Por: Júlio César Anjos
A humanidade sempre sofreu com a pobreza ou com a escassez de recursos
(mesmo havendo recursos em abundancia) e este problema é algo cotidiano na vida
social, rotina aos olhos daqueles que conseguem enxergar tais fatores, mesmo
que a viseira do consumo esteja tampando a realidade.
A sociedade possui escalas sociais criadas pelo próprio homem, fato esse
que difere a gama de crenças e pontos de vista, pois as interpretações de visão
de mundo são diferentes pelo prisma vivencial que cada indivíduo observa. A
vida é mais fácil àqueles que nasceram em berço esplêndido do que aqueles que
já nasceram insuficientes financeiramente.
As pessoas que vivem confortavelmente gozam de tudo que há de melhor na
vida e, mesmo sabendo de tudo que é imaginável, às vezes conseguem serem míopes
em relação a vários fatores sociais do cotidiano. Alguns ricos são pobres de espírito ao
maltratar, por exemplo, um garçom, ser racista e etc. Mas também podem ter
espírito de pobre, embora em uma escala ínfima, ou seja, fazer do resto de
carpete um tapete no estilo mosaico.
Já as pessoas que sofrem de falta de recurso financeiro estão mais
próximas de serem pobres de espírito ou terem espírito de pobre por serem
pobres na vida mesmo. Os desprovidos de dinheiro possuem espírito de pobre quando
são burros convictos, na síndrome de Gabriela - “Eu
nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim..." – mostrando a total
ignorância e espírito feio que o pobre tem. Já os pobres com pobreza de espírito estão exemplificados na
arrogância que os miseráveis têm, mesmo não tendo condição de ter.
O mais bonito é ver nas camadas sociais mais
sofridas pessoas com espírito de rico e com riqueza de espírito, procurando
sempre desenvolver-se através de barreiras impostas pela vida. Cada vitória é
verdadeira, pois foi adquirida com muito suor e lágrimas, glândulas sudoríparas
que transformam o sentimento em algo concreto, real.
A transformação pelas vitórias conquistadas faz as pessoas ricas de
espírito e com espírito rico auto-realizáveis, pois nada impede o sucesso
pessoal, seja profissional ou social. Aos
pobres de espírito e com espírito de pobre só resta torcer contra o sucesso
alheio, enquanto o rico de espírito e com riqueza espiritual sempre tentará
buscar a excelência, juntamente com a execução de altruísmo e bondade que
permeia a beleza das pessoas ricas por natureza.
Pobre de espírito ou Espírito de pobre? de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
Based on a work at efeitoorloff.blogspot.com.
Gostaria de acrescentar que há pessoas que nasceram pobres, desenvolveram-se financeiramente mas mantiveram um "espírito de pobre", transformaram seu orgulho em egoismo e sua aparente falta de recursos em soberba.
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