Por: Júlio César Anjos
Dizem por aí que “quem não bebe não tem história”, o que é verdade, fato,
afinal um alcoólatra buscará muitas aventuras que serão processadas na cabeça
dele como situações extraordinárias, aventuras desbravadas pelo mundo do bebum.
E na atmosfera da “Era de Aquarius” do cachaceiro, o mundo não possui
regras, todos os bêbados se confraternizam, dividindo a felicidade artificial
através de uma reunião de dependência química, sob o efeito do líquido que
transporta e faz viajar para outros mundos.
O dia seguinte chega e a realidade invade a sua casa espiritual sem ao
menos bater na porta, vai entrando sem ser convidado e aparece de forma tão
agressiva que o corpo sente o golpe baixo, fazendo o indivíduo ficar com alguns
desarranjos, enxaquecas, esquecimentos e convulsões.
Mas os colegas arquivaram na memória os registros do dia anterior, fatos
que aconteceram e tornaram a noite bacana, melhor. Então, o cachaceiro lembra vagamente das ações
praticadas durante a noitada conduzida pelo álcool, e a vergonha alheia estoura
no rosto dos amigos que viram o fiasco de perto e nada puderam impedir, porque tal
sujeito saiu do controle emocional.
Quem bebe tem histórias que denigrem o marketing pessoal. Seja sincero,
cachaceiro, quem bebe provoca fiasco, uma espécie de sinônimo da palavra “história”,
pelo contexto. E as “histórias” sempre são as mesmas: Alguém quase brigou; um
sujeito derrubou um bolo no chão ou derrubou um garçom; outro indivíduo subiu
na mesa pra dançar Macarena; outro sujeito quebrou copo(s); Fulana beijou um
cara feio na festa; e todo mundo se juntou, através do imã do sovaco vencido,
para cantar alguma música conhecida por todos. É uma regra.
Portanto, chego á conclusão que quem não bebe vê fiascos e sente vergonha
alheia. Na verdade quem não bebe é que têm histórias pra contar e quem bebe faz
a história, nem que essa história seja negativa para a própria pessoa. Mas todo mundo precisa sair da normalidade de
vez em quando, é um diferencial. O problema é sair da normalidade sempre, esses
estão sendo tratados em
alguns AA (alcolicos anônimos), mas isso é assunto para outra
hora.
Todo mundo tem alguma história escrita pelo efeito da bebida.Qual a sua?
A obra A história dos bêbados de Júlio César Anjos foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em efeitoorloff.blogspot.com.
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