Por: Júlio César Anjos
Qualquer informação que você obtenha de qualquer fonte que seja, sempre
haverá três versões: a minha, a sua e a verdadeira e o êxito da verdade será
objetivado ao veredicto da consciência.
Às vezes uma pessoa encontra o vizinho da rua e tenta uma abordagem de
aproximação, mas é rejeitado por uma cara amarrada, a fofoqueira já fez o
serviço sujo e contaminou o indivíduo, criando um preconceito na cabeça do novo
morador da vizinhança. Com certeza a linguaruda expôs os defeitos em hipérbole
e abrandou as suas qualidades, o que é normal para pessoas desta natureza.
O inimigo também utiliza da ferramenta de manipulação para atrair mais
militantes à causa dele e que tenha como objetivo criar animosidade contra
você, moldando um ambiente nocivo que fica difícil de movimentar-se, pois
qualquer passo em falso e dará munição para o bandido. Após a investida contra
você, é difícil desconstruir uma imagem negativa, caso dê a entender que tal
versão pode ser verdadeira, então, deve-se asfixiar tal informação (ruim para a
imagem) na fonte.
Na política, na imprensa, no trabalho, na amizade, na família – não
importa –, sempre haverá informações desencontradas e a tendência é a
informação se espalhar pelo local em uma velocidade incrível e, apesar de que
na justiça caiba o ônus da prova quem acusa, na vida social quem cala consente
sobre as acusações levianas.
Goebbels sabia desta tática, pois orientou Hitler a proferir 1000 vezes
uma mentira para torná-la realidade, mas o que poucos sabem é que a força da
versão não vem da repetição, mas da inércia e consentimento da outra ponta
opositora que nada fala contra a mentira, o que faz tornar a mentira verdadeira
por causa da falta de versões.
A consciência é o martelo da justiça, o material intangível que decreta
se algo é verdadeiro ou não. Mas uma sanção só é bem julgada quando a cabeça
pensante conhece os dois lados da situação. Caso o cidadão não queira saber
sobre um lado da versão, por estar satisfeito e influenciado pela primeira
versão, então a pessoa nada mais é que ignorante (no sentido de ignorar).
Não seja ignorante, busque as informações e decida conscientemente.
A minha; a sua; e a verdadeira. de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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