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Mostrando postagens de julho, 2012

Os pés

Por: Júlio César Anjos Os pés são orgulhosos, um quer ficar na frente do outro, é por isso que se anda. Mas o cansaço do orgulho pede descanso, para sentar talvez, ou continuar em pé apenas esperando... Motivação ou movimentação, não importa, os pés orgulhosos descansam para, mais uma vez, um ficar na frente do outro caminhando. Os pés aventureiros, desbravadores, sempre buscam o diferente. Os pés de um se encontram com os pés dos outros em várias situações excêntricas. Alguns pés ao dormir se invertem, deixando o calcanhar em cima, ficam de ponta cabeça. Há o pé senhor e escravo, em que um fica em cima do outro de forma cruzada, um castigo durante todo o descanso rotineiro obrigatório.  E há os pés que não se entendem jamais, pois, ao sentar ou ao dormir, ficam distantes um dos outros. Alguns preferem o pé na vertical; Porém outros preferem o pé na horizontal. Pé na vertical é sempre bom, vale frisar, a sola encosta ao solo sempre ao caminhar, ou ficar parado na esquina,

O Gado dos Contadores

Por: Júlio César Anjos Três contadores foram para um evento, uma EXPO que estava acontecendo na região. Chegando lá, os profissionais liberais se depararam com o que parecia ser um gado. Eis que começa a discussão: - Contador 1: Olha, pelo jeito esse gado seria certamente contabilizado, segundo o CPC, como estoque, já que parece ser um gado de corte, tem desenvoltura para isso, não se enquadrando de outra forma. - Contador2: Nada, rapaz, pela forma que se configura, com aquele volume saliente nas costas que parece um camelo, se caracteriza muito com uma vaca Nelore, raça pura, o que pode ser classificado como um investimento, já que possui um valor pela raridade e qualidade do produto. - Contador3: Vocês estão enganados, se enquadra como imobilizado, isso aí é gado de leite. Nisso o contador3 chega próximo do que se parece com um gado, enchendo a mão na parte de baixo do bicho e explicando: - Contador3: Veja como vai sair leite, olha só. E aperta forte o g

A insegurança jurídica do mensalão

Por: Júlio César Anjos Para os petralhas não existiu, para a sociedade honesta a condenação já deveria ter sido efetuada, para os indiferentes a ausência de capacidade de assimilação, para o passado somente a tristeza, para o futuro incerteza. E para os operadores do direito e o judiciário, um dos pilares dos três poderes? Dependendo do resultado, a insegurança jurídica. O resultado do julgamento do mensalão já está concretizado, a maioria dos malfeitores será inocentada e alguns terão a pena abrandada pela justiça. Tal conclusão não é uma preleção vazia de uma rodada de búzios ou qualquer outra atividade que enxerga o futuro mediante atividades paranormais, é somente a comprovação dos indícios e provas que revelam que muitos ministros estão emparelhados com o governo petralha. Os ministros possuem somente uma dúvida perante o julgamento do mensalão: Se o resultado negativo para os olhos dos “operadores do direito” honestos afetará a conjuntura do meio profissional. Porqu

O Ornitorrinco Contábil

O Ornitorrinco contábil - Primazia da essência sobre a forma Por: Júlio César Anjos     O Ornitorrinco é considerado o fracasso de Darwin. O animal uma hora se parece com um réptil e em outro momento parece com uma ave. A ciência não consegue classificá-lo na biologia; e a essência, o âmago, do animal também não se sabe, pois o bicho não tem como responder o que quer ser para os homens, fora que os padrões são variados, não satisfazendo em 100% o que ele é. Na contabilidade existe o padrão, mecanismos e ferramentas que demonstram através de uma fotografia como uma empresa é. Essa fotografia é chamada de demonstração financeira. Mas na contabilidade há situações em que os padrões satisfazem as exigências e há outras circunstâncias em que os fatos sobrepõem os padrões. O ornitorrinco não consegue expressar a sua essência e a forma é incomum. Mas há situações em que algo/alguém pode expressar a essência, mesmo a forma demonstrando um padrão que não condiz em um primeiro

