Por: Júlio César Anjos
Getúlio Vargas, ditador e golpista, conhecido como o pai da CLT (consolidação das leis trabalhistas) foi mais do que um presidente da república, foi um criador de conceito.
Ditadura é quando os três poderes equivalentes de Montesquieu – executivo, legislativo e judiciário – estão aparelhados, ou seja, uma só pessoa (ou poder) tem o comando nos três poderes. Na época do comando emanado pelos coronéis e militares, era mais fácil criar ditadura e com essa brecha, Getúlio aproveitou para instaurar sua perpetuação no poder. Golpe é quando se toma o poder a força, nada mais que isso.
Getúlio Vargas através de golpe desafiou coronéis na época, quebrando a velha política do café com leite (café = paulistas; leite = mineiros) e iniciou uma nova era até então desconhecida, a era Vargas.
Mas para enfraquecer os coronéis não bastava apenas enfraquecer politicamente, tinha que enfraquecer financeiramente. Para isso acontecer, Vargas tinha que estabelecer estratégias que fortalecesse a sua causa, uma nova proposta contra os pensamentos retrógrados dos coronéis.
A solução foi a criação de indústrias estatais que pudessem alavancar a economia nacional através da transformação, mudando o foco brasileiro que era do primeiro setor, para o segundo setor. Vargas criou a indústria para concorrer contra os coronéis interioranos.
Até hoje pagamos a conta da “industrialização” de Vargas, com as estatais inoperantes e ineficientes na execução, mas perfeitamente funcionando nos direitos trabalhistas.
Nos dias atuais, Lula, populista que não fez uma reforma sequer, não levou infraestrutura para frente, não conseguiu fazer o país prosperar, é aclamado pelo povo como um dos melhores presidentes que o Brasil já teve. Mas Lula fez algo parecido que o Getúlio fez, está atacando setores que o partido fundado por ele não considera socialista (comunista).
Atualmente saiu uma notícia no jornal que o Brasil está se desindustrializando (conclusão baseada pelos estudos do MDIC), o que seria normal se o país fosse rico - o que não é o caso - então a conclusão a chegar é que a nova onda de governo está tentando implantar o socialismo, ou seja, ações iguais ao de Vargas para objetivos diferentes. E o maior inimigo da era da mediocridade é a indústria.
O novo governo quer adotar o socialismo, mas, para isso acontecer, deve fortalecer a agricultura (primeiro setor) e serviços (terceiro setor) e tirar o foco da indústria (segundo setor). Para o socialista, se o capital é o espírito das trevas, a indústria é o demônio materializado. A conclusão é que o atual governo quer enfraquecer a indústria para fortalecer o socialismo. Só aparecerá uma propaganda ou outra sobre o apoio a indústria, mas é para enganar os manipuláveis.
O golpe hoje é na urna, a ditadura é democrática e o país pagará mais à frente muito caro por criar estratégias por causa de um simples ideal tolo.
Depois não diga que eu não avisei.
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