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Sincronicidade Junguiana nas Elétricas

Por: Júlio César Anjos

A verdade é o seguinte: Ou os 27 Estados da Federação erraram com um sincronismo junguiano, ou o Governo Federal fez lambança no setor energético.

Sincronia de Jung é o estudo que se dá através de coincidência, de significado e tempo, através de um inconsciente coletivo preexistente. Exemplo básico é verificar que, em algumas situações extraordinárias, todo mundo tem a mesma ideia em dado momento. Essa explosão de coincidência é sincronicidade.  É esse fenômeno que o PT quer convencer o povo, a respeito do setor elétrico: que todos os Governadores dos Estados erraram com coincidência impressionante.

Mas, se um terceiro interfere para acontecer tal situação, aí não é sincronicidade, é evento, pois a sincronicidade depende de acausalidade. Todos os Estados da Federação, abduzidos e condicionados a errar em um mesmo ponto, gerando caos em um mesmo dado espaço/tempo, redimindo o Governo Federal de culpa, pois tal fenômeno aconteceu com similaridade incrível, é algo difícil de acreditar, de engolir. Portanto, ao ver as digitais do Governo Federal em todo o setor energético, o fato é que o PT fez barbeiragem no setor elétrico.

Já que o problema do setor energético prove do aspecto causal, então se deve analisar o real problema do cataclismo provocado em tal área estratégica, para entender pormenores. São dois fatores: Centralização e Estatização.

O primeiro problema se dá através de centralização. Como há um operador nacional, que se caracteriza por uma onisciência quase divina, tal gestor central determina geração e distribuição da energia em toda a limítrofe brasileira. Quando esse organizador central acerta, tal atitude gera a “calmaria perfeita”, em que, através de sinergia (o todo é maior que a soma das partes), o Plus da colaboração em grupo faz melhorar de forma exponencial tal região administrada por esse órgão plural. O ponto ruim nisso gera a dependência dos entes sob esse aglutinador. Mas se a operadora central erra, a falha provoca o efeito contrário: “A tempestade perfeita”, em que todos os estados são afetados pelos erros, fazendo os Estados pedirem independência, devido o tamanho da barbeiragem que afeta os entes federados.

O segundo problema é a estatização. Por mais que não houvesse a centralização e o setor elétrico estivesse descentralizado, nas mãos dos Estados Federativos, mesmo assim haveria problemas oriundos de mercado, pois o estado nunca foi e nunca será um bom empresário. Com a centralização e estatização, é notório saber que daria problema catastrófico, pois esse sistema já fora implantado em vários países comunistas e nunca foi certa tal concepção. O certo é fazer a privatização. A palavra tão assustadora, que foi incutida no povo, agora sim num sincronismo Junguiano, através de inconsciente coletivo, como sendo algo ruim, sendo que não é.

Então, para melhorar a quantidade e qualidade da energia, somente utilizando-se da privatização, para liberar o mercado, a fim de trazer concorrência, com a pressão do mercado gerando luta pela eficiência, com o resultado do consumidor adquirir um produto bem ofertado, com preço justo e acessível a todos. Quem faz justiça social é o mercado.

Agora se sabe que o Jung não é o “culpado” e a sincronicidade no setor elétrico não existiu. Cabe agora o povo compreender quem é realmente o vilão da história toda (o Governo federal, mais precisamente a Dilma), para exigir qualidade no serviço, a preço acessível, já que o povo, de maneira geral, acredita na centralização e estatismo. Tem que cobrar o PT a melhoria.

Como o povo não quer saber de privatização, então terá que pagar caro, sem contestar, o preço exorbitante de produtos ruins feitos pelo governo federal, que, ao saber da ignorância do povo, colocará a culpa nos estados quando existir crises, e assumirá status quando tudo estiver bem, pois a sociedade brasileira acredita na sincronicidade de Jung, para defender o PT.

Portanto, toda escolha gera consequência e a conformidade de ter que viver com essa escolha, seja ela boa ou ruim. Sincronicidade de Jung nas elétricas, uma piada sem graça e sem o menor sentido.


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Sincronicidade Junguiana nas Elétricas de Júlio César Anjos está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.

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