Por: Júlio César Anjos
Questão de Potencial
de Voto para a Prefeitura de Curitiba:
Richa
se apega nas pesquisas eleitorais que o mostram com dois dígitos [mais de 10%]
para se cacifar como um candidato competitivo no pleito municipal de 2024.
Porém,
todas as pesquisas mostram que 70% do eleitorado curitibano não decidiu em quem
votar ainda. O universo dá pesquisa traz somente 30% do eleitorado com decisão
tomada dentro da pesquisa estimulada [os que apareciam como opção para o entrevistado].
Porque na espontânea, o que importa de verdade, Richa tem só 1%.
Richa
também tem a maior rejeição de todos os candidatos em Curitiba. Dependendo da
pesquisa, vai de 53% a 65% de rejeição. Mas não é uma rejeição de não votar porque
ainda não o conhece; é uma rejeição baseada em lava-jato, sendo que Curitiba é a
capital da operação. É uma rejeição que beira o impossível a reverter.
Mas
ainda daria para reverter a rejeição caso o bolsonarismo o recebesse de braços
abertos. Não é o que está acontecendo. O bolsonarismo rejeitou Richa por
completo. Como são passionais, tendem a fortalecer a candidatura do Deltan
Dallagnol, num universo da loucura em que algumas pessoas seriam mais
bolsonaristas que o próprio Bolsonaro.
O
lado bom de tudo isso é que Richa descobriu, da pior forma possível, que é um delírio
ele querer disputar a eleição para a prefeitura de Curitiba em 2024.
Questão Político-Partidária:
Como
é deputado federal, para o Richa sair do partido, ele precisa de uma carta de
anuência dos dois partidos da federação [PSDB e Cidadania]. Porque a saída do
político sem ser por renúncia ou morte faz a federação perder tempo de TV,
fundo partidário e fundo eleitoral.
O
PSDB pode fazer troca: sai o Beto Richa do PSDB e em troca o PL manda um
deputado federal do Paraná para se filiar aos tucanos.
Richa pode renunciar o mandato para se filiar ao PL sem problema nenhum. Neste caso, Rubens Bueno do Cidadania assumiria por ser o mais votado na sucessão da federação.
Pegou
mal o Richa abandonar o PSDB Paraná para ir para o PL, partido do Bolsonaro.
O
judiciário, que deu candidatura a ele, deve estar com cara de poucos amigos com
essa movimentação.
Pessoas
próximas ao Richa se decepcionaram com o grau de falta de lealdade, sendo que
ele é presidente do PSDB estadual. Ou seja, tem muita gente que depende das
decisões dele para os tucanos caminharem na eleição de 2024.
Se
o Richa tivesse fazendo tratativas com um partido do centrão essa situação de
imagem negativa não teria acontecido.
Richa
foi rejeitado por um grupo político que defende o Bolsonaro. Sendo que
Bolsonaro é: Miliciano, ladrão de joias sauditas [corrupto], genocida e
golpista. Ser rejeitado por ser corrupto pelo bolsonarismo é pra acabar.
O
bolsonarismo aceitou Valdemar costa neto, preso com o Dirceu no mensalão junto
com o petista Dirceu, mas não aceita o Richa.
Quanto
aos tucanos, a convivência ficou difícil de sustentar. Richa, caso não queira
perder o mandato, continuará no PSDB por causa da cadeira de deputado federal,
pois a perda de um parlamentar pode dar mais prejuízo do que a permanência de
Richa no PSDB.
Mas uma
coisa é certa: Richa não terá candidatura para a prefeitura pelo PSDB em 2024. Não
mais.
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