Por: Júlio César Anjos
Marielle
Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos no dia 14 de março de 2018,
na cidade do Rio de Janeiro. Mas para saber sobre a execução, é preciso
rebobinar a fita dois anos antes, quando houve mudança estrutural na política nacional.
Segue:
O
até então vice-presidente Temer, em 2016, articulou o impeachment da presidente
Dilma, com PSDB aderindo com má vontade.
O
empossado presidente Michel Temer cria a intervenção no Rio de Janeiro em 2017.
Para
a intervenção, nomeia o General Braga Netto interventor.
Braga Netto aceita o conselho do secretário de
segurança pública do Rio de Janeiro, o General Richard Nunes, cujo nomeia Rivaldo
Barbosa como chefe de polícia do Rio.
Rivaldo
Barbosa dá ampla cobertura para a família Brazão - Chiquinho, vereador, e
Domingos, Conselheiro do Tribunal de Contas – a fazer seus crimes, pois a
milícia está interessada em grilagem de terras para manter o poder na região.
A
Família Brazão contrata Ronnie Lessa para executar a vereadora Marielle Franco.
A
psolista era uma mulher preta, pobre e lésbica que estava atrapalhando os
planos da milícia.
Ou
seja, a morte da Marielle teve 1 fuzil, mas várias mãos que apertaram o gatilho
numa só vez.
Deste
modo, o Roteiro: Temer – Braga Netto – Richard Nunes – Rivaldo Barbosa - Família Brazão – Ronnie Lessa
– Marielle Franco.
O
caso Marielle é só um episódio que mostra a milícia da esfera estadual do Rio de
Janeiro. Tem vereador, militar de alta patente, empresário, advogado com apelido
esquisito [Doutor Piroca] e até mesmo conselheiro do tribunal de contas.
Este
mesmo processo, porém, aconteceu na esfera federal, em que Bolsonaro virou
presidente nesta mesma esteira histórica.
A
única diferença é que o Bolsonaro é fruto da lava-jato que deu condições para o
Temer articular o impeachment da Dilma.
E agora
já dá para perceber que o PMDB do Ulysses trouxe de volta os maus militares,
que existem desde a ditadura de 64, ao poder.
Também dá pra perceber que as familícias são a:
“cosa nostra” brasileira. Famílias que viram controladoras de milicias para
aumentar o poder por meio de policiais, ativos e inativos, ruins.
Por
causa dos rumos políticos no Brasil, todo mundo sabe sobre as familícias:
Brazão & Bolsonaro.
Agora
cabe ao brasileiro decidir se irá ou não expurgar de vez as milícias do poder.
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