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Mostrando postagens de maio, 2021

Carta aos Tucanos

  Por: Júlio César Anjos   Carta aos Tucanos Sobre a Manifestação do dia 29/05/21 Promovida pela Esquerda   Amigos Correligionários: Por causa dos contínuos erros dos nossos adversários vermelhos, nós, tucanos, estamos a cada dia mais perto da vitória eleitoral. Os vermelhos foram às ruas, no dia 29/05/21, contaminar de Coronavírus a população, ao mostrar que esse monopólio não é só do Bolsonaro e seu bolsonarismo caricato e fanfarrão. Os vermelhoides foram às ruas criticar o Bolsonaro de ser genocida por incentivar as pessoas a fazer aglomeração, enquanto eles fingem não estarem fazendo aglomeração. Olha o tamanho da contradição desses malditos! São ou não são imundos? Pois eu respondo de antemão: são! A esquerda preferiu jogar fora uma base de muleta moral, que é salvar vidas, para se igualar ao bolsonarismo em colocar gente na rua, bem no ápice de uma pandemia brutal e mortal, como bem fez a extrema-direita com as suas provocações postas à revelia. As hordas petral

O Pino da Granada

  Por: Júlio César Anjos   Caso o Bolsonaro não se reeleja, o fracasso na urna se dará mais por causa da economia do que na questão sanitária da pandemia. E diante este fato, o ex-presidente em atividade desespera-se em querer “abrir tudo” porque acha, de forma errada, que com isso a economia volta a funcionar. Como há eleição em 2022, é certo que o bolsonarismo se desesperará e irá querer gastar para conseguir manter-se ao poder. E não podendo captar recursos por meio de aumento de arrecadação, o certo é que de uma forma ou outra o atual governo irá, no ano que vem, furar pra valer o teto de gastos. E o teto de gastos, como se sabe, é o pino da granada – está lá para segurar uma explosão. É disso que o texto irá tratar.   O Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, num mandato tampão do governo Temer, adotou o teto de gastos como uma medida paliativa, com duração de 10 anos, a fim de conter as bombas fiscais e dar tempo para que o governo/estado pudesse fazer a restruturação. A id

Jack Gatilho

Por: Júlio César Anjos   Os tempos eram difíceis naquela época em que o velho-oeste era terra de ninguém. Com as cidades distantes umas das outras, além de não haver facilidade de informação, tudo o que acontecia nas regiões eram transmitidas na base do boca a boca. E diante tais situações, muitos criminosos tinham reputação por causa das histórias contadas pelos viventes das vilas. A checagem dos fatos era dada pelos próprios cidadãos. E nesta configuração, havia o grande e temido Jack Gatilho, o gatilho mais rápido do faroeste. Era fácil reconhecer Jack Gatilho. Ele tinha uma pinta preta na bochecha esquerda, além de ter vitiligo no corpo todo. Longe dos seus ouvidos, as pessoas o chamavam de Dálmata. Na sua proximidade, chamavam-no até mesmo de Terror do Oeste. O retrato-falado e as informações constavam em cartazes de recompensas, que eram divulgadas na época. Diante a saga do mito, essa é a história da batalha final de Jack Gatilho.     Sierra Vista. Arizona. 1872.

Semiótica Gesto: Tucanos

  Por: Júlio César Anjos   Os gestos com as mãos viraram ferramentas de comunicação dos agentes políticos perante os seus eleitores em potencial. “L” do Lula; Arminha com a mão do Bolsonaro; João Doria com V de vitória deitado (acelera); V de vitória dos Hippies (que o Boulos usou na eleição); O “OK” (White Power) da extrema-direita norte-americana; o Punho cerrado (que significa revolução para a extrema-esquerda). Todos esses gestos fazem comunicação visual porque são SIMBOLOS. E por serem símbolos, eles devem ser justamente externados. Como são símbolos, é preciso embasar esse novo gesto tucano que está a ser criado pelo estudo da semiótica. Para construir um signo, é preciso haver, pela lógica de Ferdinand de Saussure, um significante (objeto material) e um significado (conceito abstrato).   E para construir uma comunicação semiótica, é preciso usar o conceito de Charles Sanders Peirce, cujo aplica os 3 elementos semióticos: Ícone; Índice; Símbolo. Adaptando para a polític

