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Mostrando postagens de abril, 2011

Circulação de informação

Por: Júlio César Anjos     Bem vindo à era da informação, tempo de divulgar notícias, espalhar fofocas, despejar mentiras, relatar fatos, emitir verdades, omitir vantagens, escrever críticas, filmar exclusividades, tabular dados, manipular informação. Bem vindo à era da informação e as suas ferramentas tecnológicas que possibilitem ecoar tudo o que acontece no mundo, em tempo real. Mas para utilizar as configurações mínimas dos hardwares que possibilitam comunicação e informação, o sistema deve ter por traz software e recursos humanos para satisfazer os requisitos mínimos e o objeto tecnológico obter algum sentido em sua essência. Neste sistema, o homem deixa de ser recurso humano para virar matéria prima. E para atender tal necessidade, o ser humano cria variações profissionais para atender as exigências do mercado da comunicação. São eles: lobbystas, espiões, jornalistas, críticos, formadores de opinião, políticos e etc. A verdade é que cada um escolhe uma profissão

Eleições

Por: Júlio César Anjos A prefeitura de uma cidade qualquer está em processo de decisão eleitoral, conversa de boca em boca por toda a região e não se fala nada alem dos dois candidatos que estão buscando o cargo máter da sociedade. Mas a confrontação está desequilibrada, um dos candidatos possui plena vantagem sobre o outro candidato, fazendo com que a decisão seja feita antes mesmo da apuração dos votos. Enquanto uma equipe política já começa a brindar a possível vitória arrasadora, a outra turma está meio que limpando os cacos quebrados de uma campanha inovadora, porém perdida. O candidato em vantagem é republicano e o concorrente em desvantagem é democrata.  A campanha está chegando ao fim e a única possibilidade de ser revertido o placar é no último debate entre os adversários, mais um crivo para os republicanos, e último suspiro para os democratas. O dia do debate chega, os dois candidatos estão tensos, embora haja no semblante do republicano um ar de confiança e

Androginia

Por: Júlio César Anjos Os especialistas dizem que é uma formosura, os ignorantes correlacionam com homossexualismo, os desinformados nem sabem o que significa e eu digo que é uma beleza seletiva. O andrógino é um sujeito que em um primeiro momento não dá para distinguir muito bem se o indivíduo é homem ou mulher, duvida que persiste na cabeça daqueles que não enxergam as nuances e pequenos detalhes que evidenciam o sexo da pessoa. O andrógino é um homem e mulher ao mesmo tempo nas formas e delineamento do formato do corpo, rosto e etc; é uma miscelânea da criação humana, algo que poderia ser extremamente bizarro, mas, às vezes, aparece como belo, sendo convidado até mesmo para a área de artigo de moda vendendo a extravagância do belo. O ser diferente e igual ao mesmo tempo, na minha concepção, é bonito somente se for um homem com feição de mulher, porque mulher com feição de homem é trágico, feio mesmo (não é preconceito, é conceito mesmo). As delicadezas dos traços fe

Viajando nos pensamentos

Por: Júlio César anjos Quando eu era adolescente, lá nos anos 90 e com o plano real já em funcionamento, tenho lembranças das épocas de férias prolongadas, em que os estacionamentos das grandes cidades esvaziavam e as praias superlotavam. O meu tutor, meu pai, sempre que dava feriado prolongado, arranjava um jeito de levar toda a família para viajar. Eu não sou filho da inflação e nem do baixo poder de compra, cresci sabendo que a cesta básica quase nem subia. Desconheço o trabalho alucinante e desenfreado que os repositores executavam ao utilizar na velocidade máxima os marcadores de preço (sei que acontecia isso somente por tradição). Não sou filho do descontrole econômico, a moeda era forte e sempre conseguíamos dar um jeito de escapar para um lugar descontraído quando o calendário permitia. O crédito não era tão fácil de obter, porém a maioria absoluta da população tinha cartão de crédito e cheques. O governo fazia uma espécie de poupança forçada e as pessoas, em sua

A minha; a sua; e a verdadeira.

