Por: Júlio César Anjos De canto em canto vou andando pelas rochas da montanha, no mesmo movimento revolto das correntezas do mar. Em pranto, só penso: por que do espanto? Já sabia das consequências que se podia gerar. Bela tarde para devanear por aí, tempo loiro e momento negro, falta luz nessa alma combalida por desafetos, de amores, talvez, da dialética entre o amor e o não amar. Mas clareia a percepção que o infinito não existe; pelo menos não nas necessidades humanas. Assim como não é infinito o ficar sem comer ou beber, saciar da paixão também é algo vívido e findo. Tropeço em uma pedra ou outra, o vento faz questão de me empurrar, brisa que ventila o calor, embora a tristeza só me faça congelar. O coração é uma pedra no tempo, se aquece no calor e esfria no frio, depende muito da natureza dos sentimentos, em que algumas almas recebem boa ventura de sempre receber insolação, já outras sofrem sempre por estarem ao meio de uma nevasca de turbilhão. Às vezes não é culpa d...