Por: Júlio César Anjos
Lula
é o ex-presidente com a “cara do povo", sabe se relacionar com a multidão, causa
até comoção entre jovens, tudo porque é um símbolo mágico, que atende a todo
tipo de necessidade, menos mudar a condição do pobre. Lula gosta tanto de pobre
que faz questão de tornar perpetua a condição da pobreza. Pobre é commodity, e,
por isso, precisa ser gerado aos montes, mesmo institutos, como IBGE e IPEA,
criando riqueza pela caneta, pois faz tudo parte de algo maior, mais amplo. Por
isso que o apedeuta é herói.
Heróis
são criados. 1) criado, no sentido de ser inventado; 2) Criado, no sentido de
ser escravo subserviente. Na primeira situação, o intelectual faz o Lula
personalidade “pai dos pobres”, para, no segundo caso, o dono do PT atender as
necessidades da elite da “nomenklatura”. É o útil ao agradável, satisfazendo
vários players encostados na máquina estatal. Melhor que isso, só se existisse
a monarquia dos “Inácios da Silva”, tornando eterna, pela linhagem, tal
simbiose. Há quem grite por aí: Lula eterno! Seria o herói imortal. Por isso,
pela falta da condição, que na democracia há de sempre reforçar, pela
adaptação, que Lula é herói a ser "eternizado" pelo “poder ao povo”.
Mas
o Lula é, realmente, um duto. Sim, Lula é um canal, um canudo. É o elo que transfere o
voto do pobre para o rico, sem o menos abastado saber que está fazendo isso,
mas com o rico sabendo que isso acontece de fato, ao ponto de deixar a criatura
atentar contra o criador. Teatrinho ao ar livre, pois, se as bravatas fossem
verdadeiras, já haveria um êxodo de rico para fora do país. O que não acontece
ainda. Tanto é verdade, que o herói até assinou a “Carta aos Brasileiros”,
documento que avaliza a não sandice da ideologia inútil do próprio partido dos
trabalhadores. Por isso que o poder do Lula é ser canudo.
Por
isso que o herói do PT está desgastado. O Brasil em geral vota no Lula de canudo, mas não quer o pai do PT deliberando pela causa. E isso gera
desconfiança e cenário de incerteza. Já pensou se o pai do mensalão resolvesse
virar o curso 180°, acabando com o que resta de capital, ao fazer o Brasil Cuba
de tamanho continental? Nem todos da elite se apavorariam, pois são amigos do
rei. Mas muitos ficariam desesperados por não fazer parte do partidão (no
melhor estilo nazi de ser).
Por
isso que a elite já pensa em criar outro herói de canudo: aquele que transfere
o voto do menos para o mais abastado, sem o pobre perceber. A mecânica é
simples: 1) Engana o pobre; 2) mantem o canal; 3) Continua rico. Outro Lula
mais controlável, talvez. Mas enquanto não se faz outro herói de canudo, então
que se utilize do canal em funcionamento, o Lula que critica as elites,
formando uma elite dentro do partido e do próprio parlamento.
No
Brasil as favelas não só são “famosas”, pelo menos pelo tempo de vida, mas estão
cada vez mais densas e criando conurbações insustentáveis ao plano diretor, de
organização social de cidade qualquer. Mas o IBGE diz que a miséria está
acabando e o país maravilha nascendo, tentando esconder, através de dados
estatísticos, o fato visualizado por todos que queiram enxergar: O Brasil está
descendo a ladeira do melhoramento econômico e social. Tudo lastreado pelo herói de canudo, o duto da elite da nação.
Quanto
ao futuro do Brasil, nada ou pouco importa. Desde que essa estratégia dê certo,
dando poder e riqueza para o “capitalismo de laços”, se a maioria do povo passa
por inanição, ou faltar tudo na gondola de supermercado, é irrelevante, não
passa no jornal nacional mesmo. Se não está na mídia não existe, por isso que não
existe esse caos social.
Lula, por ser esse duto eleitoral entre rico e pobre, é a verdadeira transferência direta de renda, por incrível que pareça. Portanto, Lula, o herói de canudo, já resolveu tudo.
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Obs: Não confundir o herói de canudo (Lula), que tem o poder de transferir renda de pobre para rico, com o Herói de Canudos (Henrique Severiano), grande homem da história brasileira.
Obs2: Não vá levar para a ilação sexista o termo "canudo", sendo que a tentativa de pensamento nessa linha de raciocínio levará a crer que o investigador gosta é da investigação. Pra meio entendedor, meia palavra basta.
Lula, O Herói de Canudo de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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