Por: Júlio César Anjos Qualquer informação que você obtenha de qualquer fonte que seja, sempre haverá três versões: a minha, a sua e a verdadeira e o êxito da verdade será objetivado ao veredicto da consciência. Às vezes uma pessoa encontra o vizinho da rua e tenta uma abordagem de aproximação, mas é rejeitado por uma cara amarrada, a fofoqueira já fez o serviço sujo e contaminou o indivíduo, criando um preconceito na cabeça do novo morador da vizinhança. Com certeza a linguaruda expôs os defeitos em hipérbole e abrandou as suas qualidades, o que é normal para pessoas desta natureza. O inimigo também utiliza da ferramenta de manipulação para atrair mais militantes à causa dele e que tenha como objetivo criar animosidade contra você, moldando um ambiente nocivo que fica difícil de movimentar-se, pois qualquer passo em falso e dará munição para o bandido. Após a investida contra você, é difícil desconstruir uma imagem negativa, caso dê a entender que tal versão pode ser ver

FOMO: Progéria Física e Asperger Comportamental

Por: Júlio César Anjos Nós estamos na era da web 2.0 e a velocidade das mudanças está cada vez mais acelerada, metabolismo que influencia o estilo de vida dos adolescentes do mundo todo. A geração colorida é a tendência da vez e será eterna enquanto durar esta nova modinha de momento. Já dizia o Cortella, não nestas mesmas palavras, que a criança absorve tudo, assiste mais de 7.000 (sete mil) horas de TV, já navegou pela internet, já sabe muitas coisas e nasce até com o olho aberto, para no primeiro dia de aula do primário escutar da professorinha: “a pata nada”. Sim, devemos mudar conceitos porque as coisas estão mudando depressa e a “pata nada” não cabe mais no sistema de educação desta nova geração que possui metabolismo acelerado. E crianças apressadas em experimentar coisas serão adolescentes mais agitados e que vão querer buscar conhecer tudo, e quando chegar à fase adulta, por ter debulhada a maquina humana (o corpo), o sujeito ficará arrebentado, com fisionomia e

Paraná Clube - O Curioso caso de Benjamin Button do futebol

Por: Júlio César Anjos O Paraná Clube é uma instituição perfeita para explicar cases nas faculdades por aí, porque é o exemplo do fracasso administrativo consecutivo que torna um clube gigante em um anão, “O Curioso Caso de Benjamin Button” da vida real. O Paraná Clube nasceu gigante, mas está a cada dia em processo de nanismo no futebol nacional. O clube Paranaense tinha muito dinheiro no seu nascimento, um novo rico que emergia através das fusões de dois clubes médios no cenário regional e que desempenharam a alavanca de um clube montado em recursos financeiros, com facilidades em contratar profissionais qualificados que buscavam sempre a vitória. Mas o tempo foi mudando e o Paraná Clube foi perdendo as receitas lentamente, na mesma letargia que nada fazia para sair do cenário de "Status Quo" fracassado que surgia. A primeira perda significativa de verba foi através da canetada proibindo bingos e jogos de azar. O Paraná Clube, na Kennedy, tinha um salão de jogos

The walking dead da Luz

Por: Júlio César Anjos Vila Nossa senhora das casinhas de pombo, ou, como preferir, vila Nossa senhora da Luz, primeiro conjunto habitacional popular feito em Curitiba, elaborado com minúcia por americanos que criaram um conjunto ao padrão Norte americano. Não deu certo. O ano é de 1966, o presidente é castelo Branco e o projeto era a criação do primeiro conjunto habitacional do Brasil, a Vila Nossa senhora da Luz. O vilarejo foi criado para um público alvo de pessoas com baixa renda, na época da ditadura de regime militar. A Vila – como é conhecida hoje por todos os moradores - nasceu na época que a juventude exigia caminhar contra o vento, sem lenço e nem documento e a maconha era o fruto proibido da época. Os anos passaram, as drogas e a evolução humana progrediram (ou regrediram), o mundo mudou. Hoje maconha nem é tão subversiva assim, já que há outras drogas devastadoras. A vila sempre foi o ponto de tráfico, que vem desde a gênese deste pequeno vilarejo.  O fracasso da

