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O Problema do Brasil é o FujiMORISMO

Por: Júlio César Anjos

 

Todo mundo sabe que o Fujimori foi o maior ditador da história do Peru. O que pouca gente sabe é como o tirano ascendeu ao poder. E por incrível que pareça, foi um mero acidente histórico. Fujimori lançou-se candidato a presidente somente para ser conhecido e construir uma base de votos para eleger-se senador na eleição seguinte. Porém, o azarão conseguiu eleger-se presidente. Após eleito, não tinha estrutura política – base e capilaridade -, para manter-se ao poder e, com isso, os adversários queriam a sua queda. E Fujimori resolveu defender a sua manutenção na cadeira presidencial por métodos não convencionais. Cooptou as forças armadas, a mídia, a justiça e com isso implantou a ditadura.  Essa é a história do japonês que virou ditador no Peru. E hoje algo semelhante a este fenômeno acontece no Brasil.

O Bolsonaro teve esse mesmo arco histórico feito pelo Fujimori. De acordo com o livro chamado: Tormenta, da Thaís Oyama, Bolsonaro queria criar uma base eleitoral de 10% de eleitores para ter ativo político para as próximas eleições. Não passava na cabeça do Bolsonaro ser presidente em 2018. Mas aí o Fujimorismo deu o seu ar da graça. Com adversários políticos presos, além de não haver uma força contrária à expansão do bolsonarismo, o miliciano venceu o pleito após receber uma facada. E como também não tinha base nem capilaridade para manter-se ao poder, além de fazer um péssimo governo, o impeachment parecia cristalizar. Bolsonaro ameaçou dar golpe, mas recuou porque sabia que não podia sustentar a ditadura. Então, resolveu comprar parlamentar para manter-se ao poder via emendas. Será defenestrado das urnas em 2022.

Como não existe vácuo no poder, Sergio Moro lança-se candidato a presidente. Note que o lava-jatista não quer fazer a boa gradação política, sendo primeiro prefeito, depois governador para só aí lançar-se ao executivo nacional. Neófito, quer trilhar o mesmo caminho de Fujimori e Bolsonaro. Como os dois já citados, não possui experiência em gestão, no qual terá que aprender a ser um chefe do executivo enquanto está no cargo.  Não terá base e capilaridade. É odiado por todos os players políticos, por isso acena por uma campanha antissistema. Além, é claro, ter um discurso populista que é sabido que não pode ser cumprido de antemão – como no caso de “todos os corruptos na cadeia”. Até porque, se cumprir mesmo a própria bandeira, Deltan Dallagnal, ao não conseguir explicar a sua evolução patrimonial, passe a virar alvo do juiz que prende corruptos. É a mesma história se repetindo como tragédia e farsa ao mesmo tempo. 

O brasileiro adora um populista vagabundo pra chamar de seu. E se pintar como herói aglutinador de poderes, então, é perfeito! E Sergio Moro já começou a cooptação. Já trouxe para as suas fileiras generais como Paulo Chagas e Santos Cruz, no qual mostra de forma simbólica que quer cooptar as forças armadas. Quer sequestrar o PSDB para que possua uma boa imagem política de boa gestão, fazendo os tucanos serem linha-auxiliar do seu projeto de poder. Já possui muitos adeptos no sistema judicial – tirando o STF -, além de fazer cooptação de mídia blog sujo, como O Anatagonista, e grupo de pressão, como o MBL, para formar a sua rede de proteção. Não tem um posto Ipiranga porque não precisa, o próprio Sergio Moro é o Posto Ipiranga de si mesmo. Já está armadinho o arco de poder para virar um ditadorzinho caso haja ocasião.

Se as pessoas votassem como exigem técnico de futebol para o seu time as coisas mudariam. O Brasileiro quer que o técnico do seu time tenha ampla experiência e um curriculum cheio de vitórias. Mas para votar no presidente do Brasil, qualquer populista vagabundo sem experiência nenhuma em executivo pode ser eleito. Já votaram por esta condição em Lula [maior escândalo de corrupção da história do Brasil], Bolsonaro [incompetente, corrupto e inútil] e agora flertam com o Sergio Moro [Golpista da lava-jato, apeou a democracia para se beneficiar de poder político] O Fujimorismo é realmente um desastre.

É certo que o Sergio Moro é um problema e não uma solução para a vida politica brasileira. Como já citado anteriormente, a ampla maioria dos players que fazem política no Brasil simplesmente odeiam-no. E se o Sergio Moro quer pagar pra ver, que vença a eleição. Porque o Moro tem tudo para ir preso. Se não vencer o pleito, ao perder foro privilegiado, vai preso. Se ganhar a eleição, mas sofrer impeachment [abdicando de se defender ao comprar parlamentar via emenda] vai preso. Se comprar parlamentar via emenda, os políticos que o odeiam colocam a grana no bolso e ainda fazem a cassação [e com isso, vai preso]. E como garantir não ir preso? Vencer a eleição e implantar a ditadura. E é por isso que este que vos escreve não quer um bolsonarismo 2.0 para a próxima eleição.

Portanto, o Fujimorismo significa um político que não possui chances de vencer o pleito, diante fenômenos políticos diversos, acaba ganhando a eleição. Não tendo poder para manter-se no poder, defende-se implantando a ditadura [porque só com uma ditadura para sustentar-se ao poder]. Bolsonaro seguiu a mesma trilha do Fujimori, ao cooptar as forças armadas para si, fingir ser antissistema para fazer populismo e ameaçar golpe, que só não foi dado porque o próprio Bolsonaro refugou. E para 2022, é certo que o Sergio Moro não possui condições para ocupar o cargo presidencial. Mas ele está forçando, Quer copiar o Bolsonaro e ser o novo Fujimori. Porque o Brasil sofre do problema de Fujimorismo.

 

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A lava-jato de Curitiba prendeu o Beto Richa faltando 20 dias para a eleição para tirá-lo da corrida eleitoral e assim o Flavio Arns, aliado de Rosangela Moro, pudesse tomar a vaga do Senado do Ex-governador.

Sergio Moro é problema para a democracia.

   

Tem solução para consertar danos no passado? Tem. Sergio Moro vice do Doria.  

 

 


 


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