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Burocracia: o Cão de Guarda Estatal



Por: Júlio César Anjos

Quando um cão late é porque não quer deixar o estranho entrar. A regra é geralmente essa, não há o que esconder, um cão de guarda sempre latirá contra alguém que é desconhecido. Para o animal de segurança parar com o latido, há a necessidade de conhecimento prévio de tal sujeito, além da assertiva de boa vizinhança do dono do animal.

Toda vez que alguém chega perto da casa estatal é a mesma cerimônia, a burocracia faz o latido sem cessar, até alguém atender à portaria ao estranho que se apresenta. Dependendo da situação, o estranho pode entrar ou ser barrado, o que faz ser adentrado é o documento ser diferido porque o sujeito está certo pelas atribuições em que lhe confere. Porém, às vezes há algumas tribulações e o sujeito que pediu atenção da burocracia não pode, por algum motivo, ser inserido em alguma execução. Isso deriva em duas ações: 1) O sujeito dá de ombros, tenta outras vezes de forma legal, sempre escutando o latido a cada visita; 2) Ou faz uma gambiarra, com a malandragem a La brasileira, e tentar burlar o sistema.

Contudo, às vezes o maroto, aquele que quer burlar a lei, entra à propriedade do governo sem ser convidado, faz bolinagem com o animal estatal, seja acariciando com um bolinho de carne ou qualquer outro sistema de enganação chamado corrupção, a conduzir em uma invasão, o sonegador e/ou burlador da coisa pública age inibindo o feroz cão de guarda do governo. Em outras vezes o caseiro dá um jeitinho para o rapina fazer malandragem e, mesmo que o convidado não seja ingresso pelo cão e nem pelo proprietário, a aceitação do zelador da residência deixa o caminho livre para o indesejado fazer o que quiser. Em raras vezes, também, o próprio dono da casa (chamado de tripartição do poder) aceita ser sabotado, seja por um gosto especial em uma Sodomização da coisa pública ou pelo fato de manter uma relação de peculato social, sendo o corruptor da casa em que possui o canino raivoso. Neste cenário, não importa o latido do cachorro, pois o alerta do cão não faz nenhum mal.

O aparato estatal é de conhecimento de todos porque todos os cidadãos de bem são conhecidos, por isso que é muito estranho ver o cão estatal fazer tantos latidos. Alguém tem que fornecer uma vacina anti-rábica para esse estado estressado e raivoso, que acha todo mundo estranho e não para de agredir. Liberdade já!

Por fim, neste contexto, o melhor é não ter cachorro, porque todos são conhecidos, para que não haja latidos, o barulho insuportável que a burocracia oferta para a sociedade. A burocracia é o cão de guarda estatal, sempre faz um barulho sempre quando alguém chega próximo da repartição social, pois todo mundo é considerado culpado, até provar ao contrário, pelo proprietário da casa e coisa pública, um parasita governamental, que precisa ser alertado por tudo e todos, não se importando da algazarra que o animal faz.

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Burocracia: o Cão de Guarda Estatal de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Baseado no trabalho em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.



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