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Eles são Fracos

 

Por: Júlio César Anjos

 

O que faz um político, ou grupo político, ser forte? É a capacidade de ir independente nas eleições e vencer o pleito mesmo assim! É a capacidade de criar lideranças na própria equipe e não depender de nenhuma força externa para conseguir alcançar o seu objetivo comum.  E a partir desta concepção, dará para saber quem é forte e quem é fraco no cenário político/eleitoral brasileiro. Deste modo, ao partir por esta premissa válida e verdadeira, há certa surpresa com o que se descobrirá a seguir.

Já respondendo de prontidão, Lula e Bolsonaro são fracos. São fracos porque os populistas não podem fugir do populismo, ao estarem presos ao discurso muitas vezes errático, daquilo que o povo quer ouvir, mas que não seja crível a implantar no mundo real. Sempre estão presos nos discursos das suas bolhas sectárias. E, por isso, não conseguem ter independência nem mesmo para governar, pois, para liderar é preciso, em muitas vezes, ser impopular para conseguir seguir adiante. O que se configura, como se sabe, em estelionato eleitoral.

O Populista sempre ganhará a eleição com o estelionato vindo após ter sido eleito no pleito. Exemplos não faltam. Como na ascensão do Lula em 2002 ameaçar até mesmo não pagar a dívida externa para os sectários e para a maioria criar a carta aos brasileiros, dizendo que não faria nada daquilo que o fez subir popularmente. Com o Bolsonaro a mesma coisa. O direitista sobe ao poder dizendo que não vai governar com o Centrão (impossível), que iria levar adiante o combate à corrupção, sendo que era corrupto antes de ganhar o pleito e por isso ficou preso nas realidades da política brasileira. Portanto, tanto Lula quanto Bolsonaro são dois populistas canalhas que enganam o povo ao fazer estelionato eleitoral para ganhar eleição.

De outra forma, políticos que falam o que o povo não quer ouvir, fazem o que o povo não vai gostar, e vencem eleição mesmo assim, esses sim são considerados políticos, ou grupos políticos, fortes. Um exemplo de político forte é o Alexandre Kalil que disse em campanha que fechou Belo Horizonte para conter a pandemia do Coronavírus e que se precisasse fecharia de novo, mostrando que tem pulso firme e que vai ganhar eleição não sendo populista. Outro político forte é o Rafael Greca de Curitiba que ganhou a eleição no primeiro turno só na base da poesia e sendo trovador lírico (isso que não consegue terminar uma obra sequer na cidade).

Deste modo, ao saber quais políticos são fortes e fracos no real cenário eleitoral brasileiro, deve-se destacar quem precisa e quem não precisa fazer composições para se eleger. E não são as composições de coligação com Centrão, o que é normal, mas a que se envolta em meio às instituições e outros grupos que formam opinião publica ou possuem apreço e/ou força popular. E nesta faixa estão “O Sistema” e os apoiadores do Sistema. São eles: Forças Armadas, Judiciário, Mídia, Religião, Grupos de Pressão, Movimentos de Massa, Big Techs, Celebridades, Empresários, Apoios internacionais, Doutrinas e até mesmo Grupos Criminosos.

Para ficar mais fácil o entendimento da linha de raciocínio, o detalhamento dos apoios destas composições aos players políticos (Lula, Bolsonaro, PSDB) será destacado em check-list. Segue:

 

Bolsonaro:

Judiciário: Lava-Jato, Membros dos Ministérios Públicos e “Ordem dos Advogados Conservadores”.

Forças Armadas: Generais, Polícia Militar e Polícia Federal.

Mídia: Record, SBT, RedeTV, Jovem Pan, Gazeta do Povo e Mídias Alternativas (Terça Livre).

Grupos de Pressão: Nas Ruas, República de Curitiba, Movimento dos Caminhoneiros.

Religião: Pastores de Igrejas Neopentecostais, Silas Malafaia, Edir Macedo, Marcos Feliciano.

Empresários: Luciano Hang da Havan, Flavio Rocha da Riachuelo, Luís Felipe Belmonte do Aliança pelo Brasil, Investidores da Bolsa.

Apoio Internacional: CPAC – Internacional Conservadora -, Trump, Reacionários Internacionais.

Doutrina: Conservadora e Reacionária, Olavo de Carvalho.

Apoio de Big Tech: Facebook e YouTube, WhatsApp.

Apoio de Celebridade: Nacional: Neymar. Internacional: Não Tem (ainda).

Movimento de Massa: Nacionalista, Religioso.

Grupos Criminosos: Milícias (Grupos Paramilitares) da Polícia Militar e Forças Armadas nos Distritos Brasileiros.

