Por: Júlio César Anjos
Honestidade é uma palavra muito bonita, sempre é proferida para bradar a
qualidade do sujeito, como se fosse algo estupendo, uma atitude magnânima
auferida por alguém. Na língua vernácula, a palavra honestidade significa a
qualidade do sujeito, do pronome, mas ser honesto poderia ser uma ação, poderia
ser um verbo, por que não? A Palavra honestar deveria ser conjugada pelas
pessoas, pois, por exemplo, as pessoas amam porque agem, e são bonitas porque a natureza
assim as determinou.
Se levar a cabo que o adjetivo honestidade é igual à qualidade que se dá
às coisas, então poderíamos dizer que é da natureza ser daquele modo, e, assim
sendo, não seria pecado deixar de agir, a honestidade então é pouco
determinante na sociedade, já que não é uma atitude, é apenas algo que molda
credenciais. Um indivíduo nasce bonito
ou feio, é do existir, não é uma atitude, uma ação que faz a pessoa ficar
bonita do nada, é algo estático, que é definido pelas pessoas do meio.
Por isso que honestidade tem que virar verbo. Honestear, caso seja
parecido com hastear, como quem hasteia uma bandeira; ou Honestar, verbo
irregular, como o verbo estar, ser honesto, hibrido entre a qualidade da
natureza e a ação a praticar. As pessoas
devem praticar a honestidade, pois honestidade não é apenas qualidade.
Honestidade deveria ser algo natural nas pessoas, assim como é natural a
qualidade em ter olhos castanhos ou verdes. Mas as pessoas modificam tal
natureza, um dia o olho é verde, no outro é castanho, a honestidade alterna
muito junto com a desonestidade, não é algo estático, portanto é uma ação do
cotidiano.
Uma pessoa, por exemplo, pode ser legal, bacana e tantos outros adjetivos, ao estar
amando ou não, e estar apaixonado não qualifica como uma pessoa melhor ou pior
porque amar não é uma qualidade, é um verbo. Há sim termos genéricos que se
transformam em adjetivos e afins, mas a função precípua do amar é a ação, é
praticar o amor. Uma pessoa que está amando fica melhor para a sociedade,
embora não a qualifique, a verdade é que o agir torna o ser humano mais
convivente aos demais. A mesma coisa serve para a honestidade, um cidadão
honesto transmite a ação aos outros e o convívio torna melhor.
Diante disso, um colaborador poderia dizer que honeste a colega de
trabalho, ao invés de dizê-la que a gosta. Ou o empresário pode honestar um
negócio, ao invés de dizer que fechou a negociata. A ação praticada mostraria
que há a atitude da honestidade, assim como uma pessoa que quando diz: Eu te
amo, deve praticar tal ação para não cair à ação, anteriormente dita, na
descrença. Até porque fechar um negócio não significa que a negociata foi
honesta, assim como dizer que adora a colega de trabalho não significa que é
aliada ao serviço. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, embora o verbo
honestar traga a verdade á luz dos relacionamentos.
Portanto, que fique claro, eu honesto esse texto.
O verbo já existe, mas o texto foi escrito para dar vida ao termo.
O verbo já existe, mas o texto foi escrito para dar vida ao termo.
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