Reservas Internacionais: A Última Raspada no Tacho

 

 

Haddad, o menos apedeuta dos petistas, como medida de desespero, fez o IOF [imposto de Operações Financeiras] um tributo regulatório virar arrecadatório, barbeiragem que quase fechou completamente o mercado de capitais do Brasil.

Por questão de lógica básica, quem faz uma medida desesperadora dessas também pode fazer qualquer ato impensado na economia brasileira. Até mesmo, em último caso, usar as reservas Internacionais para reverter a crise agendada e que tem até hora para ocorrer.

Em 2016, no ápice da crise do governo Dilma, as esquerdas pensaram em usar as reservas internacionais para estacar o problema econômico, ao tentar dar sobrevida ao governo natimorto do petismo naquela época.

Na pandemia, em 2020, as esquerdas cogitaram usar as reservas internacionais para aumentar investimentos para frear os danos causados pela pandemia do Covid.

E recentemente, em 2024, o PSOL, pelo deputado federal Guilherme Boulos, aventou usar as reservas internacionais para fazer investimentos sociais para impulsionar a economia do país, pois, somente o gasto público desenfreado não está surtindo resultado desejado – para os corsários.

Como sabido, todo mundo sabe que há uma crise agendada no país em que estourará com certeza em 2027. E qual será a saída para a crise agendada? Raspar o último tacho de recursos ao utilizar as reservas internacionais como boia de salvação da péssima economia petista.

Ou seja, usar as reservas internacionais porque, no final das contas, este ativo serve para estabilizar a economia e, em momentos totalmente desesperadores, o recurso a ser usado para tirar o Brasil do atoleiro.

É por isso que o petismo não arreda o pé quanto a questão do gasto é vida. Joga o Brasil para a crise até o ponto de que todo mundo concordará em usar as reservas internacionais, para resolver o problema, para fazer a retomada do país.

As condições para isto estão postas.

No orçamento faz de conta do petismo, algumas despesas não estão na peça orçamentária [pé de meia, minha casa, minha vida, energia de graça (até 100kw/h) e auxílio gás] e o que está no orçamento tem bloqueio de recursos [como o corte de R$ 31 bilhões para a educação em 2025].

O endividamento público está em bola de neve. Toda vez que o Haddad vai dormir o Brasil acumulou dívida. E quando acorda, a dívida está maior ainda. Não tem país que dê conta de uma situação destas.

A questão previdenciária virou uma bomba relógio. Cada Real que se aumenta de salário mínimo além da correção da inflação vira bilhões de reais em desembolso do governo ao ter que pagar o benefício, justo, dos beneficiários.

Há também as regalias da elite do funcionalismo público que suga uma boa parte da riqueza do Brasil.

Fora os benefícios fiscais para o lobby do mercado.

Toda esta conjuntura, difícil de ser mexida, fará com que haja um consenso, no final das contas, da retirada das reservas internacionais como um dispositivo de seguro acionado para manter o status quo do Sistema.

E, como previsão deste blog que nunca falha, em 2027 todo mundo verá que o Banco Central Independente foi mera ficção.

 

 

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