Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho, 2011

Pessoas

Por: Júlio César Anjos Ao esperar o ônibus para voltar para a casa, aproveito o tempo ocioso para observar pessoas que estão em minha volta, diferenças rotineiras que estão a todo instante ocorrendo, embora ninguém perceba pelo fato de utilizarem a viseira social. As pessoas estão muito individualistas, tão intrínsecas e intangíveis que nada retira a concentração hipnótica do próprio ego. Na primeira semana de observação plena, com a retirada da viseira social, vejo um sujeito bem vestido, limpo, rosto saudável e boa educação pedir-me um trocado, uma esmola. Fico intrigado, pensativo, ofereço pouca consideração e dinheiro, forneço poucos trocados e nenhuma possibilidade de humanização ao sujeito. Cada um com os seus problemas... Na segunda semana não vejo muitas coisas além do básico: alunos sem pretensão nenhuma sobre o tempo, achando que não é escasso, e gastando horas entre conversas juvenis; homem de idade avançada com dificuldade para andar; uma mulher de meia idade c

Infância

Por: Júlio César Anjos Quando era criança tinha sonhos, mas não sabia expressar-me (escrever); hoje aprendi a escrever, embora não consiga mais sonhar. O rabisco que faço neste material é apenas uma pequena amostra dos resquícios de sonhos antigos que restou. As invenções afloram na época juvenil, trazendo novidades que só uma cabeça fresca poderia oferecer e não há barreiras entre o possível e impossível, basta imaginar, porque na cabeça da criança tudo é realizável. A minha juventude foi tranqüila, embora haja registros nos autos de infração no caderninho negro da minha querida senhora (mãe). São poucas anotações, mas são registros de alta complexidade, grau 4 do nível que vai de 1 até 5 na escala das travessuras. Certa vez, no natal, queria ser bombeiro e bolei um plano - uma estratégia imperfeita - para brincar, no qual chamei o meu amigo invisível para participar da grande brincadeira (Tolice de escritor. Estava brincando sozinho). Na traquinagem, brincadeira de b

As tetas do governo e a rêmora petralha!

Por: Júlio César Anjos Sempre quando eu escuto a frase: “mamar nas tetas do governo”, eu fico imaginando que animal seria, analogicamente, esse mamífero que dedicaria a mama para satisfazer os filhotes que sugam sem parar e nada contribuem em troca. Certa vez pensei em uma cachorra, mas adoro cachorros e não ficaria bem atrelar as tetas do governo em uma cachorra. Também pensei em uma mulher, porém ficaria algo vulgar, pois mulher possui seios e não tetas, que tornaria algo sem sentido. Por fim pensei em uma vaca, aquela vaquinha de presépio magrela, contudo o ar da vaquinha é tão inocente que não consegui efetivar o termo: “mamar nas tetas do governo” como sendo as tetas de uma vaca leiteira. Aí pensei: O governo é muito parecido com a baleia, pois os atributos são iguais. A baleia é lenta, assustadora, alimentam os filhotes graúdos, e, também, por assim dizer, sustentam as rêmoras (peixes que se alimentam das sobras dos peixes maiores), pequenos peixes que fazem a limpez

Os 200 de Petralha

Por: Júlio César Anjos Recentemente José Dirceu promoveu uma festa para os “blogueiros progressistas”, um encontro que teve 200 blogueiros de todo o país, comungando a idéia sobre o mesmo tema: “controle da mídia”. Já temos definitivamente todo o universo que compõe os letrados petistas materializado em um evento (universo estatístico na totalidade), são 200 pessoas que não são nem analfabetas e nem analfabetas funcionais (acredito que não sejam), “favoráveis” ao PT. Nesse universo de 200 pessoas, estão divididos blogueiros em ramos como: mercenários – que estão lá para defender o governo por causa das receitas; os lobistas – hipócritas que manipulam informação para favorecer quem eles querem; e os sonhadores – esses só fazem o blog porque acreditam em uma ideologia, coitados. Todos eles possuem a alcunha de blogueiros sujos. Agora, note um fato curioso sobre corrupção: Quando o Estado censura uma pessoa por proferir, escrever e etc. algo que vai contra a situação, quem se

