Por: Júlio César Anjos A cólera é como um bumerangue todo feito de arestas pontiagudas, pois, ao manusear cria machucado ocorrido pelo lançamento, desfere o alvo em que foi atirado e volta o machucando novamente, pois é feito de aço afiado de tantos agouros nas arestas da complexidade. É a lei do retorno, é o bate-e-volta, tudo o que o malogrado despeja para outrem, retorna duplamente da maldade em que foi compactuada, é o preço a pagar por fazer mal a terceiros. Se estiver a fim de se machucar, basta arremessar o instrumento, para voltar a contento, o dispositivo que mais agride o próprio manipulador do que o que é atacado pelo golpe atingido. E, nessa reflexão, não há um escudo que o proteja do retorno do bumerangue da cólera, pois, ao defenestrar outrem com a mácula do maldizer, indivíduo qualquer traz consigo a devolutiva dos nocivos que jogou no adverso, seja um inimigo ou alguém que simplesmente o quer ver mal. Porque a ida e a vinda do equipamento deriva...