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Impressões Sobre o Lulia

Por: Júlio César Anjos

Temer cometeu sim vários erros no campo político, mas não muito graves ao ponto de destituí-lo do poder. Os erros foram: comportamento de interino; vacilo em tomada de decisão; dialética feita de forma errada; Desrespeito a seus apoiadores; além de má comunicação do planalto com o povo. Com esse mix de desastre, além de impopularidade, Michel só se sustenta no poder porque seu maior algoz, o PT, hoje é desprezível. É escolha do menos horroroso. Só que se o Lulia continuar errando, ainda dá tempo para derrubá-lo do poder. O que se espera é que o susto estanque a burrice. Todavia, por hora, “felizmente”, Temer manter-se-á na presidência da república.

O primeiro erro do Temer foi o comportamento de interino. Em todo esse tempo no qual Temer esteve no poder – contanto a partir do afastamento da Dilma -, ele sempre se comportou pelo aspecto de regime de exceção, ao vestir-se provisório, como se fingir estar alheio aos problemas pudesse acabar com a crise, em que não deu atenção aos sinais enviados pela sociedade, pelos agentes gerais e também pela oposição (PT e asseclas), tendo como resultado mais impopularidade ainda.  E a insegurança do presidente contagia uma incerteza na sociedade, fazendo a oposição (PT) se aproveitar sobremaneira, diante a fraqueza de gestão. Isso leva ao segundo erro, que é o de não mostrar convicção na tomada de decisão.

Ao tartamudear em tomada de decisão, o aspecto vacilante criou um ambiente de incertezas sobre tudo, chegando ao ponto de escrutinar o próprio Temer até mesmo no sentido se vale a pena mantê-lo no poder. Porque, como se sabe, a caneta do executivo tem que conter tinta, o presidente tem que ter firmeza. Quando o Temer assumiu a presidência, em meio ao caos econômico, político, e social instalado no país, este blog fez dois textos de antemão: “Temer Executivo”; e “Temer vacilante”. Tais avisos em forma de artigos eram informes teleguiados para que o Temer não incorresse de erros administrativos e políticos, já antecipando esta situação, pois, quem conhece o PT sabe o que esta sórdida organização criminosa é capaz de fazer. Temer escolheu o vacilo ao executivo. Agora, Lulia deve fazer o contrário, o simples, executar ao invés de vacilar.

O agravo, infelizmente, é que o vacilo não foi gerado por que o Lulia seja “bunda-mole”, mas porque o Temer queria fazer dialética, no aspecto estratégico de: “se não dá de um jeito dá de outro”, ao estar no PSDB e também no PT, no “house of cards” político. Para essa estratégia dar certo, só se o PT fosse confiável, o que já se sabe que não é; além, é claro, possuir de popularidade elevada, o que o Michelzinho não tem. E não se engane leitor, o Temer queria fazer isso como “porta de emergência”, válvula de escape, caso contratempos incorressem no meio do caminho. O problema incorrido foi de que o PT é tão sórdido que quase o derrubou, além de querer colocar a pecha do Temer ser conspirador, golpista e chefe da quadrilha do petrolão (lava-jato). Por pouco quase deu certa essa narrativa e ilustração do PT, o único entrave é que o povo, cansado de vermelho, não comprou essa ideia, pois os comunistas estão desmoralizados diante da sociedade. Caso contrário, teria dado certo.

E essa dialética mal feita gerou o quarto erro: não respeitar os seus apoiadores. Se o PSDB quer que o PT seja desarticulado por ter criado todas as mazelas possíveis ao Brasil, gerar essa dialética estando nos vermelhos é certeza de sobrevida para o PT. E, com isso, até um Aécio vai para o “vinagre”, diante a fraqueza do interino que não toma decisão e não respeita quem o apoia. Se não quer apoio, tal escolha o levará à destituição. Aliás, os tucanos são mais governistas que os pemedebistas, pois o PSDB vai com o Temer fechado, enquanto o PMDB vai rachado. Então, está na hora do próprio PMDB mostrar gratidão e parar de andar com gente que está alheia aos interesses do país, ao querer emporcalhar o jogo para se beneficiar da bagunça, como é o que os petralhas sabem fazer muito bem. A sorte do Temer é que o PSDB não está rachado. Ainda.

E todo esse contexto gerou o pior dos embaraços: A comunicação. Como dizia chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica”. Então, já não bastava o problema de comunicação ao informar o povo sobre as reformas, fora a boataria toda querendo impedir a aprovação de tais medidas, o Temer não conseguiu seduzir o povo para que seja ao menos compreendida a grave situação, fazendo com que talvez as reformas não sejam aprovadas nem agora, quiçá algum dia, diante a manipulação de mídia. Ao falhar durante todo esse processo, Lulia chegou ao ápice do desespero de fazer transmissão em rede nacional, ao berrar aos microfones, para se defender de irregularidades no governo. Temer que até o momento manteve-se comedido, explodiu no seu último pronunciamento, em que tal atitude mostrou-se mais desespero por estar incomodado do que indignação por ser acossado político. Mas mesmo tais erros podem ser consertados. Basta querer arrumar o estrago.

Portanto, em todo esse tempo que Temer esteve no poder, ele sempre se comportou pelo aspecto de regime de exceção, ao vestir-se provisório, como se fingir estar alheio aos problemas pudesse acabar com a crise, em que não deu atenção aos sinais enviados pela sociedade, pelos agentes gerais e também pela oposição (PT e asseclas), tendo como resultado mais impopularidade ainda. A Confundir o silêncio com contemplação, esquivou-se das agruras ao ficar taciturno diante momentos em que até mesmo devia bater o “pau na mesa”. Sem pulso durante todo esse tempo, até transmissão em rede nacional ao berrar aos microfones, como não é do feitio de tal politico ser locutor explosivo, o pronunciamento pareceu mais ato de desespero de quem se debate por estar incomodado do que indignação por ser acossado político. Não respeitou os seus apoiadores, dando as costas pela dialética malsucedida. E ao tartamudear em tomada de decisão, o aspecto vacilante criou um ambiente de incertezas sobre tudo, chegando ao ponto de escrutinar até mesmo se vale a pena mantê-lo no poder. Porque, como se sabe, a caneta do executivo tem que conter tinta, o presidente tem que ter firmeza. Que o Lulia não seja um Lula com “i” – de interino.

Presidente Temer, não cometa mais esses erros, pois ficará difícil, assim, mantê-lo no poder.  


O recado está dado. Agora é com você.


Obs: Sinto-me um Maquiavel dando conselho ao Bórgia. 

Obs2: O protesto dos petralhas foi um fracasso neste domingo (21/05/2017), então o senhor ainda respira. Mas, como já alertou o Lula: Pra matar a jararaca tem que bater na cabeça. Lembrando de novo: foi o Próprio lula que disse isso. Tchau, PT.

Obs3: Cadê a aprovação à lei da migração? Essa lei não é nem impopular.


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Baseado no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.


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