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Mostrando postagens de novembro, 2010

Os ventos mudaram

Por: Júlio César Anjos Getúlio Vargas, ditador e golpista, conhecido como o pai da CLT (consolidação das leis trabalhistas) foi mais do que um presidente da república, foi um criador de conceito. Ditadura é quando os três poderes equivalentes de Montesquieu – executivo, legislativo e judiciário – estão aparelhados, ou seja, uma só pessoa (ou poder) tem o comando nos três poderes. Na época do comando emanado pelos coronéis e militares, era mais fácil criar ditadura e com essa brecha, Getúlio aproveitou para instaurar sua perpetuação no poder.  Golpe é quando se toma o poder a força, nada mais que isso. Getúlio Vargas através de golpe desafiou coronéis na época, quebrando a velha política do café com leite (café = paulistas; leite = mineiros) e iniciou uma nova era até então desconhecida, a era Vargas. Mas para enfraquecer os coronéis não bastava apenas enfraquecer politicamente, tinha que enfraquecer financeiramente. Para isso acontecer, Vargas tinha

Vício e Virtude

 Por: Júlio César Anjos A virtude e o vício estão constantemente em conflito, gerando polarização entre a bondade e a falha daquela ou defeito deste. Essas duas palavras parecem ser antônimas, mas não são. Embora tais expressões polarizem duas ações antagônicas, o seus conceitos determinam que não sejam contrárias, mas que a falta de uma ação de certa palavra resulte na reação de outra, ou seja, a falta de virtude condiciona o vício e vice-versa. O vício significa falha, defeito. Todo mundo tem vícios que podem ser controlados ou não; e esse controle se dá através de meditação ou medicamentos, dependendo do grau que o vício afeta a vida social do indivíduo. O vício afeta não só o cidadão que sofre de tal mal, mas também toda a sociedade a sua volta sente os efeitos que o vício fora de controle causa para um dependente deste vício. O vício vai desde os da dependência química até o workaholic – indivíduo que trabalha além do normal.  A virtude significa bondade. Todo mundo é

O sonho é o motor de arranque da realização

Por: Júlio César Anjos Eu descobri que era adulto quando os meus olhos já não brilhavam mais da mesma forma como antigamente, lá pelos meus 20 anos ou menos. Hoje, os olhos cansados não enxergam o dinamismo do jovem que tudo podia naquela época, quando nada parecia impossível, mas a realidade chega e mostra o mundo real sem ao menos oferecer anestesia. As aventuras da juventude não são traquinas como o período infantil e nem responsável como no período adulto, é o meio termo entre os pólos, não é tão louco racional e nem tão sério emocional. É a beleza da juventude que faz promulgar as paixões e manter desilusões ativas nos delírios de mudanças, seja ela na parte efetiva, do trabalho ou da vida em geral, com lampejos de conquistas e fracassos criando cicatrizes que determinam que tenha bagagem durante a história e por isso deixaram marcas para nunca esquecer. O jovem delira mais do que sonha. A diferença entre delírio e sonho é a possibilidade de concretização. O que não

Um homem de consciência

Por: Monteiro Lobato Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro. Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos ali queriam: mudar-se para terra melhor. Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o deperecimento visível de sua Itaoca.   - Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons – agora só um e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está acabando… João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha m

Panamericano

Por: Júlio César Anjos O banco panamericano divulgou recentemente que maquiou a contabilidade da empresa para mostrar saúde financeira em condição que não refletia a verdade. A companhia que pertence ao Silvio Santos – o homem que distribui dinheiro no programa de TV – foi denunciada por fraude e agora Silvio Santos não tem dinheiro sobrando para distribuir e salvar a empresa. Empresas todos os dias nascem e morrem e isso é algo rotineiro, normal. O que não é normal é uma empresa sólida e “líquida” como a empresa panamericano, fato esse comprovado após a caixa ser sócia minoritária da corporação em que o homem do baú comanda. A caixa no uso das atribuições que confere a ela não diagnosticou no primeiro momento fraude e fechou o negócio sem pensar duas vezes. Empresa com solidez e liquidez os riscos são ínfimos para as empresas estatais. O que é lindo não parece ser o que é e a maquiagem também aparece nas negociações. O problema da empresa só estourou após as eleições, a empresa d

