Por: Júlio César Anjos Um monge fornece apenas um lápis e uma folha em branco para o seguidor escrever uma sintaxe qualquer. Diz-se ser uma atividade de reflexão, pois manuscrever é pairar o tempo, dominar a mente e materializar a alma. A tarefa é árdua para o menino de pouca experiência, só traz na consciência as insuficiências de jovem de pouca idade, por isso redigir é temeridade. O Seguidor, ao antecipar a trama, com a malandragem de iniciante, pede uma borracha, por que, ao escrever, poderá cometer erros; ao passo de que com todos os materiais em mãos, o jovem passaria a trabalhar tranqüilo. Todavia, o monge não confere ao bom moço uma borracha. E vai além à negação, explica que o aprendiz deve transcorrer lentamente, sem solavancos e nem percalços, a escritura que deverá ser devagar e contínua, a fim do escritor jovial concentrar-se ao sabor da criação de um bom texto, confeccionará, por fim, uma obra-prima. Após a afobação da proatividade, o mestre explica que as ...