Querido Diário - Chico Buarque

Por: Júlio César Anjos Recentemente Chico Buarque lançou uma música intitulada como: "Querido Diário", que de nada parece romântico, mas muito se assemelha a uma charada indecifrável, uma dúvida que paira no ar. A música é temporal cronológico, em que: o sujeito acorda de manhã, vê os amigos, se abisma com o mundo atual, faz reflexões, e indica que mais à frente os inimigos irão fazer ataques contra ele.      Na primeira estrofe os amigos o apóiam sobre alguma coisa que o afeta, repare que não está explícito que a solidão se dá para o fato amoroso, carnal, entre um homem e mulher, mas sobre um solidão qualquer, uma luta que ele trava e que, no momento, ele vive sozinho. Os amigos, sim, estão com pena dele viver sozinho. Será algo relacionado ao preconceito? Homossexualidade? Não ficou explicito. Na segunda estrofe Chico Buarque se difere dos demais cidadãos, que são agressivos, raivosos, tiranos. buarque se posiciona como um homem que tem ternura, afaga um c

A história dos bêbados

Por: Júlio César Anjos Dizem por aí que “quem não bebe não tem história”, o que é verdade, fato, afinal um alcoólatra buscará muitas aventuras que serão processadas na cabeça dele como situações extraordinárias, aventuras desbravadas pelo mundo do bebum. E na atmosfera da “Era de Aquarius” do cachaceiro, o mundo não possui regras, todos os bêbados se confraternizam, dividindo a felicidade artificial através de uma reunião de dependência química, sob o efeito do líquido que transporta e faz viajar para outros mundos.  O dia seguinte chega e a realidade invade a sua casa espiritual sem ao menos bater na porta, vai entrando sem ser convidado e aparece de forma tão agressiva que o corpo sente o golpe baixo, fazendo o indivíduo ficar com alguns desarranjos, enxaquecas, esquecimentos e convulsões.    Mas os colegas arquivaram na memória os registros do dia anterior, fatos que aconteceram e tornaram a noite bacana, melhor.  Então, o cachaceiro lembra vagamente das ações prati

Família

Por: Júlio César Anjos     A família é à base de sustentação de qualquer indivíduo, o refúgio nos tempos conturbados, a salvação na calamidade, a festividade na união, mas é, também, o desmoronamento social quando a comunhão acaba. Viver em comunhão não é fácil, é uma tarefa ardilosa que deve ser cultivada todo o dia. Há tempos de escassez quando existe alguma briga ou desentendimento emocional, e há tempos de fartura quando existe alguma congregação, festividades que as pessoas que se gostam promovem para registrar a afeição. A vida familiar de uma pessoa é projetada no mesmo formato que tem uma casa. Na estrutura da pessoa há diversos setores: A fundação, que são os pais; os móveis e utensílios, que são os amigos e a namorada; e a parede e o telhado, que é você. Sucintamente essa é a estrutura de uma pessoa, muito parecida com uma casa. Os pais são a fundação de uma casa porque somente com o apoio deles a base de vida fica sólida para o indivíduo obter conquistas e

Sobrinha

Por: Júlio César Anjos As fagulhas dos pingos de chuva arrebentam nos vidros da ventarola, criando um pó molhado visível àqueles que por perto ficam da janela em um dia de chuva, e faz cair na pele à umidade que transcende a natureza de fora para dentro de casa. Assisto ao espetáculo da natureza com a minha sobrinha nos braços, filha que não vem da minha prole, mas provem do mesmo sangue, com a inquietude da brincadeira de criança sustento-a para assistir também a chuva molhar a cidade. As centelhas das gotas da chuva molham a minha pequena menininha, sorridente, amável e afável a todo instante. Menina traquina que alegra a vida dos adultos - carrancudos que só pensam em trabalho e dinheiro -, e faz arte como toda criança sadia e feliz. É inacreditável como um sorriso de criança lançado quebra qualquer armadura rabugenta de adulto, é o antídoto da tristeza, e o combustível para continuar a saga da vida, o propósito que todos procuram por causa da crise existencial. Sim, um

É Você quem faz o lugar?

