Por: Júlio César Anjos Ao esperar o ônibus para voltar para a casa, aproveito o tempo ocioso para observar pessoas que estão em minha volta, diferenças rotineiras que estão a todo instante ocorrendo, embora ninguém perceba pelo fato de utilizarem a viseira social. As pessoas estão muito individualistas, tão intrínsecas e intangíveis que nada retira a concentração hipnótica do próprio ego. Na primeira semana de observação plena, com a retirada da viseira social, vejo um sujeito bem vestido, limpo, rosto saudável e boa educação pedir-me um trocado, uma esmola. Fico intrigado, pensativo, ofereço pouca consideração e dinheiro, forneço poucos trocados e nenhuma possibilidade de humanização ao sujeito. Cada um com os seus problemas... Na segunda semana não vejo muitas coisas além do básico: alunos sem pretensão nenhuma sobre o tempo, achando que não é escasso, e gastando horas entre conversas juvenis; homem de idade avançada com dificuldade para andar; uma mulher de meia idade c...
Política, Economia, Informação. PSDB 45