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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Segunda Smith – A divisão do trabalho limitada pela extensão do mercado

Por: Júlio César Anjos     Na época antiga, os fenícios utilizavam da navegação como forma de negócio, fazia o trabalho de comércio exterior no mar mediterrâneo. Os grandes navegadores do mundo antigo conseguiam chegar a localidades remotas, escoar produção, fazer trocas e estabelecer comércio na região.     Segundo Smith:   O interior do país pode durante muito tempo não ter nenhum outro mercado para a maior parte de suas mercadorias a não ser a região circunjacente, que o separa da costa marítima e dos grandes rios navegáveis. Por conseguinte, a extensão de seu mercado deverá durante muito tempo ser proporcional à riqueza e à reduzida densidade demográfica daquela região, e conseqüentemente seu aprimoramento sempre deverá vir depois do aprimoramento da região. Smith explica que, segundo a geografia, as limitações de estrutura – como má distribuição modal -, e problemas de territórios desconhecidos, era mais fácil fazer negócio entre cidades que eram banhadas pelo

Sexta Marx - Produção, Salários e Lucros

Por: Júlio César Anjos Marx, para consolidar a tese, critica ferozmente os pensadores que não coadunam com as mesmas idéias que ele, como é o caso do exemplo que o escritor refuta o pensamento de Weston, dando exemplos simplórios e pequenos. Segundo Marx (1868): “O cidadão Weston ilustrou a sua teoria dizendo-nos que se uma terrina contém determinada quantidade de sopa, destinada a determinado número de pessoas, a quantidade de sopa não aumentará se se aumentar o tamanho das colheres. [...] O cidadão Weston, por sua vez, se esquece de que a terrina da qual comem os operários contém todo o produto do trabalho nacional, e o que os impede de tirar dela uma ração maior não é nem o tamanho reduzido da terrina nem a escassez do seu conteúdo, mas unicamente a pequena dimensão de suas colheres.” Concordo com o cidadão Weston porque se não houver sopa alguma na terrina, nada adianta ter colher volumosa porque ninguém tirará ração alguma. E aumentar a terrina de forma gigan

Quarta Keynes – Os Postulados da economia clássica

Por: Júlio César Anjos     Keynes é muito confuso em explicar a teoria geral, dá a entender que todos os leitores da obra são economistas renomados, ou seja, não é uma leitura para aventureiros, é uma obra que só é entendida por quem trabalha realmente no ramo econômico (e nem os experientes conseguem compreender Keynes). “O salário é igual ao produto marginal do trabalho”. Keynes tenta explicar que essa teoria é errônea, já que nem sempre o além das expectativas direciona a um salário alto, mas também não significa dizer que o salário é igual ao produto real do trabalho. Se o salário fosse igual ao produto real do trabalho, então deveria pagar o trabalhador em unidades e não em salário, por isso que o salário é igual ao produto marginal (o que fica a margem) do trabalho. Para explicar que a teoria do salário ser igual ao produto marginal do trabalho, Keynes mostra que existem desempregos, seja friccional, seja voluntário. O desemprego friccional é involuntário, ou sej

Segunda Smith – Princípio que dá origem à divisão do trabalho

Por: Júlio César Anjos O ser humano é o único animal da natureza que faz duas coisas que nenhum outro animal faz: Produzir lixo e permutar. Como Smith explica: “Permutar origina divisão do trabalho, permutar só existe na raça humana” .  Para permutar algo, o sujeito deve criar um estoque, oferecer o produto a outro indivíduo, a fim de obter outro produto que possa, ou não, ser do mesmo valor de trabalho realizado do produto trocado. A divisão do trabalho origina eficiência de tempo, aumento de estoques e, por assim dizer, quantidades que extrapolem o uso individual, em detrimento que tal produto seja útil para outra pessoa e que tal produto excedido por um indivíduo seja trocado por outro produto excedido por outro trabalhador. Na natureza não existe a permuta, não existe o exagero, só a escassez, mas escassez no sentido que há o suficiente para satisfazer as necessidades dos animais. O excesso praticado pelo homem gera permuta de bens e lixo. A permuta só aconte

Sexta Marx - Produção e Salários

Por: Júlio César Anjos Marx entendia a relação patrão empregado pelo prisma simplista do empregado e nada constava a favor dos empregadores. Fez um estudo muito bom através do livro o Capital, embora mais chorasse como uma carpideira do sistema feudal, que ruía, do que de verdade entendia o processo do fato novo que emergia. Marx em nenhum momento cita e explica os problemas de ser patrão, como a falência, a responsabilidade, o controle, o planejamento e a organização da empresa que também estava em sistema embrionário, junto com o capitalismo, portanto em processo de mutação. Segundo Marx (1868):: “se o lucro fosse igual a 6 e os salários a 2, estes poderiam aumentar até 6 e o lucro baixar a 2, que o número resultante não deixaria por isso de ser 8. Na base da suposição, sem nenhum estudo científico comprovado sobre a relação produção e salário, Marx apenas exemplifica que “se” a produção total é de 8, então o lucro é 6 e o salário é 2.  Mas o lucro, como sab

