O Colapso da Extrema-Direita
A
história registra alguns fatos sem contestação. Um deles é a questão de que a
liderança extremista não pode ser sucedida.
Note
o padrão histórico que mostra que depois de Hitler, não houve imediatamente outro
Hitler para sucedê-lo. Nem outro Stalin depois de Stalin. Nem outro Mussolini
após Mussolini. E não teve outro Mao após Mao.
Não
teve Alexandre, o Grande, após Alexandre, nem Júlio César após Júlio César.
Em
questão de legado histórico, essa situação também se amplia na questão de
religião, depois de Jesus não houve outro Jesus e na ciência, depois de Einsten
não houve outro Einstein.
Desculpe
usar o recurso da repetição, mas é a única forma de convencer o leitor sobre a observação
histórica.
Deste
modo, trazendo a condição de que carisma, liderança, carga histórica e legados
não podem ser transferidos porque são fenômenos que acontecem em curtos períodos
de tempo e que só agraciam a pessoa que liderou a mudança histórica, o fato é
que:
Depois
de Milei não haverá outro Milei, depois de Meloni não haverá outra Meloni,
depois de Orban não haverá outro Orban, depois de Bolsonaro não haverá outro Bolsonaro
e depois de Trump não haverá outro Trump.
Analisando
os líderes de extrema-direita da atualidade:
Meloni:
subiu ao poder com o discurso contra a imigração. O problema é que o italiano prefere
viver pendurado em programa social do que ir trabalhar no pesado. A expulsão de
mão de obra barata do imigrante gera problema econômico na indústria básica e
serviços. Aí a Meloni tem que fingir que não consegue conter a imigração. Isso
gera desgaste do seu governo.
Milei:
acredita tanto no libertarianismo que quis retirar os programas sociais do país
latino-americano Argentina. O resultado foi uma onda de protestos e rejeições
que o fizeram recuar.
Orban:
estava décadas no poder fingindo-se apenas ser um conservador padrão. Começou a
andar com o Trump e aumentou a repressão contra as liberdades coletivas e
individuais do povo húngaro. Em julho, tomou a maior onda de protesto progressista
da histórica. Sua reeleição está na berlinda.
Bolsonaro:
ao invés de se adaptar ao jogo democrático e visar pelo menos uns 20 anos de
direita no poder, preferiu continuar com a loucura da ruptura. O resultado é
prisão por tentativa de golpe e enfraquecimento político a cada dia que passa.
Trump:
No país dos livres, Trump está a cercear as liberdades individuais e coletivas
do povo americano. Restringe a economia global, indo contra o apoio que teve
dos liberais. E não tem reeleição no horizonte, o que faz ter dificuldade em
fazer sucessor.
Como
tudo que é cíclico a onda da extrema-direita começou lá por 2014, dois anos
antes do Trump se eleger presidente. Teve seu auge batendo bem no meio da
pandemia da Covid -19 e agora está na sua decadência pelo encerramento do ciclo
de 10 anos que uma onda política pode durar.
Na América Latina, para tentar conter a onda
da extrema-direita, vieram com a tal da “onda rosa” que foi engolida pelo
Tsunami do conservadorismo.
Isso tudo não significa que a extrema-direita
irá evaporar do dia para noite. Mas que é fato que o poder de hoje nem se compara
ao poder que os extremistas tinham em 2019, o auge desta vertente política no
poder.
Se
não fossem as big techs, a extrema-direita já estaria fora do páreo. Vai chegar
uma hora que as big techs terão que fazer a escolha entre apoiar a
extrema-direita em troca de dinheiro sujo ou banir os extremistas em troca de
dinheiro limpo.
***
Por
fim, quero agradecer a dupla Sanção e Taxação, Paulo Figueiredo e Eduardo
Bolsonaro, cujos ajudam o extremismo perder poder no Brasil a cada dia que
passa com suas ações contra o próprio país. Muito obrigado!
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