Por: Júlio César Anjos
O Brasil está passando por uma onda social caracterizado pela política centro esquerda dos últimos 16 anos. Há muitos pontos positivos e vários negativos sobre o tema socialização.
O novo Brasil muda o status miserável para pobre aceitando até mesmo gorjeta. O governante preocupado com números diz que tirou milhões de brasileiros do nível de extrema pobreza e de fato fez isso, flexibilizando a contagem. Tal estratégia é mais fácil [e cômoda] do que encarar a realidade e enfrentar o problema na raiz.
As ONGS são mecanismos que colaboram para reduzir a pobreza, embora a sociedade veja mais resultado ao aspecto das pessoas lutarem elas mesmas para saírem de tal condição do que esperar por heróis temporários, o fato é que as ONGS ganham a fama por existirem somente para tal função. Até ONGS que ninguém considera ONG como o movimento dos sem terra levam a fama por serem messiânicas. O MST é uma facção criminosa, mas esse assunto fica para outro momento.
O Brasil há 20 anos criou uma política para reduzir as mazelas sociais, que contava desde a estrutura física para dar condições aos necessitados até contratação de profissionais para exercer a função e melhorar a qualidade do serviço social. A estrutura física, ano a ano, deixa a desejar pelo simples fato de não aumentar as clinicas, seja de recuperação ou centros de fundação de assistência social, e qualquer outro tipo de assistencialismo está inócua perante o caos. O profissional da área social além de mal remunerado, não recebe o que deveria e ainda não possui treinamentos para desempenhar a função a fim de retornar para toda a sociedade em benefício o treinamento.
Outro gargalo se dá através do sistema penitenciário. esse equipamento é praticamente um depósito de gente; e ao invés de trabalhar o preso para se adequar aos padrões da sociedade, o convívio em um local insalubre e periculoso só piora o comportamento do cidadão que lá está detido. Há outro problema também que não se consegue modificar: o padrão comportamental do presidiário porque o detido nada espera do futuro promissor.
Mas o maior problema no Brasil, hoje em dia, é a palavra: "ressocializar". Bom, só ressocializa-se alguém que um dia teve vida social, isso é uma questão básica de entendimento e chega ser até inocente confundir socialização com ressocialização. No Brasil há vários indivíduos que não sabem o que é ser social. Essas pessoas concentram-se em grotões, favelas, guetos que não dão a mensuração do que é viver em sociedade, o que é progredir, o que é desenvolver-se. Deste modo, um infrator é trabalhado pela assistente para ressocializar. O certo é socializar o carente, antes mesmo que o indefeso social transgrida o meio, a e mostrar que viver em sociedade é algo maravilhoso.
E, por isso, o entendimento, legal, das autoridades se dá através de que o individuo já foi social algum momento da vida e que por isso deve-se cumprir algo para ressocializar-se, ou seja, fazer de novo algo que vai fazer pela primeira vez. As condições subumanas que o país dá em condições de transformação não permitem nem os guetos desenvolverem-se quanto mais os indivíduos contidos nela.
Portanto, quando um magistrado despachar algo do gênero sobre “ressocializar”, o certo é rejeitar o contexto e amparar os fatos para as autoridades, sob os instrumentos para a socialização, em que se cobra o que está nos estatutos da criança e do Adolescente, na constituição e nos outros dispositivos legais que acham que o país é perfeito e por isso o infrator é socializado, despachando-o à ressocialização.
Se até as cabeças pensantes deste país não sabem o básico, o que esperar do futuro desta nação?
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