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Segunda Smith – A divisão do trabalho limitada pela extensão do mercado


Por: Júlio César Anjos
  
Na época antiga, os fenícios utilizavam da navegação como forma de negócio, fazia o trabalho de comércio exterior no mar mediterrâneo. Os grandes navegadores do mundo antigo conseguiam chegar a localidades remotas, escoar produção, fazer trocas e estabelecer comércio na região.
  
Segundo Smith:  

O interior do país pode durante muito tempo não ter nenhum outro mercado para a maior parte de suas mercadorias a não ser a região circunjacente, que o separa da costa marítima e dos grandes rios navegáveis. Por conseguinte, a extensão de seu mercado deverá durante muito tempo ser proporcional à riqueza e à reduzida densidade demográfica daquela região, e conseqüentemente seu aprimoramento sempre deverá vir depois do aprimoramento da região.


Smith explica que, segundo a geografia, as limitações de estrutura – como má distribuição modal -, e problemas de territórios desconhecidos, era mais fácil fazer negócio entre cidades que eram banhadas pelo mar, do que em uma cidade remota que fica em um mesmo país.

Os operadores do comércio Exterior Brasileiro são os fenícios do século XXI, pois é mais fácil fazer produtos chegarem do exterior do que fazer o intercambio de circulação de produtos e serviços dentro do país, pois a infraestrutura brasileira é terrível, tão lastimável como era o sistema modal da época antiga.

Por causa dos Fenícios, as trocas de produtos entre culturas diferentes criam novas técnicas e com isso faz uma divisão de trabalho entre os países banhados pelo mar, não estabelecendo um padrão pela jurisdição de uma nação, mas pelos interesses entre as cidades que são banhadas pelo mar (o principal meio de escoamento de produção).

Mas o problema da distância entre os países banhados pelo mar, e o problema das cidades de um mesmo país que não se comunica por causa da infraestrutura inexistente, a produção fica limitada pela geografia, já que fica muito difícil fazer uma logística ágil para facilitar a produção.

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