 

Lula:

Judiciário: 7 Ministros do STF (Fachin, Barroso, Toffoli, Lewandowski, Carmen Lucia, Rosa Weber, e Fux). Instâncias inferiores no Nordeste.

Forças Armada: Militares “Selva” da Amazônia, Nacionalistas do Aldo Rebelo Comunista.

Mídia: Globo News, CNN, Grupo Bandeirantes, Folha de São Paulo.

Grupos de Pressão: MST, MTST, Sindicatos e Grupos Corporativistas do Estado (Funcionários Públicos).

Religião: Igreja Católica, Matizes Africanas, Ateus, e Igrejas Evangélicas (Edir Macedo).

Empresários: Luiza Trajano do Magazine Luiza, Empreiteiras, Investidores da Bolsa.

Apoio Internacional: Internacional Socialista e Foro de São Paulo.

Doutrina: Socialista, Marxista, Progressista.

Apoio de Big Tech: YouTube, Twitter, Instagram.  Agências de Checagem de Fake News.

Apoio de Celebridade: Nacional: Felipe Neto. Internacional:  Mark Hamill (o Luke Skywalker).

Movimento de Massa: Trabalhista e Progressista.

Grupos Criminosos: Comando Vermelho, PCC e Narcotraficantes Latino-Americanos (Evo Morales).

 

PSDB:

Judiciário: 2 Ministros STF: Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes (os mais perseguidos pelo Sistema dominado Por Bolsonaro e Lula).

Forças Armadas: Não Tem.

Mídia: Não tem nem mídia oficial nem mídia alternativa para chamar de sua.

Grupos de Pressão: Não Tem.

Religião: Não Tem. Esporadicamente um apoio ou outro de um líder evangélico e só.

Empresários: Hoje, em 2021, não tem nenhum empresário que abra a carteira para o PSDB.

Apoio Internacional: Não Tem.

Doutrina: Não Tem.

Apoio de Big Tech: Não Tem. Em qualquer mídia social tem um tucano sendo agredido pro Fake News e spambots.

Apoio de Celebridade: Não Tem.

Movimento de Massa: Não Tem.

Grupos Criminosos: Não Tem.

 

Ao ver todo o cenário, talvez o entendimento errôneo seja que Lula e Bolsonaro são fortes porque conseguem fazer tais composições. É justamente ao contrário, Bolsonaro e Lula precisam destas composições para conseguir prosperar nas eleições. É questão de vetor de poder. O vetor do poder está direcionado nestas entidades que fazem o político populista ter chance.

É só fazer uma simples reflexão: o que aconteceria se todos estes grupos esvaziassem tanto Lula quanto Bolsonaro em apoio? Já é sabida a resposta, os dois políticos populistas sumiriam na mesma hora.

Ou seja, na verdade, Lula e Bolsonaro precisam desesperadamente parasitar todas essas composições. Precisam parasitar líderes: do judiciário, da mídia, das forças armadas, de grupos de pressão, de religião, de empresários, e até mesmo Grupos criminosos.

Portanto, ter que criar toda essa superestrutura de composição é fraqueza!

Por outro lado, força política é ganhar a eleição de maneira independente e no day after após vitória no pleito criar equipe de trabalho sem dever nada para essas composições já citadas. Quem ganha sem depender nada de ninguém tem governabilidade. Quem compõe, não tem.

O Centrão que ganha eleição com frequência, tem somente frações de composição. Um membro de grupo criminoso aqui, um dono de mídia acolá, mas tudo em partes, sem esses grupos políticos do Centrão ter a totalidade das composições obtidas por Lula e Bolsonaro. São somente casos esporádicos. O Centrão vive politicamente de fazer bom desempenho de trabalho político e de enviar emenda para o seu distrito eleitoral. E só.

Deste modo, a maior força política brasileira, que é atacada com frequência tanto por Lula quanto por Bolsonaro, e pelo Sistema, não tem apoio das composições políticas e ainda assim consegue resultados eleitorais incríveis é o maior e melhor grupo político do Brasil: O PSDB. O PSDB cria lideranças políticas no próprio partido. Revela quadros que até mesmo parte em voo solo para outras legendas, o que faz os tucanos desenvolverem uma panspermia de tucanos em várias legendas no Brasil [legendas essas que não conseguem fazer lideranças nos seus próprios quadros].

É por isso que o PSDB é forte. Porque vence de forma independente.

E se a polarização entre os fracos Lula e Bolsonaro não vingar, o PSDB levará tudo na eleição de 2022.  

 Portanto, descobre-se com fatos quem é fraco e quem é forte nas eleições nacionais.

 

 


     

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