A verdade sobre a verba do Metrô de Curitiba

Metrô de Curitiba e o Recurso Federal a fundo perdido. Por: Júlio César Anjos Recurso federal a fundo perdido é dinheiro que o governo pode gastar para investimento de qualquer natureza, sem precisar de devolução do montante fornecido. É quase uma doação, é um rito que o governo faz para ceder valores a um ente federado, para ajudar o estado ou município a algum investimento desejado. Em Curitiba, o governo federal prometeu pagar 1 bilhão de Recurso a Fundo perdido para a cidade, a fim de ajudar no investimento na mobilidade urbana da região. Pois bem, a artimanha da negociação evidenciou que a verba só seria liberada após o projeto executado 100%, ou seja, concluído com êxito.  Mas, afinal, é verba de recurso a fundo perdido ou recurso de verba perdido no tempo? Os estudos do projeto do metrô apontam que somente em 2016 é que as obras serão concluídas, se tudo der certo. O dinheiro do investimento federal não existe de fato, só se concretizará se a obra estiver f

Derivativos

Por: Júlio César Anjos Diz-se que um navio está à deriva quando a embarcação não depende do próprio controle a nortear-se como queira, fica á deriva do mar, sendo que as forças da natureza, como o vento e a correnteza, trabalham para levar o meio de transporte para onde melhor deseja. Marionete do destino, joguete da incerteza, sem estar no controle em um período de tempo, esse é o futuro de algo que está à deriva. Quando uma pessoa quer entrar no mercado financeiro, ela precisa comprar uma ação no mercado de ações, para atingir os rendimentos que se acredita levar em um determinado período de tempo, dependendo da natureza do mercado financeiro, do meio ambiente do dinheiro. Mas nem todo mundo tem dinheiro para comprar as ações, algumas pessoas querem entrar no jogo, mas apostando somente no rendimento de tal ação, sem precisar comprar o título. Essa aposta no rendimento somente da ação chama-se derivativos. Ao pagar um prêmio no mercado de derivativo, escolher a ação em

Comprar a idéia de alguém

Por: Júlio César Anjos Na filosofia da vida não há um órgão regulador para defendê-lo do estelionato intelectual. Saiba que venderão idéias utópicas e fornecerão somente expectativas possíveis. Por isso, fique muito atento ao comprar a idéia de alguém, pois poderá custar muito caro, não terá volta, não existindo código de defesa para o abuso da fragilidade racional. Na feira intelectual, os quiosques são as variedades de pensamentos, e os feirantes são os idealistas que tentam vender suas mercadorias com os mais diferentes estratagemas, técnicas e artimanhas. Os pensadores são os produtos colocados à mostra ao ar livre, leque de opções para satisfazer a necessidade conceitual, vontade degustada pelo gosto extravagante. Mas alguns pensamentos são perecíveis ao tempo, estragam com facilidade, pois são pontuais, só possuem utilidade ao serem servidos em um determinado momento. Período crucial para matar a fome, o desespero da situação, o fruto do conhecimento que alimenta o

O Herói Brasileiro

Por: Júlio César Anjos Olegário, o herói brasileiro Eis que surge em um cantinho qualquer um homem de meia idade, alto, porte físico atlético e convicto, o super-herói brasileiro. Olegário, na juventude, sofreu bullying. Foi em um verão da época do colegial que o rapaz mais sofreu. Foi convidado por marotos a fazer festa junto deles. A tirania pairava no ar, não captado pela sintonia da inocência do menino, que nunca antes tinha visto maldade qualquer. Ao viajar com os colegas, Olegário vai para Criciúma, cidade do carvão, fazer passeio de turista motivado. Chegando ao recinto, o rapaz une-se aos demais para fazer grupo. A turma fala em visitar a empresa de mineração, já que a cidade é pólo e a indústria do minério natural circula toda a economia da região. Ao entrar sem convite à empresa, os maliciosos desafiaram Olegário a pular no chorume que contaminava o rio, produto expelido pela empresa poluidora. Olegário se nega a fazer tal atividade recreativa, afinal na gin

Temor Servil

Por: Júlio César Anjos O capitalismo fundiu-se ao socialismo e o mundo se viu diante do interesse geral, o bem estar social, emanada de cláusula pétrea na constituição mundial. As regras foram estabelecidas no mesmo estilo de divisão que Cristo sugeriu a um comerciante ao fazer um ultraje na igreja: Dai ao capitalismo o que é do capital, dai ao socialismo o que é do social. Desse dia em diante, as instituições de ensino, as igrejas, enfim, tudo que fosse organizado socialmente seria tratado pelo socialismo, com os mortais financeiramente sendo doutrinados pelo socialismo, e na outra ponta os poderosos, que nunca morrerão financeiramente, os capitalistas com o poder nas mãos, mas não podendo mudar o sistema social, apesar de usá-los para manter o capital. Na sociedade há dois tipos de poderes incorpóreos que rondam os limiares do sistema econômico. De um lado aparecem os poderosos que podem ser convencidos – podem mudar de lado -, porém não morrem financeiramente. E do outro la