General Mário Fernandes: O Verde-Oliva Virou Laranja


 

General Mário Fernandes finge ser Napoleão de Hospício e faz o verde-oliva virar laranja.

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Se para os anarquistas o lema é: “a revolução não será televisionada”, para os golpistas do 8 de janeiro, com o plano punhal verde e amarelo, o golpe foi até mesmo bem documentado, criando provas contra os próprios conspiracionistas.  

É a primeira vez na história que se vê um golpe sendo orquestrado de uma forma tão organizada que teve roteiro escrito, porém não dirigido, pelos militares da intentona bolsonarista.

Não foi dirigido porque, no final, os conspiracionistas não tiveram coragem para seguir em frente. É por isso o crime de tentativa de golpe de estado.

Nas provas criadas pelos próprios golpistas, chamado de plano punhal verde e amarelo, os documentos mostravam quem faria a execução, com quais armas, em qual local e com o objetivo bem traçado.

Todo mundo sabe que o objetivo era matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para fazer uma revolução e, assim, reestabelecer o Bolsonaro no poder.

Até porque a reação golpista surgiu após o Bolsonaro perdido a eleição de 2022.  Indignados, queriam agir para evitar que o Lula assumisse o poder.

Até mesmo o General Heleno, prevendo esta situação, visionário!, em uma reunião com o Jair Bolsonaro, disse que se tivesse que fazer algo, que se fizesse antes das eleições para não gerar justamente suspeita, que virou certeza, ao seguir em frente com a ação dos generais tramarem uma intentona bolsonarista.

Como há uma linha temporal com agentes bolsonaristas mostrando que estavam tramando o golpe, com depoimentos prestados à justiça, com provas contundentes que deflagram as propostas da ação final do núcleo bolsonarista pelo golpe, só o que restou é fazer o General Mário Fernandes confessar que estava tramando contra figuras públicas do Brasil, mas que isso é só um devaneio da cabeça dele, que não se passou de uma espécie de loucura Napoleão de Hospício, portanto não houve tentativa de golpe.

General Mário Fernandes aceitou virar laranja, na gíria do crime, integrante que leva a culpa por todo a organização, para salvar toda a canalha golpista porque sabe que a punição a ele não será de grande monta.

Na pior das hipóteses, Mário Fernandes perderá a patente de general pelo tribunal militar, mas recebendo todos os proventos que tem direito pelo tal direito adquirido. Se for preso, será detido por um curto período de tempo em algum quartel militar com todas as regalias possíveis ofertadas atrás dos muros militares.   

  O General Mário Fernandes, porém, não consegue eliminar o estigma do militar brasileiro ser mais funcionário público do que soldado de forças armadas. Alguns generais brasileiros, ao usarem a farda, assim como Napoleões de Hospício, estão usando fantasias de uma festividade fora de época que dura 11 meses por ano. Porque 1 mês é férias e o Napoleão de Hospício tem que descansar.

 Porque ninguém é de ferro. Nem o punhal verde e amarelo.

General Mário Fernandes fez o verde-oliva, a cor da farda, virar laranja – o fardo de assumir o crime dos outros.

Porém, isso não irá funcionar porque, no final, Jair Bolsonaro será preso pelo domínio do fato: era ele o beneficiado pela intentona bolsonarista, caso tivesse sucesso ao ser bem executado o golpe de estado.

 


 

 

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