Por: Júlio César Anjos Eu tive um sonho. A ilusão mostrava-me de bruços, com uma tigela de água em cima do meu rosto – em que não me permitia ficar com o nariz apontado ao chão a todo instante -, com as mãos amarradas com uma corda firme, e as minhas pernas não obedecendo aos meus pensamentos, pernas desconexas que me agrediam a todo instante. A platéia era composta pelas pessoas mais perversas que se possa imaginar, estava lotada de inimigos meus. A todo instante que eu mexia o corpo, a platéia caia na gargalhada, saboreando todo castigo que sofrera no palco do teatro. Cada vez que as minhas pernas desobedeciam e desferiam golpes contra mim, a platéia caia no deleite da satisfação pessoal. O pé dava golpes de calcanhar que poderiam acertar a “fonte”, então, em alguns momentos, eu colocava o rosto na tigela com água e, por alguns momentos, escolhia entre o afogamento e a sorte em não levar um golpe fatal, ofertado pelo próprio pé. Mas cada vez que a perna fazia o movim...
Política, Economia, Informação. PSDB 45