A tributação da história

Por: Júlio César Anjos Na época dos feudos existia a prima notte, já na época da corrida do ouro houve o quinto dos infernos. Hoje, há a CPMF. A CPMF por si só não é um imposto alto, mas este imposto embutido a tantos outros é como se fosse mais uma fração dos quintos, mais um aumento do quintos dos infernos, ou que o castigo na época do feudo da prima notte fosse, além da oferta da sua esposa, você mesmo um dos castigados. Ninguém agüenta mais aumento de imposto. A CPMF já foi derrubada no congresso e pode ser ressuscitado pelos escolhidos do povo. Na teoria o povo estaria recriando tal contribuição, mas o povo não quer nem saber mais de tributos e os políticos estão usando mecanismos não democráticos para ter mais recurso para fazer festas e não criar um imposto para melhorar a qualidade de serviço público. Até porque os records de arrecadação poderia facilmente pagar serviço público de qualidade para toda a nação. O Brasil passa quatro meses do ano pagando a corvéia e os governa

Ordem dada é ordem cumprida!

Por: Júlio César Anjos Os soldados da força aérea são designados a fazer um treinamento sobre segurança em um distrito do exercito. O sargento pede para os milicos obedecerem a uma ordem e pega um milico para mostrar o treinamento. O milico fica em posição de sentido esperando a ordem. Então: - Sargento: Aviador, quero que pule esse precipício. - Milico: Mas, senhor, é uma tarefa sacrificante... -Sargento: não importa, quero que cumpra a ordem! - Milico: está bem, senhor, acato sua ordem pelo bem da nação! E o milico pulou e foi a ultima vez que o milico foi visto. Eis que o sargento explica o treinamento: Aeronautas, isso que vocês têm nas costas são paraquedas, utilize sempre que necessitá-las e essa execução não precisa de ordens. Pedi para o voluntário pular e em nenhum momento proibi de usar os paraquedas e, assim como quando peço para pular no rio não preciso dar as ordens para nadar, acreditei que utilizaria os paraquedas. Senhores, ao fronte de batalha vou pedir para que

O Brasil Social

Por: Júlio César Anjos O Brasil está passando por uma onda social caracterizado pela política centro esquerda dos últimos 16 anos. Há muitos pontos positivos e vários negativos sobre o tema socialização. O novo Brasil muda o status miserável para pobre aceitando até mesmo gorjeta. O governante preocupado com números diz que tirou milhões de brasileiros do nível de extrema pobreza e de fato fez isso, flexibilizando a contagem. Tal estratégia é mais fácil [e cômoda] do que encarar a realidade e enfrentar o problema na raiz. As ONGS são mecanismos que colaboram para reduzir a pobreza, embora a sociedade veja mais resultado ao aspecto das pessoas lutarem elas mesmas para saírem de tal condição do que esperar por heróis temporários, o fato é que as ONGS ganham a fama por existirem somente para tal função. Até ONGS que ninguém considera ONG como o movimento dos sem terra levam a fama por serem messiânicas. O MST é uma facção criminosa, mas esse assunto fica para outro momento.

O Sistema brasileiro de educação no Japão

Por: Júlio César Anjos Yuturi consiste em um novo método educacional que proporciona conforto (conforto ou espaço aberto é a tradução de Yutori) e busca o equilíbrio através de yoga, relaxamento e qualquer outra ferramenta zen que permita o bem-estar. O objetivo do sistema era trazer a paz, a calma, o conforto, o equilíbrio, a sabedoria através da harmonia do conjunto entre professores bondosos e gentis e um ambiente clean que trazia a nova era oriental do século XXI.   O sistema foi implantado para reduzir os altos índices de suicídios e depressão. De fato reduziu esses números, mas criaram outros como: aumento na violência, criminalidade, assaltos, baixo alto estima, e etc. A flexibilização do ensino visava um objetivo e chegou a outro resultado inesperado, o que frustrou os idealizadores que queriam dar um passo a mais no avançado ensino Japonês.  Os alunos ao invés de encontrarem o equilíbrio, viraram ocidentais da noite para o dia, confundindo liberdade com libertinagem. O ri

