Por: Júlio César Anjos
Marx entendia a relação patrão
empregado pelo prisma simplista do empregado e nada constava a favor dos
empregadores. Fez um estudo muito bom através do livro o Capital, embora mais
chorasse como uma carpideira do sistema feudal, que ruía, do que de verdade entendia
o processo do fato novo que emergia.
Marx em nenhum momento cita e
explica os problemas de ser patrão, como a falência, a responsabilidade, o
controle, o planejamento e a organização da empresa que também estava em
sistema embrionário, junto com o capitalismo, portanto em processo de mutação.
Segundo Marx (1868)::
“se o lucro fosse igual a 6 e os salários a 2, estes poderiam aumentar
até 6 e o lucro baixar a 2, que o número resultante não deixaria por isso de
ser 8.
Na base da suposição, sem nenhum
estudo científico comprovado sobre a relação produção e salário, Marx apenas
exemplifica que “se” a produção total é de 8, então o lucro é 6 e o salário é
2. Mas o lucro, como sabemos, pode ser
de 1% até 100%, e até mesmo objetivar prejuízo, ou seja, somente o sucesso do
empreendimento é que dá um lucro alto. Marx nada vê na outra ponta. Não constam
no seu trabalho as falências, ricos quebrando porque colocaram capitais e não
tiveram retorno. Esse exemplo de relação lucro e salário pela produção é bem
rasa.
Superficial porque dá a entender
que isso é uma verdade, sendo que empresas vão à bancarrota, indústrias passam
apertos financeiros e empreendimentos quebram e não é só hoje que isso
acontece, naquela época também acontecia com freqüência e Marx não citou uma
linha sequer sobre isso.
Marx aponta o capitalista como
um ser que sempre terá dinheiro pela exploração do trabalhador, e nada atinge esse
carrasco que possui verba monetária, e somente outros capitalistas maiores
podem destruir o ímpeto de um capitalista menor, não explicando que essa
falácia é só um sussurro para os ouvidos dos fracassados.
É o patrão que fica com a dor de
cabeça e trabalhando após o expediente para o empregado apertar parafuso no dia
seguinte, pois se falhar com o jogo do mercado, poderá ir à ruína e pelo
processo de queda de dominó, o governo recebe menos impostos, mais
trabalhadores ficam desempregados, o comércio vende menos e a nação perde a
riqueza.
O patrão tem que ter estudo
suficiente para manter o mecanismo funcionando, ou seja, tem que gastar mais
tempo que o horário comercial para manter forte perante a concorrência,
enquanto os trabalhadores vão gastar o tempo a seu modo.
Marx foi simplista, omisso e
teve análise rasa sobre o estudo do o Capital, livro que só serve para
filosofia hoje, e nada mais.
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