Quarta Keynes - Keynes x Smith – conflito básico de visão

Por: Júlio César Anjos Keynes é um otimista no pessimismo e o Smith é um pessimista no otimismo. Enquanto Keynes indaga sobre não saber o dia de amanhã, Smith prega a parcimônia para obter riqueza. Dia de muito, véspera de nada, já dizia a minha avó. A sapiência da minha anciã contrasta com a visão de Smith, que demonstra certo pessimismo com o amanhã, mas um otimismo com o hoje, já que não se passa na cabeça de tal filosofia morrer a qualquer momento. Nunca se sabe o dia de amanhã, já dizia um amigo meu, ao fazer algo fora do comum, geralmente uma traquinagem. O pensamento negativo de um futuro incerto destaca a coragem em fazer coisas imagináveis, ações vorazes de quem é pessimista ao futuro, mas otimista no hoje, já que está vivo. As duas vertentes de pensamentos são nocivas à sociedade, pois uma leva o caos pelo impulso e a outro leva à depressão. Há muito a aprender com os dois estudos, seja para tomar coragem como empreendedor audacioso, seja para ser um conserv

Segunda Smith - A Divisão do Trabalho

Por: Júlio César Anjos                       Adam Smith foi um dos pioneiros a divulgar os benefícios da divisão de trabalho, técnica que consiste em subdividir em postos uma fração de trabalho mecânico. A divisão de trabalho substituiu e aprimorou o sistema artesão, aumentando a produção, a produtividade, e reduzindo os custos, através de fabricações em escala. No livro A Riqueza das nações, Smith aponta os fatores que existem dentro de uma divisão de trabalho, são eles: Destreza – rapidez em executar as tarefas; redução de tempo; máquinas adequadas e o aperfeiçoamento delas. Smith exemplifica ainda, em tal capítulo, que os maiores aperfeiçoamentos das bombas de incêndio foram desenvolvidos porque o funcionário queria trabalhar mais relaxado e vadiar com os amigos, pois utilizou de tecnologia para fazer a máquina funcionar. Smith (1976) Nas primeiras bombas de incêndio um rapaz estava constantemente entretido em abrir e fechar alternadamente a comunicação e

Novo projeto

Por: Júlio César Anjos O blog Efeito Orloff, no uso das atribuições que confere, junto com a convergência do objetivo traçado em 2012, estabelece: Nas segundas-feiras haverá estudo em cima do pensamento de Adam Smith, conhecido como Segunda Smith. Nas Quartas-feiras haverá estudo aos pensamentos de Keynes conhecido como Quarta Keynes. E nas Sextas-feiras haverá estudos sobre Karl Marx, compreendido como Sexta Marx. Segunda Smith, Quarta Keynes e Sexta Marx serão os novos projetos de estudo da filosofia econômica que esse blog encabeçará. Toda Segunda haverá textos sobre cada tópico que abrange o Livro: a Riqueza das Nações – de Adam Smith. Toda Quarta compreenderá sobre cada tópico sobre o livro: Teoria do emprego, do juro e da Moeda – de Keynes. Toda Sexta existirá sobre cada tópico argumentos sobre o livro:  O Capital – de Karl Marx. O estudo objetiva a compreender e entender de forma clara o verdadeiro pensamento destes economistas que mudaram a histó

2012

Por: Júlio César Anjos O ano de 2012 não será prospero, garantem as Previsões do Pai Prelúdio (os 3 P’s da Primazia). A economia haverá Estagflação, a sociedade tornar-se-á mais flexível em condições éticas e morais, as águas de Março sempre fecharão o verão pelas correntezas das enchentes rotineiras entre as cidades, e haverá bastante festa em comemoração às maquiagens feitas nos estádios para a Copa do Mundo (aproveitando toda a estrutura já existente, seja interna, seja externa à praça esportiva). O governo jurará de pés juntos que o sistema de consumo de Keynes estará certo, que todos devem consumir para puxar o mercado doméstico. O Flanelinha será regulamentado como profissão – pelo governo – e os economistas do governo garantirão que o Flanelinha (classe C, talvez D) destruirá o subprime PACHECO, a bolha imobiliária do programa: “Minha Casa, Minha vida”, e consumirá bugigangas dos Chineses. A desindustrialização continuará, o setor secundário da economia será engoli