Por: Júlio César Anjos
Keynes é um otimista no pessimismo e o Smith é um pessimista no otimismo.
Enquanto Keynes indaga sobre não saber o dia de amanhã, Smith prega a
parcimônia para obter riqueza.
Dia de muito, véspera de nada, já dizia a minha avó. A sapiência da minha
anciã contrasta com a visão de Smith, que demonstra certo pessimismo com o
amanhã, mas um otimismo com o hoje, já que não se passa na cabeça de tal
filosofia morrer a qualquer momento.
Nunca se sabe o dia de amanhã, já dizia um amigo meu, ao fazer algo fora
do comum, geralmente uma traquinagem. O pensamento negativo de um futuro
incerto destaca a coragem em fazer coisas imagináveis, ações vorazes de quem é
pessimista ao futuro, mas otimista no hoje, já que está vivo.
As duas vertentes de pensamentos são nocivas à sociedade, pois uma leva o
caos pelo impulso e a outro leva à depressão. Há muito a aprender com os dois
estudos, seja para tomar coragem como empreendedor audacioso, seja para ser um
conservador que possui um feeling em saber que pode se dar mal.
A audácia do Keynes é comparável a uma farra de uma noitada de Bar. Enquanto
há o líquido etílico, a felicidade aparece nos rostos dos bebuns, mas após
passar do limite, o cidadão sofrerá de uma ressaca que será sentido no dia
seguinte, uma dor de cabeça, que trava todo o sistema do corpo.
Já o Smith seria um nerd depressivo, em que tem conhecimento, sabe
utilizar ferramentas, mas fica inibido com as possibilidades em não dar certo
um empreendedorismo qualquer, sujeitando somente a coletar mais conhecimento
para algum dia despejar toda a informação para alguém.
Em tal exemplo, Keynes tornar-se-ia alcoólatra e morreria de cirrose,
enquanto Smith morreria inteligente, mas sem mostrar a sabedoria para ninguém.
A economia está diretamente ligada
ao Estado e ao posicionamento ideológico de um governo. O nosso governo, por
exemplo, implanta o keynisianismo puro, visão de que o hoje é o que existe e
não se sabe o dia de amanhã. Então, a política do Brasil namora o consumo
incontrolável, com a inflação galopante e bolhas, já que há uma crise e para
não tornar depressiva tal crise, injeta mais substância de felicidade ao povo,
que são as compras nas lojas e as vendas no comércio.
Como Smith fica de lado, então a lógica é que a poupança fica baixa, os
estoques são baixos e o crédito real inexiste. O lado bom de deixar Smith de
lado é que não há o sofrimento por antecipação, e não há também uma depressão
causada por especulação.
O Keynisianismo mata gerações futuras, enquanto Smith penitencia a
geração presente.
Os pensadores da corrente de Mises dizem que a economia é como uma
montanha russa, o mercado está sempre em Constancia de ciclos. Então não há
queda além do chão, mas também não existe a teoria do “o céu é o limite” nos
gráficos econômicos.
Sabendo disso, chega-se a conclusão que sempre haverá crises; e o mundo,
atualmente, está em crise.
Para crises, a última idéia a apoiar é o keynisianismo, pois tal
ferramenta somente aumentaria o problema, ao invés de amenizar a situação
errônea. Então, para uma crise já instalada, o melhor a incentivar é a
parcimônia de Smith, pois a economia já está em depressão e não há mais o que
fazer. Resta somente se esforçar para guardar recurso para o futuro.
Mas para uma economia em ascensão é saudável sim usar Keynes, desde que
seja em doses controláveis.
Lembra da frase: “nunca se sabe o dia de amanha?” Pois é, o amanhã
chegou.
E quem me dera após uma crise não sofrer com a frase: “dia de muito,
véspera de nada”.
Não utlizei Marx na comparação porque este se utiliza da linguagem
Hurr-Durr.
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