Eternizou

  Por: Júlio César Anjos   Eternizou   Peguei carona com o Bruninho Muita chuva e neblina O limpador não parava de trabalhar Sorridente Ele parou o carro, ligou o alerta Abriu a porta E saiu paciente no meio do tormento E eu fiquei lá esperando Esperando, esperando A neblina caiu e a chuva cessou O céu magicamente limpou E à frente havia uma plaquinha Cuja informação a ela continha: Eternizou.     A carne perece e a alma sublima. Mas o legado permanece eterno. ***   Caneta descansada à mesa, esperando o luto passar. Descanse em paz, Bruno Covas.   *** CARTA DEIXADA POR BRUNO COVAS "São Paulo, 14 de maio de 2021 Minhas companheiras e meus companheiros, Espero que estejam bem e protegidos. Gostaria de em primeiro lugar agradecer a todo carinho, a todas as orações e energia positiva que vocês têm me enviado. Lamento não conseguir responder a tantas mensagens, sintam-se todos abraçados. O apoio e o suporte de vocês têm sido decisivos no meu trat

Dignos

Por: Júlio César Anjos   Os democratas são dignos. E sendo dignos, o que os defensores da democracia devem fazer com os seus adversários? Devem-se orientá-los com a bússola da virtude; pesá-los com a balança da justiça; refleti-los com o espelho da verdade; peneira-los com a seleção da qualidade; e medi-los com a régua moral. Aquele que é desafiado a fazer a missão e cumpri-la por passar pela bússola, balança, espelho, peneira e régua política da democracia, está apto a ser um cidadão de bem. Quanto os adversários, eles não possuem virtudes, nem são justos, nem verdadeiros, nem qualificados, nem morais e por isso devem ser obliterados. Os adversários não reúnem os requisitos mínimos que contemplem ter o mínimo de dignidade. Porque o democrata é o único ser político que reúne capacidades dentro das suas atribuições cívicas.   São escolhidos por serem dignos. A bússola política só aponta para o norte da virtude.   Os democratas possuem a virtude em saber conviver com quem

O Povo Sabe Votar

  Por: Júlio César Anjos   Encerrada a eleição, vem a apuração. O resultado é catastrófico. O povo deu uma lição ao grupo político, rejeitando-o de antemão, criando uma condenação eleitoral, no qual a urna pune. Insatisfação geral, este grupo golpeado pelo fracasso dos números justifica-se dizendo que o “povo não sabe votar”. Mas quando o povo votava neste grupo, ao dar protagonismo no passado, esse mesmo povo também não sabia votar? É lógico que o povo sabe votar. E se o grupo político não esta sendo eleito, o problema recai ao grupo e não ao eleitor ou da regra do jogo que se esgotou. Porque o povo sabe votar porque faz escolhas simples. Dizem que o pobre não sabe votar porque “vende” o voto por uma cesta básica. Vem cá, leitor, o pobre deve morrer de fome só para atender e satisfazer os desejos morais de uma classe média que dispõe de tudo? Aliás, se há um grupo que talvez vote errado, esse grupo é o afegão médio. Porque o rico ganha não importa o jogo político, o pobre só se

Análise Reportagem Estadão: “Tratoraço”

  Por: Júlio César Anjos   O Estadão vem hoje [09/05/2021] com a seguinte matéria: “ Orçamento secreto bilionário de Bolsonaro banca trator superfaturado em troca de apoio no congresso ”. Para entender esta matéria, é necessária dividi-la em partes. Segue: “Orçamento secreto bilionário de Bolsonaro”. Primeiro que se o presidente quer fazer um orçamento secreto, é óbvio que ele será bilionário. Ninguém se indispõe a fazer secretamente uma operação com valores irrisórios, uma ninharia [se fosse valor vil, também não valeria a pena divulga-la na imprensa]. Segundo que o orçamento secreto não é só do Bolsonaro, é do congresso também [há de dividir responsabilidade quanto a isto]. “banca trator superfaturado”. Na própria reportagem destaca que o dinheiro foi para o parlamentar fazer a compra dos tratores. O exemplo é o Deputado Federal Lúcio Mosquini [MDB-RO]. Ele pagou 359 mil reais num trator que valia 100 mil. Note, porém, que não dá para correlacionar uma suposta corrupção do pa

Sobre a Reforma Política em Tramitação no Congresso Nacional

  Por: Júlio César Anjos   Está tramitando no congresso nacional a PEC 125-A que visa modificar a “reforma política” para as eleições de 2022. Primeiro que o nome está errado. A reforma que só dispõe em mudar financiamento de campanha público para privado, instituir um distritão inexistente [sendo que nem distritos existem no Brasil], não é reforma política, é reforma eleitoral. Para ser reforma política, ela deveria ampliar a abordagem de temas como redução da quantidade de partidos políticos, rever coligações, modificar questões de filiações partidárias, liberar [ou não] candidaturas independentes, além de mudanças no calendário eleitoral. Portanto, a reforma política é, na verdade, uma reforma eleitoral.   Além disso, há muita gente criando a lógica de instituir o tal “distritão” para a próxima eleição. Só que é impossível concretizar o disritão na eleição nacional porque o Brasil não possui distritos, porque o sistema eleitoral brasileiro não é distrital – é proporcional. Na