O Aspone Adestrado

Por: Júlio César Anjos   Se você é um servidor público que trabalha bastante, fique tranqüilo, a crítica não é para você, tenho certeza que a carapuça não irá lhe servir e se servir você é um dos aspones adestrados. Concurseiros de todo o Brasil, tapem os ouvidos ou confirmem o que vou dizer. O texto não será direcionado a vocês... Agora... Mas caso consigam o que tanto lutam - que é buscar uma vaga de estatutário -, vou contar a verdadeira natureza do servidor público. Antes de qualquer coisa quero destacar que tenho vários integrantes da minha família estatutários e no que diz respeito à ética, moral e bons costumes essa categoria trabalhadora é maravilhosa (o mundo é colorido para esse seleto grupo de servidores). A crítica vai mesmo para o sistema, as acomodações dignas de reis que a burocracia impõe ao servidor e a política enraizada dentro da corporação. O Aspone adestrado é o estatutário acomodado com a vida rotineira e nada aventureira de uma repartição pública. Como um ro

José Dirceu – O Ético!

Por: Júlio César Anjos “Não quero, não devo, não posso”, essa foi a frase dita constantemente pelo senhor José Dirceu no programa roda Viva, exibido no dia 1º de novembro de 2010. O programa Roda Viva é uma sabatina que os jornalistas de outras mídias fazem ao convidado, que fica no meio do palco do programa, sendo perguntando sobre assuntos de conhecimento do entrevistado. É um programa bem elaborado, para um público seleto e essa ferramenta pode influenciar o telespectador, pois há muitas cabeças pensantes neste conteúdo. O José Dirceu foi sabatinado pela Marília Gabriela, Guilherme Fiúza (revista Época), Paulo Moreira Leite e Augusto Nunes. Pois bem, os profissionais convidados são bons, mas deveriam ser ótimos pela complexidade do sabatinado. O Sabatinado – José Dirceu – é um lobbysta (embora não aceite o termo pelo motivo de ser pejorativo no Brasil) conceituado e com certeza o entrevistado da noite foi para o programa de TV muito bem preparado. A primeira prepa

O povo, unido,... Vira Rebanho!

Por: Júlio César Anjos A frase correta deveria ser: “O povo, unido, jamais será vencido!”, mas, na verdade, o povo aglutinado vira rebanho para os influentes do país. Não importa o ideal, o que importa de fato é a capacidade de influencia e a regra é simples, quem for mais convincente na ilusão vence. A Dilma venceu e agora é um novo governo, época para colocar em prática os objetivos expostos em propostas e tornar legítimo o ideal através de medidas provisórias, projetos de lei, ou qualquer coisa deste gênero. A articulação política é a ferramenta mais importante para manter um político com alta aprovação e todo o passo é dado com mensuração milimétrica para não cair no erro da reprovação eleitoral. As movimentações terão um planejamento e serão seguidos os seguintes passos: Medidas impopulares, concretização das bases e benefícios ao povo. Com certeza as medidas impopulares serão colocadas em prática na transição, pois assim não ficará clara a questão de quem foi o d

Recessão, Depressão e Recuperação

Por: Júlio César Anjos A política brasileira é parecida com a Americana, tão parecida que ambos acham a política chata e preferem o humor na politicagem. De fato, a política é chata do ponto de vista produto para a mídia, embora tenha uma importância fundamental para o futuro do país. Sempre nos governos há medidas econômicas, seja para a manutenção da continuidade ou recuperação para o sistema econômico. As medidas nem sempre agradam a todos, mas ninguém agrada todo mundo, não é mesmo? A economia quando vai bem tudo é magnífico, próspero, feliz, mas quando as coisas vão de mal a pior, aí sim começam os ataques, os boatos e as piadas eleitoreiras. A mídia gosta de enaltecer tanto o belo como o feio e não importa o extremo entre bom ou ruim, haverá um alarde sobre o ocorrido. A mídia tem a defesa da liberdade. Que seja assim sempre. Voltando ao tema sistema político, há uma analogia que os americanos inventaram, que vale a pena divulgar, que são as três palavr