Por: Júlio César Anjos
Recentemente palestinos e israelenses estão guerreando por vários
motivos, muitas divergências que, salvo casos raros, em muitas situações não
possuem “nexo algum”. Tão sem sentido que as pessoas de fora apontam as
banalidades como: Religião, espaçamento geográfico (mapa político), e
animosidade oriunda de tradição. A única situação que faz sentido lutar é
manter os usos e costumes de um povo, mas já são tantas as mudanças de outrora para os
dias atuais que também torna irrelevante digladiarem-se por causa de cultura.
As mortes estatisticamente aumentam. A região que até então era pacífica
passa a ser idílica, com turbulências em cada momento, a todo instante, o que pode
eclodir uma luta qualquer. Diante disso, a fronteira sofre tensão por parte dos
vizinhos de limítrofe, cada cidadão é considerado suspeito, inimigo, contrário
ao futuro que cada lado assim almeja. O
levante causa terrorismo, os cidadãos não conseguem mais dormir, trabalhar,
comer, viver direito por causa de um possível ataque de algum indivíduo do país vizinho. Na
esfera mundial também há tensão, pois um ou outro país possui, embora não utilize, bomba atômica,
enquanto o outro lado evita utilizar crianças bomba, duas extremidades ardilosas
que só mostram a perversidade do ser humano ao meio de um pouco de juízo.
No olhar doce do ocidental brasileiro deflagra a inocência, por que não
amarem uns aos outros e criarem a paz? O conforto e a bagunça que é o Brasil turvam
a consciência dos patriotas da nação, a falta de algo em que lutar demonstra
que todos os demais também podem deixar de batalhar por quaisquer coisas que seja,
até mesmo religião, tradição, cultura e afins. Os dois lados opositores da guerra, a
palestina e Israel, lutam por ações maiores que o próprio presente, almejam um
futuro promissor, cada um em sua maneira de pensar e viver, mas os dois buscam
melhorar através da guerra, por incrível que pareça.
E da “inocência” um brasileiro, chamado Oswaldo Aranha, presidindo por
pouco tempo a ONU, criou o estado de Israel. A Inocência fica por conta do
brasileiro e não das Nações Unidas, pois somente se faria um Estado se um
membro distante, bobinho, do outro Lado do mundo, despachasse tal documento. Brasileiros
manipulados como sempre, algo normal. O Militar assina o documento e cria um
Estado na base da imposição governamental, sem consultar todos os lados que
estavam comprometidos com a resolução. Israel até hoje agradece o brasileiro,
enquanto os palestinos nem sabem quem cometeu o erro.
Agora faça uma reflexão, um exercício lógico, veja a seguinte analogia:
Suponha que haja uma favela em um lugar qualquer; E essa favela tenha 5 gangues
de tráficos de drogas; Bem no meio dessa favela existe a melhor boca de fumo de
toda a região; Aí, um burocrata do estado, a fim de acabar com o conflito,
coloca uma sexta gangue, que todo mundo odeia, para ocupar exatamente a melhor
boca de fumo do território; O burocrata acha que essa sexta gangue ocupando justamente a melhor boca faria com que acabassem os conflitos, pois a gangue inserida seria dona
da regão e tudo estaria resolvido; Mas o tempo passa e a verdade escancara de
vez, os conflitos só aumentam porque todo mundo quer a boca de fumo cobiçada,
criando, na verdade, um ambiente mais hostil do que antes, exibindo o erro de
visão dos burocratas do passado.
A mesma coisa ocorre com o Estado de Israel e os países vizinhos. O lugar
já é conturbado por causa dos religiosos mais alterados perante aos menos ortodoxos,
com diferenças de seguimentos, com desacordos sobre estilo de vida, parâmetros
diferentes em visão de mundo, com forte viés sentimental, apelo ao
sobrenatural, e divergências de fé na mesma religião. E neste cenário, ao invés
de realizar a pacificação dos pares, a ONU resolveu colocar ali, no âmago da
região (Jerusalém) o Estado de Israel, com cultura, religião, e tradição bem antagônicas
ao dos povos residentes no local. A ONU poderia instalá-los em qualquer lugar,
até em territórios africanos (por que não?), mas acreditaram, por inocência ou ocasião,
que inserir o povo que acredita em Moisés, exatamente naquele lugar, poderia
criar pacificação por ali, esquecendo qualquer outra variável como, por
exemplo, o apelo sentimental do povo islâmico pela pedra filosofal que lá se
encontra.
A visualização de mundo do ocidental deriva a uma resolução simples: Por
que não misturar o povo como é no Brasil? No começo, pela inocência, pode soar
interessante, mas ao concluir como é o Brasil hoje, seria melhor manter a região
em conflito ideológico a fazer daquela região uma raça pagã, que não acredita
em nada e banaliza a morte.
Sendo assim, no início o judeu ralaria e rolaria com a palestina e
vice-versa, muita cachaça para afastar preocupação, aumentariam as residências
próximas umas as outras, criando guetos (favelas), destruindo a infra-estrutura, e todo
mundo ficaria feliz por causa do efeito da bebida alcoólica e da felicidade artificial provocada por droga qualquer. Mas aí o tempo
passaria, ninguém mais ligaria para cultura, religião, ou tradição, o que
aumentaria seria somente a violência, pois várias facções sem casta alguma se
juntariam para ganhar o poder do trafico de drogas, ou milícias venderiam TV a
cabo no estilo “gato”, com a sociedade se degradando a cada momento, criando
caos social.
Portanto, mesmo vendo a barbaridade que a guerra “sem nexo” deflagra pela
faixa de gaza, é melhor do que tornar-se um país “laico” e ser cabível a
qualquer outro absurdo causado pela violência como é o Brasil. Lá se mata e
morre por alguma causa, por mais esdrúxula que seja, aqui morre mais do que em
guerras deflagradas, se mata por nada, somente por causa de poder perante o
outro cidadão, nada mais.
Osvaldo Aranha quis anexar uma cultura brasileira ao criar o estado de Israel.
Acabou tornando a região mais violenta do que já era; Talvez ele tenha sim
inserido algo bem brasileiro na faixa de gaza, a ação em matar e morrer e
tornar as coisas normais, algo banal. Os guetos dos
reis do trafico e as milícias não são tão equidistantes aos poderes de
mapeamento político, cultural e religioso que se vê na área instalada em Jerusalém., o que diferencia os dois casos é somente a causa da guerra sem causa, nada mais.
O trabalho A causa da guerra sem causa de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
O trabalho A causa da guerra sem causa de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: