Reforma Política: 10 Temas

 

 O congresso vive em férias. Aí, quando se mexe, faz mudanças açodadas.

O foco agora, 22/05/25, é fazer a reforma política. Correndo contra o tempo, estes são os 10 principais temas a abordar pela sociedade. 

Fim da Reeleição

Contra. Todo país democrático tem o mecanismo de reeleição. Aliás, em muitos países parlamentaristas, o primeiro-ministro pode se reeleger várias vezes e ficar décadas no poder.

Agora, é preciso instaurar a lei dos dois mandatos para evitar que Lulas se eternizem no poder. 

Candidatura Independente

Contra. Candidatura independente ajuda o crime organizado a entrar com mais facilidade no poder, sem ter que passar primeiro por uma vida político-partidária. É um atalho para criminoso conseguir acesso ao poder com mais facilidade. 

Senado 10 anos de Mandato

Contra. Querem acabar com o mecanismo de reeleição e esticar o mandato único para 5 anos. Como o Senado tem 2 eleições de tempo de duração, que hoje são 8 anos, querem mudar para 10 anos de mandato único sem reeleição.

O certo é manter a vigência de mandato e a regra como está porque a reeleição [lei dos dois mandatos] não pode acabar. 

Unificação Eleitoral:  Municipal e Nacional

Contra. Querem fazer uma eleição somente a cada 5 anos.

O problema é que o partido que estiver mais forte no período de 5 anos leva tudo [tudo mesmo, desde o presidente até os vereadores nas cidades]. Acaba com freios e contrapesos na política. Raros países possuem eleições gerais. Eleição a cada 2 anos é a melhor regra do jogo. Deixa como está. 

Fim do Voto Proporcional e Introdução do Distrital.

A favor do fim do voto proporcional. Voto Proporcional faz político que não tem voto se eleger puxado pelos que possuem votos. E tem que mudar para o Distritão.

Os argumentos contra o Distritão são frágeis. Um argumento diz que um partido político pode ficar em segundo lugar em todos os distritos e não assumir nenhum poder. Só que sempre haverá a próxima eleição. E na próxima, caso esse grupo político que tenha ficado em segundo não faça bobagem, vai conquistar cadeiras na próxima eleição.

E sobre o doping financeiro, em que um grupo pode se eternizar no poder, caso se faça a mudança para o distritão, saiba que sempre haverá o desgaste natural, em que o povo rejeitará o partido e o político que fique muito tempo no poder e não faça nada para a população.

Os barões da política estão sempre em busca desta eternidade de poder. Mas só conseguem de fato se implantar ditadura ou fraudar eleição. Caso contrário, sempre há, mesmo que pequena, uma renovação de poder.

 Distritão já! 

Urna Mista [eletrônica com cédula]

Já passou da hora de implantar a urna com cédula. Esse negócio de impedir esta melhora eleitoral começa a fazer todo mundo desconfiar. Então, para evitar desconfiança, urna com cédula.

Vários países possuem urna eletrônica com cédula sem problema nenhum. 

Financiamento Privado de Campanha

Tem que voltar o financiamento privado de campanha. Porque o investimento público de campanha está na ordem de bilhões, ao retirar dinheiro de saúde e educação para enviar para os barões donos de partido, e o financiamento criminoso de campanha também está a todo vapor.

Hoje, a eleição é tocada pelo dinheiro do povo, via impostos, e pelos criminosos por caixa 2. Só que tentam colocar a culpa no financiamento privado, o que não faz sentido. 

Fim da Pré-candidatura para Campanha.

Toda eleição é a mesma palhaçada. Passou as convenções partidárias [ali por volta de junho], todo candidato anuncia a sua pré-candidatura, o que é, na verdade, a candidatura propriamente dita.

Se já é sabido que vai concorrer por causa da convenção, então que permita o candidato promover-se como candidato, ao acabar com esta imbecilidade de pré-candidatura. 

Fim do Voto Obrigatório

Legalizar o fim do voto obrigatório. Cada eleição que passa, mais pessoas preferem não irem votar, e pagar a multa, do que exercer o seu direito cívico.

A democracia está em acabar com o voto obrigatório e não tornar ainda mais rígidas a obrigatoriedade do voto. 

Voto de Protesto: Personagem de Ficção na Urna.

A cada eleição colocar um personagem fictício na urna eleitoral para saber como está a reação popular.

Por exemplo, colocar o macaco Tião, legenda 99, na urna para que aqueles que querem protestar, possam exercer esta vontade ao votar nesta personagem na urna eletrônica.

Por óbvio, será um voto anulado.

Mas serve para ver como está a satisfação popular.

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 Bônus: Aumentar a punição para a infidelidade partidária.