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Mostrando postagens de junho, 2020

Transposição do Rio São Francisco e o Falso Dilema entre Desenvolvimentismo x Liberalismo

Por: Júlio César Anjos Finalmente foi concluída a transposição Rio São Francisco, obra desenvolvimentista que atenderá uma grande parte da região árida nordestina, levando esperança para os brasileiros aflitos por séculos pela mácula da seca. Uma região em que nada havia além de terra batida agora tem possibilidade de gerar economia viva. Findada a obra, espera-se agora que o capital pelo liberalismo venha a utilizar-se desta construção para obter ganhos e gerar riqueza no nordeste e para o Brasil. Caso esta sinergia se conclua, é possível determinar que o conflito entre desenvolvimentismo e liberalismo seja dilema inexistente. Porque o capitalismo precisa das duas vertentes.   A transposição do Rio São Francisco levou água para o sertão nordestino. Mas também levou depravação por meio de corrupção àqueles que tocaram essa obra faraônica e de longa duração. Esse problema só aconteceu porque o desenvolvimentismo não é um sistema perfeito. Para os corruptos, principalmente o...

Sobre a Compra de Títulos do Setor Privado pelo BC: Considerações

Por: Júlio César Anjos Por causa da crise gerada pela pandemia do Coronavírus, o congresso teve que agir e aprovou aquilo que foi chamado de orçamento de guerra. Esse orçamento permite promover tomadas de decisões não convencionais. E uma destas ações é a possibilidade do Banco Central poder ser acionista de pequenas, médias e grandes empresas. E é por isso que é bom discutir um pouco mais sobre isto. O Estado sempre tenta impulsionar, artificialmente, o mercado para girar a economia do país.   E uma das ferramentas é o Modelo de estímulo BC-BNDES para gerar riqueza na economia sem criar inflação. O modelo de fomento BC-BNDES funciona assim: O BC para conseguir recurso para o BNDES tem que emitir nota do tesouro, com bancos e/ou grandes investidores comprando esses títulos. Neste ponto, o BC consegue recurso para baldear para o BNDES. O BNDES, por sua vez, faz EMPRÉSTIMO para os micros e pequenos empresários e com isso os tomadores de empréstimos melhoraram as suas con...

Açar

Por: Júlio César Anjos Havia nos primórdios da civilização uma região chamada Saçar. E nesta localidade, como tantas outras conhecidas ao estudar antropologias ancestrais, também havia  duas civilizações conflitantes que, de tempo em tempo, entravam em tensão. Como sabido, estas duas sociedades eram segregacionistas, sendo que um povoado não podia se misturar com outro. A divisa se dava entre as margens do rio. Do lado direito, ficava a tribo Ocnarb; do lado esquerdo, o povo Orgen. E diante, circunstâncias, o rio não era de ninguém. Como o rio não era de ninguém, o rio era de todo mundo. Porque todos os viventes da localidade, tanto do povo da esquerda quanto da direita das margens do leito, tinham que se banhar e lavar suas indumentárias no córrego, além de fazer atividade de lazer ao se banhar e brincar com a corredeira. Deste modo, o rio era o lugar, inevitável, de encontro entre as duas civilizações que se odiavam sem parar. Mas o rio que dá vida é o mesmo que oferece ...

Acharam o Queiroz

Por: Júlio César Anjos Achou o Queiroz, ganhou! Um Spa na prisão.

Extraterrestres

Por: Júlio César Anjos Como estou sem pauta, então só resta divagar em abstrações fúteis.   *** Eu tenho uma visão simples sobre a questão de extraterrestres. Se eles forem mais fortes que nós, não haveria o que fazer, seríamos colonizados e escravizados, esperando o fim da nossa existência ao passar do tempo. Não haveria guerra. Se nós somos mais fortes que eles, também não há o que tergiversar, pois, nós os aniquilaríamos, do mesmo modo que nos aniquilamos a nós mesmos – exemplo que vem do fato que somos autodestrutivos. Somos perversos. Não haveria guerra. Então, só o que fica é a equidade de forças. Só neste caso poderia haver guerra intergaláctica. E é somente nesta situação que devemos nos preocupar. Como até agora tudo está vago porque ninguém sabe a verdadeira situação sobre extraterrestres, como os extraterrestres não aprecem para se manifestar, então só há duas situações: 1) os extraterrestres são mais fortes que nós – Hipótese do Zoológico; 2) ...

O Centrão e o Estelionato Eleitoral

Por: Júlio César Anjos   Bolsonaro, recentemente [11/06/20], nomeou para o Ministério das Comunicações [pasta recém-criada que o presidente jurou acabar] um político do centrão. Com isso, ajustou lobby no congresso para manter-se no poder ao blindar-se de um possível impeachment e, assim, ter uma estrutura de base politica e capilaridade eleitoral para sobreviver neste momento de turbulência governamental. O problema é que algo mais grave do que Bolsonaro juntar-se ao centrão é fazer estelionato eleitoral [sendo que o presidente jurou não se aliar a essas forças do congresso em sua campanha presidencial]. Diante tais situações, é preciso fazer uma distinção: fazer acordo com o centrão é até aceitável; estelionato eleitoral, não. Primeiro, deve-se saber quem faz parte do centrão. Quer saber quem faz parte do centrão? Basta fazer esse pequeno método infalível de investigação. Fale em voz alta o máximo de partidos que consegue lembrar-se de cabeça. Terminou? Sabendo que a pol...

Digressões: Bolsonaro x Lula

Por: Júlio César Anjos Digressão, no sentido figurado, significa leitura ligeira e fragmentada sobre um determinado assunto. Alguns pensamentos aleatórios comparativos entre Lula e Bolsonaro que, compilados, viraram uma publicação. Tanto Lula quanto Bolsonaro são iguais, apesar de fingirem ser diferentes. *** O Presidiário e o Moribundo Do dia 7 até 11 de Setembro de 2018, menos de um mês para a eleição presidencial, houve uma situação inusitada na corrida eleitoral brasileira, em que os dois principais candidatos mais bem colocados nas pesquisas não podiam fazer campanha corpo-a-corpo com a população. Um porque estava preso; outro, porque estava internado no hospital. Bolsonaro tomou a facada no dia 7 de setembro [e naquele momento ninguém sabia se o candidato da direita iria até mesmo sobreviver à agressão]; e o PT só indicou o Haddad no dia 11 de setembro, data-limite para fazer a troca do Lula que se encontrava preso até então. Então, entre 7 e 11 de sete...

CANVAS

Por: Júlio César Anjos “O político só oferta o que o povo demanda” – Júlio César Anjos   CANVAS, traduzido do inglês, significa tela. E na política, qual o seu significado? Se perguntar para um engomadinho do Renova BR, político de lousa e ativista de escritório com ar condicionado ligado, ele dirá que se trata de ferramenta de enfoque em modelo de negócios em curso de administração; se indagar para um progressista esquerdista do PSOL, o socialista dirá que isso muito provavelmente é uma arte composta por conjunto de pinturas que formam um todo, chamado de quadro em Canvas para decoração; e para quem é da vida política de fato, a verdade é que CANVAS, em contexto de ativismo prático, tem significado completamente diferente destes exemplos anteriores. CANVAS trata-se de um acrônimo: C entro de A ções N ão V iolentas e A plicações S ociais. Mas, afinal, por que está se falando deste CANVAS neste momento em específico? Porque Bolsonaro e Lula estão colocando gente na rua, bem...