Superávits: O Verdadeiro, Os Inexistentes e Os de Mentirinha
Em
1999, Fernando Henrique Cardoso, junto com os seus economistas, criou o Tripé-Macroeconômico:
meta de Inflação, Câmbio Flutuante e Superávit Primário. Este último visava, em
um primeiro momento, pagar todas as despesas do governo. Se sobrasse algum
recurso público, que sempre sobrava, este valor superavitário destinava-se para
reduzir o rombo da dívida pública. Este é o modelo que fez o Brasil ter
estabilidade econômica por um bom tempo.
Quem
está acompanhando o noticiário de economia em 2025 percebe a rinha de
incompetentes envolvendo a turma do Haddad e do Paulo Guedes ao acusarem-se
mutualmente de picaretagem.
Segundo
o Haddad, Bolsonaro deu calote nos governadores, calote nos precatórios, rifou
o Brasil ao vender estatais a preço de banana e ainda achou tempo para tentar
dar golpe de Estado. O superávit do Bolsonaro realizou-se por meio de calotes.
Enquanto
isso, a turma do Paulo Guedes diz que superávit do Lula também é falso porque
se tirar todas as despesas do orçamento [Pé de meia, minha casa, minha vida e
auxílio gás] qualquer um gera superávit na base da contabilidade criativa. Além
do problema do superendividamento público e da alta taxação do governo Lula que
atrapalha toda a dinâmica econômica.
Os
dois estão incrivelmente certos. Porque os dois superávits são de mentirinha.
Além disso, muitos analistas econômicos dizem que ainda é melhor ter um superávit primário de mentirinha do que déficits
como os que ocorreram nos governos Dilma 1 e Dilma 2.
Ou
então abandonar o superávit primário de vez, ao criar o teto de gastos, como
fez o governo Michel Temer.
O
fato é que, desde a redemocratização, o único presidente que conseguiu fazer
superávit primário de verdade, com todos os gastos dentro do orçamento, cujo
sobrava um pouquinho de recursos para pagar a dívida pública foi o Fernando Henrique
Cardoso.
É
engraçado que todos tentam buscar o superávit primário do FHC, sendo que não
querem buscar a qualidade técnica, na economia, dos Tucanos.
Querem
o superávit primário conquistado pelo governo do FHC, mas sem votar no PSDB nem
nos adeptos ao cardosismo. Querem o impossível, que o Brasil tenha sucesso
econômico votando em populistas, como Lula e Bolsonaro, que arrombam as contas
públicas para em busca de eternização do poder.
Está
na hora do PSDB voltar ao poder.
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