Receita para acabar com assombração

Por: Júlio César Anjos Assombração parece que tem hora e lugar certo para aparecer, é sempre à noite, quando não há ninguém na casa ou quando os moradores estão dormindo, aumentando o índice de atenção sobre qualquer coisa suspeita. Os espíritos adoram chamar a atenção. É uma gaveta que abre aqui, um vento que sopra acolá, tudo bem sincronizado para chegar à perfeição ao susto que cometerá ao ser vivo... Parece criança levada. Espíritos até matam dependendo do grau de ação que tais entidades estão dispostas a cometerem. Os assombradores aparecem mais na casa do rico do que do pobre. Analisa comigo: Geralmente quem escuta algum ruído tem a casa grande (para chegar até fazer algum eco); mora sozinha (ou com mais pessoas, sendo que os cômodos da casa são longínquos um do outro); o indivíduo assombrado tem dificuldade em concentração ao menor ruído; e não possuem muitas pessoas para fazer traquinagem na casa, sendo que crianças são poucas e possuem agendas predeterminadas dur

Pobre de espírito ou Espírito de pobre?

Por: Júlio César Anjos     A humanidade sempre sofreu com a pobreza ou com a escassez de recursos (mesmo havendo recursos em abundancia) e este problema é algo cotidiano na vida social, rotina aos olhos daqueles que conseguem enxergar tais fatores, mesmo que a viseira do consumo esteja tampando a realidade. A sociedade possui escalas sociais criadas pelo próprio homem, fato esse que difere a gama de crenças e pontos de vista, pois as interpretações de visão de mundo são diferentes pelo prisma vivencial que cada indivíduo observa. A vida é mais fácil àqueles que nasceram em berço esplêndido do que aqueles que já nasceram insuficientes financeiramente. As pessoas que vivem confortavelmente gozam de tudo que há de melhor na vida e, mesmo sabendo de tudo que é imaginável, às vezes conseguem serem míopes em relação a vários fatores sociais do cotidiano.  Alguns ricos são pobres de espírito ao maltratar, por exemplo, um garçom, ser racista e etc. Mas também podem ter espírito d

Ralé Recessiva

Por: Júlio César Anjos Tudo na vida tem o outro lado da moeda: se há o bem, então há o mal, se há o par, então há o ímpar; se há o amor, há o ódio. E Se existe a elite dominante na nossa sociedade, qual é o outro lado da moeda? A Ralé recessiva, lógico. Uma ralé recessiva (Analogia ao gene da Biologia) só se manifesta na ausência do seu sistema contrário, a elite dominante. Essa ralé é chamada de recessiva porque fica escondida (em recesso) nos grotões das grandes cidades conurbadas pelo crescimento desordenado, causando problemas sociais. Cidades conservadoras e progressistas são os habitats do sistema elite dominante. Essas metrópoles geralmente não permitem que o sistema ralé recessiva floresça, asfixiando na raiz qualquer indício de seu crescimento. Já localidades primitivas são ninhos do sistema ralé recessiva. Os habitantes destas regiões impedem que os moradores locais tenham até mesmo um pensamento (sonho) elitista, fazendo com que qualquer tendência de crescim

Regime e Ditadura

Por: Júlio César Anjos     Regime e ditadura são sinônimos àqueles que não são dedicados exclusivamente à política e/ou estão fora das discussões políticas e assuntos relacionados. A verdade é que as duas palavras não são sinônimas, embora tais expressões estejam diretamente relacionadas uma em função da outra. Mas o problema não está no fato das pessoas acharem, por hábito, sinônimos, mas sim algumas ferramentas da internet promover tal ato falho e espalhar a similaridade como verdade.  Os erros são tão grandes em sites como Wikipédia e dicionários informais que até parece que é por querer, ou seja, parece que alguém quer que sejam de fato sinônimas as duas palavras. Regime, a palavra traduzida ao pé da letra, no dicionário, significa: ato ou maneira de reger (governar); e maneira de viver. Isso significa dizer que regime emana da vontade em conduzir um país ou uma individualidade de vida conforme o que acha melhor ou convém. Já ditadura, na melhor explicação do dici