Por: Júlio César Anjos     Há uma frase muito conhecida sobre a sociedade que diz: “é você quem faz o lugar”, tentando convencer-te que a mudança individual pode alterar todo o sistema. Balela; é conversa de pastor. O ser humano é um predador por natureza, ser vivo que acha que está acima dos demais animais por ser racional. Tal entendimento faz com que o animal racional viva em sociedade e se dedique a regras para um melhor convívio entre os iguais. Tudo muito bonito, mas na prática a teoria é outra. Um indício de prova que estou certo é a questão de mobilidade dos indivíduos por causa da classe social ou por um gosto de viver em uma localidade qualquer.  A mudança refuta de cara que uma pessoa faz o lugar, pois a partir do momento que o cidadão  obtém  condições de algo melhor, certamente o sujeito mudará de localidade e não gastará energia tentando moldar o meio que vivia até então. Se o indivíduo está em um ambiente hostil, certamente quer sair de tal local nocivo

Nova plotagem de Mídia

Por: Júlio César anjos O Náutico disponibilizará nas entrevistas coletivas uma TV de 7 polegadas na frente do microfone para divulgar os patrocinadores, a idéia vem da Europa, mas poucos clubes Europeus utilizam tal artifício para plotar mídia. Esses dias, assistindo o Sportscenter do ESPN, eu gostei de ver a disposição das TVS de LCD que ficam de forma horizontal exibindo o logo do programa, mas de forma estática, como se fosse um outdoor convencional. Os clubes utilizam uma espécie de outdoor de papel atrás dos jogadores para divulgar os patrocinadores, muitas vezes esse sistema é falho por causa do tamanho e das posições mal encaixadas das logos dos patrocinadores, deixando a desejar o real objetivo que é a divulgação. A minha idéia é colocar 3 TV’s de LCD (veja imagem abaixo) de 55 polegadas de forma horizontal (no mesmo sistema do sportscenter), uma do lado da outra, atrás dos entrevistados do pós partidas (ou similares), tornando a divulgação mais eficaz e tam

Cotas Raciais para Concursos Públicos

Por: Júlio César Anjos O Governador Sergio Cabral criou cotas raciais para concursos públicos no Rio de Janeiro. A alternativa visa corrigir uma “reparação histórica para com os negros”. Após a oficialização de tal medida, os prós e contras pipocaram na sociedade, a repercussão de uma decisão tomada sobre um assunto polêmico. São várias versões, muitos pontos de vista, exageros em defesas e ataques sobre a pauta do dia: Cotas Raciais.  Mas o que faltou nesta agitação toda é a falta de raciocínio analítico e crítico. As cotas servem para quê? Para igualar condições até dado momento e, após conclusão do planejamento, retira-se a cota para tornar a sociedade igualitária e justa. Pensar que a cota será eterna é promover a desigualdade, o benefício racial e a segregação de um povo pela cor. As cotas já existem no âmbito estudantil, e tal medida foi tomada para “reparar uma dívida histórica” que o Brasil tem aos negros. Lembro-me que quando teve início a inserção das cotas

Marketing

Por: Júlio César anjos     Marketing, segundo Peter Drucker – não com essas mesmas palavras -“é uma ferramenta, que bem utilizada, torna supérfluo o ato da venda”. De fato, o marketing é uma ferramenta poderosa nas mãos daqueles que sabem manuseá-la, mas é totalmente desastrosa nas mãos daqueles que não possuem entendimento da causa. A capacidade em entender comportamento dos indivíduos se destaca no ambiente consumista do capitalismo selvagem, onde o ter sobrepuja o ser e muitas empresas gastam tempo e energia para obter cada vez mais poder, através do marketing e suas subcategorias como propaganda, publicidade e etc. Mas você só conseguirá bons resultados de pesquisa mercadológica se o produto não for ruim. Se o produto é ruim, não tem marketing que faça milagre para tornar algo inútil em útil, feio em bonito e nem ruim em bom. O marketing não faz milagre. Se a população é finita, não há marketing também que faça consumo em tendência infinita, ou seja, se a população

