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A defesa do indefensável

Por: Júlio César Anjos

As pessoas cobram hoje muito mais os direitos do que deveres. Os direitos são sempre colocados à frente quando o assunto é sobre reclamação ou justiça, mas para criar um ambiente pacifico, em que todos contribuem um pouco, ninguém quer saber de dever algum.

E para defender os direitos o sujeito cria análises rasas e clama, como bons, minorias em uma amostra grande (universo estatístico grande) para provar tal crença sem ao menos verificar se o que realmente acredita condiz com a verdade, tornando favorável e verídico o objeto defendido. Existem vários exemplos, como, defesa dos direitos aos gays, negros, mulheres... Minorias que são ou estão ficando maiorias, na verdade.

E para defender o indefensável vale tudo. Os defensores fogem da pauta de discussão - desvirtuando debates -, criam exemplos bizarros dos mais variados tipos, que não refletem a verdade, inserem instituições que nem ao mesmo possuem um posicionamento sobre o assunto (como exemplo, colocar a religião em uma discussão de política), para simplesmente convencer o interlocutor do debate.

Há também as mais variadas manipulações de conceitos e informações para defender as teorias absurdas que o lobbysta teima em tornar real o que pensa ou o que acredita, mantendo firme ás ações demagógicas que formula durante o processo de defesa.

Os veículos de comunicação fazem parte dos indefensáveis que contratam serviços em nome da defesa. A mídia não vende mais jornal, mas sim posicionamento em um determinado assunto. O Pagamento destas instituições vai desde a isenção plena de censura, por ser parceiro do censor, até dinheiro vivo em maletas, tudo tem seu preço hoje, até o fato e a verdade.

A evolução sempre existirá e a única duvida que permanecerá é se a evolução é boa ou não.  Caso a evolução seja boa para todo mundo, então, a seqüência evolutiva permanece estável, mas caso a evolução não agrade a maioria, a tendência natural é o caminho da revolução.  

As pessoas sentem os sintomas do processo evolutivo que está indo a ruína. Não se incomodam no início da evolução, pois ficam achando que está tudo certo – que as coisas vão melhorar -, mas as coisas vão piorando e, por fim, de uma hora para outra criam revoluções para defender o indefensável.

Os motivos “racionais” que tentam explicar que a guerra, por exemplo, pode ser uma boa para uma nação é outra defesa do indefensável. Todo discurso político sobre inserção em uma guerra terá lindas aclamações de patriotismo, mas nenhuma linha sobre a possível demanda de soldados mortos durante a batalha.

Toda defesa do indefensável é demagogia.  


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A defesa do indefensável de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported.
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