma pessoa ruim, qualquer
coisa de mal se justifica. Se for para ser uma pessoa boa, todo o mal do mundo
não se justifica.
E
eu escolhi ser uma pessoa boa.
Tomara
que 2015 venham coisas boas, que as pessoas façam o bem, para que a vida seja
mais aprazível, sem os fardos que os pormenores tendem a aparecer.
Até que enfim desabafei.
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