Por: Júlio César Anjos
A frase correta deveria ser: “O povo, unido, jamais será vencido!”, mas, na verdade, o povo aglutinado vira rebanho para os influentes do país. Não importa o ideal, o que importa de fato é a capacidade de influencia e a regra é simples, quem for mais convincente na ilusão vence.
A Dilma venceu e agora é um novo governo, época para colocar em prática os objetivos expostos em propostas e tornar legítimo o ideal através de medidas provisórias, projetos de lei, ou qualquer coisa deste gênero.
A articulação política é a ferramenta mais importante para manter um político com alta aprovação e todo o passo é dado com mensuração milimétrica para não cair no erro da reprovação eleitoral. As movimentações terão um planejamento e serão seguidos os seguintes passos: Medidas impopulares, concretização das bases e benefícios ao povo.
Com certeza as medidas impopulares serão colocadas em prática na transição, pois assim não ficará clara a questão de quem foi o dono da medida nas próximas eleições e também há o fato que é início de trabalho e ainda há a aprovação popular da urna. A concretização das bases serão as fixações dos produtos eleitoreiros a serviço do povo, com propagandas a fim de mostrar as medidas adotadas e as mudanças conforme o tempo vai passando, a fim de mostrar resultados benéficos. Por fim, os benefícios ao povo serão lançados a conta gotas para que sempre fiquem vivas as lembranças do maravilhoso governo que está comandando o país.
Mas a articulação não para por aí, deve-se também direcionar as medidas impopulares, até porque são muitas, para que não fique registrado em um só candidato, então deste modo a verdadeira pessoa que levará a culpa será blindada por um laranja. Para explicar tal argumento, necessito de um parágrafo exclusivo, segue abaixo.
Os jornais estão mostrando os laranjas na questão da CPMF – que com certeza mudará de nome – são os governadores que estão querendo melhora na saúde. Mas quem será beneficiado não será o estado dele, pois a CPMF no Código Tributário Nacional é um tributo federal e, sendo assim, quem se beneficiará com mais receita será o executivo nacional (Governo Federal). Portanto, governadores ao invés de exigir maior valoração de tributo para o estado, exigem tributo da união para receber indiretamente. A verdade é que os governadores querem ajudar a presidente e para blindar a medida impopular, promulgam como defensores causa que não confere a eles. Sistema de laranjas até em via executiva.
Nada é feito por acaso e nem sempre os culpados são os autores do crime. Tudo é meticulosamente planejado para perpetuar o poder do PT no país e infelizmente meus argumentos só serão escutados por aqueles que já sabem destes mecanismos, pois os que são ignorantes nem entendem tal conjuntura e os reais objetivos do poder.
A operação do PT não é novidade, Maquiavel já evidenciava isso no livro o Príncipe:
“Portanto, as ofensas devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, pouco degustadas, ofendam menos, ao passo que os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam mais bem apreciados.”
Nada surpreende!
O povo, unido,... Vira Rebanho! de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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