O ritual

Por: Júlio César Anjos As luzes acesas dos automóveis escancaram o que a noite tenta em vão esconder através da escuridão da natureza, na praia de Guaratuba durante o inverno, há apenas 6 jovens reunidos para celebrar um ritual de iniciação, o ingresso e aceitação organizada pela seita. A tradição se inicia. Os envolvidos são jovens de torcida organizada, uma facção fanática ao futebol que tenta a cada dia angariar mais torcedores em prol da causa, tentando glorificar atos de vandalismo e arruaças nas cidades do país. Esta organizada, porém, tem um diferencial em integrar associados em diferentes provas, ou seja, há algumas escalas dentro do próprio quadro associativo como a bateria, pelotão de frente, ala feminina e comando e apoio. O conjunto de atos e práticas se inicia. Os responsáveis pela execução do ritual exigem aos membros roupões com capuz na cor branca e que a seção seja feita a noite, numa praia deserta. A única testemunha é a lua cheia, que fornece um pouco d

“Se fosse outro partido faria o mesmo”

Por: Júlio César Anjos A bola de cristal acendeu, a carta virou, os búzios rolaram, as runas caíram, o santo baixou e o petista decretou: “se fosse outro partido faria a mesma coisa”. Nada melhor que uma preleção vazia, para fugir do caos criado pela corrupção, que tornar todos os outros entes políticos tão corruptos quanto o petista é. Sob a muleta da desculpa: “se fosse outro partido político faria o mesmo”, decreta como se verdade fosse uma falácia que não convence quase ninguém. O petista afirma que todos poderiam fazer os mesmos erros porque, acredito eu, o correligionário da situação foi para o futuro, viu a gama da "teoria dos muitos mundos" de verdade, voltou para os dias atuais e constatou que, de fato, não importa o caminho a trilhar porque no final todos chegarão ao mesmo lugar, se tratando de corrupção. Sendo assim, eles decretam também que não há mais surpresas e acabou o fator esperança porque não adianta votar em outro partido, já que o fim ser

Mitologia Petralha

Por: Júlio César Anjos A Mitologia Petralha consiste na apropriação da mitologia romana, Deus Baco (Deus do Vinho) é o mesmo que Lula (Deus do pileque e do exagero), Midas é o mesmo que o Palocci, Deus Apolo é a oposição em geral, Deus Pã é José Dirceu, e Deus Narciso é a Dilma. Reza a lenda Petralha que Palocci (Midas) antigamente ajudou Lula (Baco), Lula (Baco) ficou tão feliz que o fez braço direito, dando poderes para o Palocci (Midas) em que tudo que tocasse virasse ouro. No começo, Palocci (Midas) ficou muito feliz com o poder, mas o tempo foi passando e o poder de enriquecer tornou-se um fardo, mal podia comer direito.... Palocci (Midas), incomodado com o poder, pede para Lula (Baco - Deus do exagero e do pileque) retirar tal poder. Palocci (Midas) virou um camponês (militante somente), começou a odiar a riqueza (virou socialista) e passou a adorar o Deus Dirceu (Pã). Certa vez Dirceu (Pã) quis cantar de galo contra o Apolo (Oposição), desafiando a uma queda de braç

Os partidos e as diferentes oposições

Por: Júlio César Anjos     A cena se passa em uma rua em que um cano estoura na frente da casa de uma pessoa (porque tal cidadão estourou ao mexer na terra), e este indivíduo tenta conter a vazão de água que está alagando tudo. O cidadão que tenta parar o escoamento da água é o governo e a pessoa que passa na rua são os partidos oposicionistas. Segue: O rapaz (governo) tenta conter a água quando passa (a oposição): - PPS: eu queria te ajudar, mas eu não sei o que fazer; - PMDB: eu te ajudo desde que haja uma compensação; - PV: Atitudes bandidas estourar o cano, mesmo que seja sem querer, mas vou te ajudar em canalizar a água, só isso; - PT: Se ferrou, vou quebrar é mais, chupa e continuem chupando (e bate com a madeira em cima do cano quebrado); - DEM: Vou pra casa ver se o meu cano não quebrou também; - PDT: Concreta tudo e passa o imóvel para outro trouxa se incomodar; - PSTU: Pobre nem cano tem, esse cano quebrado foi bem feito. Queremos cano par